Please use this identifier to cite or link to this item:
https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/46161| ORCID: | http://orcid.org/0009-0001-9102-8046 |
| Document type: | Tese |
| Access type: | Acesso Aberto |
| Title: | Fundamentos da biopolítica nos estudos em geopolítica: o ciberespaço e as novas estratégias de disputas e dominação |
| Alternate title (s): | Foundations of biopolitics in geopolitical studies: cyberspace and the new strategies of disputes and domination |
| Author: | Siqueira, Bruno Lourenço |
| First Advisor: | Souza, Rita de Cassia Martins |
| First member of the Committee: | Martins, Marco Túlio |
| Second member of the Committee: | Castilho, Denis |
| Third member of the Committee: | Silva, Ronaldo da |
| Fourth member of the Committee: | Andreozzi, Sylvio Luiz |
| Summary: | A tese investiga os fundamentos da biopolítica e a interseção com os estudos em geopolítica, analisando as novas estratégias de disputa e dominação em um mundo marcado pelo desenvolvimento do ciberespaço. O trabalho baseia-se nas contribuições teóricas de Michel Foucault, ampliando os conceitos de biopolítica, biopoder e governamentalidade para explicar como os mecanismos de controle se adaptam às transformações tecnológicas e à emergência de novas formas de gestão da vida e das populações. A pesquisa destaca a transição histórica das sociedades disciplinares para as sociedades de controle, ressaltando que dispositivos originalmente voltados para regulação dos corpos individuais evoluíram para operar em larga escala, por meio da captação e análise de dados. Essa expansão revela-se fundamental às relações e projeções de poder em âmbito global. O objetivo central da tese consiste em examinar criticamente a aplicabilidade do conceito foucaultiano de biopolítica às práticas contemporâneas da geopolítica, considerando especialmente o domínio do ciberespaço. O estudo investiga como Estados e corporações transnacionais utilizam a tecnologia para vigiar, influenciar e moldar comportamentos, que, por sua vez, redefinem as noções tradicionais de soberania e de autodeterminação dos povos. Dessa forma, a tese propõe uma análise integrada entre a biopolítica (tecnologia de poder sobre a vida) e a geopolítica (tecnologia de poder espacial), estabelecendo um diálogo que permite compreender as complexas relações de poder na era do capitalismo de vigilância. Metodologicamente, a pesquisa adota uma abordagem qualitativa, combinando análise do discurso e estudo de caso. O trabalho fundamenta-se na revisão crítica de obras clássicas de Foucault, além de examinar documentos oficiais, legislações, publicações acadêmicas e reportagens. Essa estratégia metodológica permite identificar, interpretar e confrontar os discursos que articulam a gestão e o controle da vida individual e populacional às práticas geopolíticas atuais. Os resultados demonstram que os dispositivos e práticas biopolíticas se sofisticaram ao inserir as tecnologias da informação, criando uma governamentalidade algorítmica que ultrapassa as barreiras territoriais e possibilita a vigilância e modulação comportamental eficientes sobre as populações. Assim, a coleta massiva de dados comportamentais e o uso de algoritmos emergem como instrumentos centrais para a implementação de ações visando o controle social, influenciando na liberdade individual e nas decisões políticas e econômicas em escala global. Desse modo, a tese argumenta a formação de um Regime Geopolítico Algorítmico, pautado principalmente no desenvolvimento da geopolítica do ciberespaço. Ademais, a análise revela que a integração entre a biopolítica e a geopolítica cria uma arena de constantes disputas para a manutenção ou ampliação do poder estatal e de corporações de tecnologia. Em conclusão, a tese afirma que o conceito de biopolítica, tal como reformulado por Foucault, oferece uma ferramenta analítica robusta para compreender os desafios impostos pelas novas tecnologias digitais. Por fim, a tese evidencia que a realidade e a qualidade das relações sociais, políticas e territoriais, mesmo mediadas pela lógica da geopolítica do ciberespaço e governamentalidade algorítmica, devem ser objeto de debates e reformulação de políticas públicas, promovendo, assim novos paradigmas de governança cibernética transparente e democrática e garantindo proteção à soberania e à autodeterminação dos povos. |
| Abstract: | The dissertation investigates the foundations of biopolitics and its intersection with studies in geopolitics, analyzing the new strategies of contestation and domination in a world marked by the development of cyberspace. The work is grounded in Michel Foucault’s theoretical contributions, extending his concepts of biopolitics, biopower, and governmentality in order to explain how control mechanisms adapt to technological transformations and the emergence of new forms of management over life and populations. The research highlights the historical transition from disciplinary societies to societies of control, emphasizing that devices originally aimed at regulating individual bodies have evolved to operate on a large scale through the collection and analysis of data, and that this expansion is fundamental to global power relations and projections. The central objective of the dissertation is to critically examine the applicability of Foucault’s concept of biopolitics to contemporary geopolitical practices, with a special focus on the domain of cyberspace. The study investigates how states and transnational corporations use technology to surveil, influence, and shape behavior, which in turn redefines traditional notions of sovereignty and the self-determination of peoples. In doing so, the dissertation proposes an integrated analysis between biopolitics (as a technology of power over life) and geopolitics (as a technology of spatial power), establishing a dialogue that facilitates an understanding of the complex power relations in the era of surveillance capitalism. Methodologically, the research adopts a qualitative approach that combines discourse analysis with case studies. The work is based on a critical review of Foucault’s canonical texts, in addition to the examination of official documents, legislation, academic publications, and media reports. This methodological strategy allows for the identification, interpretation, and confrontation of the discourses that articulate the management and control of individual and population life within current geopolitical practices. The findings demonstrate that biopolitical devices and practices have evolved by incorporating information technologies, creating an algorithmic governmentality that transcends territorial boundaries and enables efficient surveillance and behavioral modulation of populations. Thus, the massive collection of behavioral data and the use of algorithms emerge as central instruments in the implementation of actions aimed at social control, influencing individual freedom and political and economic decisions on a global scale. In this way, the dissertation argues for the formation of a New Geopolitical Order, based primarily on the development of cyberspace geopolitics. Moreover, the analysis reveals that the integration of biopolitics and geopolitics creates an arena of constant struggles for the maintenance or expansion of state power and that of technology corporations. In conclusion, the dissertation asserts that the concept of biopolitics, as reformulated by Foucault, offers a robust analytical tool for understanding the challenges posed by new digital technologies. Finally, the dissertation emphasizes that the reality and quality of social, political, and territorial relations - even when mediated by the logic of cyberspace geopolitics and algorithmic governmentality - must be subject to debates and a reformation of public policies that promote both new paradigms of transparent and democratic cybergovernance and guarantees for the protection of the sovereignty and self-determination of peoples. |
| Keywords: | biopolítica geopolítica poder ciberespaço biopolitics geopolitics power cyberspace |
| Area (s) of CNPq: | CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::GEOGRAFIA::GEOGRAFIA HUMANA::GEOGRAFIA POLITICA |
| Subject: | Geografia Geopolítica Biopolítica Ciberespaço |
| Language: | por |
| Country: | Brasil |
| Publisher: | Universidade Federal de Uberlândia |
| Program: | Programa de Pós-graduação em Geografia |
| Quote: | SIQUEIRA, Bruno Lourenço. Fundamentos da biopolítica nos estudos em geopolítica: o ciberespaço e as novas estratégias de disputas e dominação. 2025. 203 f. Tese (Doutorado em Geografia) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2025. DOI http://doi.org/10.14393/ufu.te.2025.144. |
| Document identifier: | http://doi.org/10.14393/ufu.te.2025.144 |
| URI: | https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/46161 |
| Date of defense: | 29-Apr-2025 |
| Sustainable Development Goals SDGs: | ODS::ODS 10. Redução das desigualdades - Reduzir as desigualdades dentro dos países e entre eles. |
| Appears in Collections: | TESE - Geografia |
Files in This Item:
| File | Description | Size | Format | |
|---|---|---|---|---|
| Fundamentosdabiopolitica.pdf | Tese | 5.12 MB | Adobe PDF | ![]() View/Open |
Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.
