Por favor, use este identificador para citar o enlazar este ítem: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/44429
ORCID:  http://orcid.org/0009-0007-7427-0088
Tipo de documento: Tese
Tipo de acceso: Acesso Aberto
Título: A arte de (res)significar experiências de si na velhice
Título (s) alternativo (s): The art of (re)signifying self-experiences in old age
Autor: Menezes, Stella Ferreira
Primer orientador: Tavares, Carla Nunes Vieira
Primer miembro de la banca: Riolfi, Claudia Rosa
Segundo miembro de la banca: Macedo, Sybele
Tercer miembro de la banca: Bertoldo, Ernesto Sérgio
Cuarto miembro de la banca: Lima, Nádia Laguardia de
Resumen: Falar sobre a velhice na contemporaneidade ainda é um incômodo para muitas pessoas, pois de acordo com Sibilia (2011) ser velho na sociedade ocidental parece, na maior parte das vezes, um direito negado. A morte social das pessoas 60+ na sociedade intensificou-se ainda mais com a chegada da pandemia de COVID-19 no Brasil em 2020. Diante desse cenário, em 2020 foi criado o projeto de extensão “Desabroche: a arte de (res)significar a velhice” com o objetivo de proporcionar um espaço de palavra online para idosos acima de 60 anos. Nesse espaço eram levantadas discussões a partir de produções artístico-culturais sobre temas relacionados ao envelhecimento. As produções artísticas eram expostas, analisadas e comentadas pelos participantes 60+, como um convite a resgatar memórias e investi-las subjetivamente, de modo a ensejar uma (res)significação dos significantes que aprisionam o sujeito na representação de velhice. A partir de minha participação como mediadora, inquietações foram emergindo e as seguintes questões que norteiam esta pesquisa foram sendo construídas: em que medida a arte é capaz de contribuir para uma (res)significação da velhice para esses sujeitos? Como as narrativas de si podem promover um deslocamento na posição discursiva do idoso? Quais os efeitos dos possíveis deslocamentos das redes de identificação do idoso participante do Desabroche? Pensando nisso, esta pesquisa tem como objetivo investigar o processo de (res)significação da representação de velhice para esse público que se diz e/ou é dito velho, idoso, da terceira idade, entre outros nomes que lhes são atribuídos, por meio de oficinas de arte e práticas de narrativização de si, de modo a oportunizar alterações na constituição identitária desses sujeitos que, consequentemente, podem ocupar novas posições discursivas. O material de análise é constituído por um diário de bordo, bem como os frutos produzidos pelos participantes. A partir disso, o corpus desta pesquisa é construído a partir da elaboração dos Relatos de Experiência (RE) acerca dos acontecimentos experenciados no espaço Desabroche. Trata-se de uma pesquisa-intervenção de orientação psicanalítica (Pereira, 2016), cuja constituição do corpus e metodologia de análise são baseadas em pressupostos psicanalíticos tais como: a associação livre, a constituição identitária e a transferência. Além disso, os pressupostos teórico-metodológicos da Análise Psicanalítica de Discurso (Dunker; Paulon; Milán-Ramos, 2016), são base para analisar os dizeres dos participantes e os efeitos de sentido das representações de velhice. A partir dos gestos interpretativos sobre o corpus, foi possível observar que a experiência com a arte e a possibilidade de narrativização de si, podem incidir na representação que o sujeito faz de si, podendo promover um giro em suas posições discursivas, desencadeando um deslocamento das posições às quais as participantes encontravam-se alienados. Consequentemente, é possível que esses participantes se enlacem com o saber pela via de uma nova lógica discursiva, o que possibilitaria a construção de um novo saber sobre si diante da velhice.
Abstract: Discussing old age in contemporary society remains a discomfort for many, as, according to Sibilia (2011), being old in Western society often seems to be a denied right. The social death of people aged 60+ intensified with the onset of the COVID-19 pandemic in Brazil in 2020. In response to this situation, the extension project “Desabroche: The Art of (Re)signifying Old Age” was created in 2020, aiming to provide an online space for individuals over 60 years old to express themselves. In this space, discussions were initiated from artistic and cultural productions on themes related to aging. These artistic productions were presented, analyzed, and commented on by the participants aged 60+, inviting them to reclaim memories and subjectively invest in them, thus enabling a (re)signification of the signifiers that confine the subject within the representation of old age. As a mediator in this project, several concerns emerged, leading to the following guiding questions for this research: To what extent can art contribute to a (re)signification of old age for these individuals? How can self-narratives promote a shift in the elderly’s discursive position? What are the effects of potential shifts in the identification networks of elderly participants in the Desabroche project? Thus, this research aims to investigate the process of (re)signifying the representation of old age for this group that identifies or is identified as old, elderly, or part of the third age, among other labels attributed to them, through art workshops and self-narrative practices, in order to facilitate changes in their identity constitution, potentially allowing them to occupy new discursive positions. The analysis material consists of a field diary, as well as the works produced by the participants. Consequently, the corpus of this research is constructed from the Experience Reports (ER) related to the events experienced in the Desabroche space. This is an intervention research with a psychoanalytic orientation (Pereira, 2016), where the methodology for analysis and corpus construction is based on psychoanalytic principles such as free association, identity constitution, and transference. Additionally, the theoretical-methodological assumptions of Psychoanalytic Discourse Analysis (Dunker; Paulon; Milán-Ramos, 2016) serve as a foundation for analyzing the participants’ statements and the meaning effects of representations of old age. From the interpretative gestures regarding the corpus, it was possible to observe that the experience with art and the possibility of self-narrativization can influence the subject’s representation of themselves, potentially promoting a shift in their discursive positions, leading to a displacement from the positions to which the participants were previously alienated. Consequently, it is possible that these participants engage with knowledge through a new discursive logic, enabling the construction of new knowledge about themselves in the face of old age.
Palabras clave: Velhice
Old age
Escuta
Listening
(Res)siginificar
(Res)signification
Área (s) del CNPq: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA::LINGUISTICA APLICADA
Tema: Linguística
Idioma: por
País: Brasil
Editora: Universidade Federal de Uberlândia
Programa: Programa de Pós-graduação em Estudos Linguísticos
Cita: MENEZES, Stella Ferreira. A arte de (res)significar experiências de si na velhice. 2024. 184 f. Tese (Doutorado em Estudos Linguísticos) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2024. DOI http://doi.org/10.14393/ufu.te.2024.671.
Identificador del documento: http://doi.org/10.14393/ufu.te.2024.671
URI: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/44429
Fecha de defensa: 4-oct-2024
Objetivos de Desarrollo Sostenible (ODS): ODS::ODS 3. Saúde e bem-estar - Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades.
Aparece en las colecciones:TESE - Estudos Linguísticos

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