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https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/43817
ORCID: | http://orcid.org/0009-0006-0528-688X |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acceso: | Acesso Aberto |
Título: | TDAH não é “coisa de criança”: Eu, uma professora e pesquisadora com o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade em ambientes não inclusivos |
Título (s) alternativo (s): | ADHD is not a “kids thing”: I, a teacher and researcher with Attention Deficit Hiperactivity Disorder in non-inclusive environments |
Autor: | Teixeira, Flávia Cristina Guimarães |
Primer orientador: | Mello, Dilma Maria de |
Primer miembro de la banca: | Portes, Rutileia Maria de Lima |
Segundo miembro de la banca: | Almeida, Judith Mara de Souza |
Resumen: | TDAH é só ‘coisa’ de criança? Esta dissertação visa compreender narrativamente minhas experiências como uma professora de línguas com TDAH (Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade) e como essa condição impacta(ou) grande parte da minha vida, especialmente minhas práticas docentes, meus relacionamentos profissionais e acadêmicos no contexto da diversidade. Nesta pesquisa, que segue o caminho teórico-metodológico da pesquisa narrativa, investigo minhas experiências segundo Clandinin e Connelly (2015) que permitem que eu entenda e vivencie apagamentos, invisibilizações e inclusão (às vezes em um mesmo ambiente) como professora e mestranda com TDAH. O que me provocou a realizar esta pesquisa foi a experiência da narrativa “Ah… o olhar daquela professora…”, em que descobri que algumas características do TDAH permitiam que eu fosse incluída, experiência pela qual eu nunca havia passado anteriormente. Essa narrativa despertou em mim quão (não) inclusivas eram minhas práticas, pois ao reconhecer e compreender minhas especificidades dispus-me a me tornar uma professora mais atenta às práticas inclusivas, ou seja, olhar para a diversidade com respeito às especificidades. Ter que adequar meus comportamentos ao que há muito tempo é estabelecido como padrões sociais de comportamento (Dewey, 1976) é um grande desafio quando tenho que descobrir sozinha como me sentir pertencente a contextos não inclusivos. O TDAH é percebido diferentemente em cada pessoa e segundo Barkley (2022), saber tudo o que for possível sobre a natureza do transtorno, saber o que pode mudar e o que não pode, facilita a vida em muitos aspectos. Como a minha pesquisa é de caráter predominantemente autobiográfico, ressalto características do TDAH mais significativas em mim, como o hiperfoco, definido por Silva (2009) como a capacidade de hiperconcentração em ideias e contextos, e a criatividade, que me ajudam muitas vezes a contrabalancear a falta de noção de tempo e a paralisia do TDAH, tão comuns que já fazem parte da minha descrição pessoal. Lidar com o TDAH é muito desconfortável para mim, pois sou do tipo misto, hiperativo e impulsivo com instabilidade de atenção (Silva, 2009), com predominância de hiperatividade mental em que minha mente mais se parece com uma tela de computador com dezenas de abas abertas, uma música de fundo e um filme passando. Quero sempre fazer muitas coisas porque me sinto estimulada a fazer, na mesma proporção que me recolho em mim mesma de forma tão profunda que sobreviver deixa de ser prioridade. Durante minha pesquisa, ao ler e compreender mais sobre o transtorno, consegui identificar e pedir ajuda. A rede de apoio foi fundamental para todo esse percurso. Compreender o TDAH como parte da minha identidade teve uma trajetória inesperada durante a pesquisa. Acho que esperei pouco dela, porque, no fundo, não tinha certeza se iria concluí-la, mas consegui. |
Abstract: | Is ADHD just a kid’s thing? This dissertation aims to narratively understand my experiences as a language teacher with ADHD (Attention Deficit Hyperactivity Disorder) and how this condition impacts a large part of my life, especially my teaching practices, my professional and academic relationships in the context of diversity. In this research, which follows the theoretical-methodological path of narrative inquiry I inquire my experiences according to Clandinin and Connelly (2015), which allow me to understand and experience erasure, invisibilization and inclusion (sometimes in the same environment) both as a teacher and a master's student with ADHD. What prompted me to carry out this research was the experience of the narrative “Ah… the look of that teacher…”, in which I discovered that some characteristics of ADHD allowed me to be included, an experience I had never previously experienced. This narrative awakened in me how (not) inclusive my practices were, because by recognizing and understanding my specificities I was willing to become a teacher more attentive to inclusive practices, that is, looking at diversity with respect to specificities. Having to adapt my behaviors to what have long been established as social standards of behavior (Dewey, 1976) is a great challenge when I have to discover on my own how to feel like I belong in non-inclusive contexts. ADHD is perceived differently in each person and according to Barkley (2022), knowing everything possible about the nature of the disorder, knowing what can change and what cannot, makes life easier in many aspects. As my research is predominantly autobiographical in nature, I highlight characteristics of ADHD that are most significant to me, such as hyperfocus, defined by Silva (2009) as the ability to hyperconcentrate on ideas and contexts, and creativity, which often help me to balance the lack of sense of time and the paralysis of ADHD (ADDA), so common that they are already part of my personal description. Dealing with ADHD is very uncomfortable for me, as I am a mixed type, hyperactive and impulsive with attention instability (Silva 2009), with a predominance of mental hyperactivity in which my mind looks more like a computer screen with dozens of tabs open, background music and a movie playing. I always want to do many things because I feel encouraged to do them, in the same proportion that I withdraw into myself so deeply that surviving is no longer a priority. During my research, by reading and understanding more about the disorder, I was able to identify it and ask for help. The support network was fundamental throughout this journey. Understanding ADHD as part of my identity had an unexpected trajectory during the research. I think I expected little from it, because deep down, I wasn't sure if I would finish it, but I did. |
Palabras clave: | TDAH Inclusão Pesquisa Narrativa Professora e Mestranda com TDAH ADHD Inclusion Narrative Inquiry Teacher and master's student with ADHD |
Área (s) del CNPq: | CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES |
Tema: | Linguística |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editora: | Universidade Federal de Uberlândia |
Programa: | Programa de Pós-graduação em Estudos Linguísticos |
Cita: | TEIXEIRA, Flávia Cristina Guimarães. TDAH não é “coisa de criança”: eu, uma professora e pesquisadora com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade em ambientes não inclusivos. 2024. 108 f. Dissertação (Mestrado em Estudos Linguísticos) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2024. DOI http://doi.org/10.14393/ufu.di.2024.5536. |
Identificador del documento: | http://doi.org/10.14393/ufu.di.2024.5536 |
URI: | https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/43817 |
Fecha de defensa: | 27-nov-2023 |
Objetivos de Desarrollo Sostenible (ODS): | ODS::ODS 10. Redução das desigualdades - Reduzir as desigualdades dentro dos países e entre eles. |
Aparece en las colecciones: | DISSERTAÇÃO - Estudos Linguísticos |
Ficheros en este ítem:
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