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https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/46276| Tipo de documento: | Tese |
| Tipo de acceso: | Acesso Aberto |
| Título: | A Espiral do Silêncio: Conflito e Geoestratégia em Torno do Sangue Azul na Tríplice Fronteira |
| Título (s) alternativo (s): | The Spiral of Silence: Conflict and Geostrategy Surrounding the 'Blue Blood' in the Tri-Border Area |
| Autor: | Souza, Nelton Moreia |
| Primer orientador: | Cleps, Geisa Daise Gumiero |
| Primer miembro de la banca: | Andreozzi, Sylvio Luiz |
| Segundo miembro de la banca: | Fontoura, Jara Lourenço da |
| Tercer miembro de la banca: | Ferreira, Vanderlei de Oliveira |
| Cuarto miembro de la banca: | Chaveiro, Eguimar Felício |
| Resumen: | Esta tese examina, sob a perspectiva da geografia política crítica, os conflitos geoestratégicos em torno da governança da água na Tríplice Fronteira (Argentina, Brasil e Paraguai), região onde os recursos hídricos transcendem sua função ecológica para se tornarem vetores de poder, disputa e acumulação capitalista. Partindo do pressuposto de que a relação entre Estado, território e hidropolítica é intrinsecamente assimétrica, argumenta-se que a gestão das águas nesse espaço transfronteiriço é marcada por uma "espiral do silêncio": um processo no qual a marginalização de vozes locais, a fragmentação normativa e a hegemonia de atores econômicos consolidam uma governança excludente, legitimando a mercantilização da água ("sangue azul") em detrimento de direitos socioambientais e consequentemente criando os territórios do medo. A análise revela que a ausência de um marco cooperativo efetivo entre os Estados nacionais, substituído por legislações sobrepostas e agendas geopolíticas divergentes agrava tensões históricas, aprofundando desigualdades territoriais. A apropriação privada da água, articulada a discursos de "escassez" e "eficiência", opera como mecanismo de necropolítica hídrica, onde populações periféricas são sistematicamente privadas de acesso. Por outro lado, a resistência de movimentos sociais e comunidades locais evidencia a emergência de contranarrativas que demandam justiça hídrica e participação decisória. Conclui-se que a governança idealizada na região só será viável mediante a descolonização das estruturas de poder hídrico, a integração de saberes tradicionais e a adoção de um paradigma pós-extrativista. Este trabalho não apenas problematiza a geopolítica da água na América Latina com especial atenção para os territórios da Tríplice Fronteira, mas também desafia o academicismo convencional ao propor uma epistemologia fronteiriça, capaz de articular crítica territorial, ecologia política e decolonialidade na análise de conflitos socioambientais. |
| Abstract: | This dissertation examines, through the lens of critical political geography, the geostrategic
conflicts surrounding water governance in the Triple Frontier (Argentina, Brazil, and
Paraguay), a region where water resources go beyond their ecological role to become vectors
of power, contention, and capital accumulation. Assuming the relationship between the state,
territory, and hydropolitics is inherently uneven, it argues that water management in this
transboundary space is characterized by a "spiral of silence": a process in which the sidelining
of local voices, normative fragmentation, and the dominance of economic actors consolidate an
exclusionary governance, legitimizing the commodification of water ("blue gold") to the
detriment of socio-environmental rights, consequently creating territories of fear. The analysis
reveals that the absence of an effective cooperative framework between national states, replaced
by overlapping legislations and divergent geopolitical agendas, exacerbates historical tensions,
deepening territorial inequalities. Private appropriation of water, linked to discourses of
"scarcity" and "efficiency", operates as a mechanism of water necropolitics, where peripheral
populations are systematically deprived of access. On the other hand, the resistance of social
movements and local communities highlights the emergence of counter-narratives demanding
water justice and decision-making participation. It concludes that ideal governance in the region
will only be achievable through the decolonization of water power structures, the integration of
traditional knowledge, and the adoption of a post-extractivist paradigm. This work not only
problematizes the geopolitics of water in Latin America with special focus on the Triple
Frontier territories, but also challenges conventional academia by proposing a border
epistemology, capable of articulating territorial critique, political ecology, and decoloniality in
the analysis of socio-environmental conflicts. Esta tesis examina, desde la perspectiva de la geografía política crítica, los conflictos geoestratégicos en torno a la gobernanza del agua en la Triple Frontera (Argentina, Brasil y Paraguay), región donde los recursos hídricos trascienden su función ecológica para transformarse en vectores de poder, disputa y acumulación capitalista. Partiendo del supuesto de que la relación entre Estado, territorio e hidropolítica es intrínsecamente asimétrica, se argumenta que la gestión de las aguas en este espacio transfronterizo está marcada por una "espiral del silencio": un proceso en el cual la marginación de voces locales, la fragmentación normativa y la hegemonía de actores económicos consolidan una gobernanza excluyente, legitimando la mercantilización del agua ("sangre azul") en detrimento de derechos socioambientales y consecuentemente creando los territorios del miedo. El análisis revela que la ausencia de un marco cooperativo efectivo entre los Estados nacionales, sustituido por legislaciones superpuestas y agendas geopolíticas divergentes, agrava tensiones históricas, profundizando desigualdades territoriales. La apropiación privada del agua, articulada a discursos de "escasez" y "eficiencia", opera como mecanismo de necropolítica hídrica, donde poblaciones periféricas son sistemáticamente privadas de acceso. Por otro lado, la resistencia de movimientos sociales y comunidades locales evidencia la emergencia de contranarrativas que demandan justicia hídrica y participación decisoria. Se concluye que la gobernanza idealizada en la región solo será viable mediante la descolonización de las estructuras de poder hídrico, la integración de saberes tradicionales y la adopción de un paradigma post-extractivista. Este trabajo no solo problematiza la geopolítica del agua en América Latina, con especial atención a los territorios de la Triple Frontera, sino que también desafía el academicismo convencional al proponer una epistemología fronteriza, capaz de articular crítica territorial, ecología política y decolonialidad en el análisis de conflictos socioambientales. Cette thèse examine, dans une perspective de géographie politique critique, les conflits géostratégiques liés à la gouvernance de l'eau dans la Triple Frontière (Argentine, Brésil et Paraguay). Dans cette région, les ressources hydriques dépassent leur fonction écologique pour devenir des vecteurs de pouvoir, de contestation et d'accumulation capitaliste. En partant du postulat que la relation entre l'État, le territoire et l'hydropolitique est intrinsèquement asymétrique, l'argument est que la gestion des eaux dans cet espace transfrontalier est caractérisée par une "spirale du silence": un processus où la marginalisation des voix locales, la fragmentation normative et l'hégémonie des acteurs économiques consolident une gouvernance exclusive, légitimant la marchandisation de l'eau ("sang bleu") au détriment des droits socio-environnementaux, créant ainsi des territoires de la peur. L'analyse révèle que l'absence d'un cadre de coopération efficace entre les États nationaux, remplacé par des législations superposées et des agendas géopolitiques divergents, aggrave les tensions historiques, creusant les inégalités territoriales. L'appropriation privée de l'eau, articulée à des discours de "pénurie" et d'"efficacité", opère comme un mécanisme de nécropolitique hydrique, où les populations périphériques sont systématiquement privées d'accès. Par ailleurs, la résistance des mouvements sociaux et des communautés locales met en évidence l'émergence de contre-narratives qui revendiquent la justice hydrique et la participation à la prise de décision. On conclut que la gouvernance idéalisée dans la région ne sera viable qu'à travers la décolonisation des structures de pouvoir hydrique, l'intégration des savoirs traditionnels et l'adoption d'un paradigme post-extractiviste. Ce travail ne fait pas que questionner la géopolitique de l'eau en Amérique latine, en se concentrant sur les territoires de la Triple Frontière, mais il défie également l'académisme conventionnel en proposant une épistémologie frontalière, capable d'articuler la critique territoriale, l'écologie politique et la décolonialité dans l'analyse des conflits socio-environnementaux. |
| Palabras clave: | Geografia Política Governança da Água Tríplice Fronteira Justiça Hídrica Necropolítica Political Geography Water Governance Triple Frontier Water Justice Necropolitics Geografía Política Gobernanza del Agua Triple Frontera Justicia Hídrica Necropolítica Géographie Politique Gouvernance de l'Eau Triple Frontière Justice Hydrique Nécropolitique |
| Área (s) del CNPq: | CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::GEOGRAFIA |
| Idioma: | por |
| País: | Brasil |
| Editora: | Universidade Federal de Uberlândia |
| Programa: | Programa de Pós-graduação em Geografia |
| Cita: | SOUZA, Nelton Moreira . A Espiral do Silêncio: Conflito e Geoestratégia em Torno do Sangue Azul na Tríplice Fronteira. 2025, 504fl. Tese (doutorado em Geografia) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2025. http://doi.org/10.14393/ufu.te.2025.5035. |
| Identificador del documento: | http://doi.org/10.14393/ufu.te.2025.5035. |
| URI: | https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/46276 |
| Fecha de defensa: | 30-abr-2025 |
| Objetivos de Desarrollo Sostenible (ODS): | ODS::ODS 6. Água potável e saneamento - Garantir disponibilidade e manejo sustentável da água e saneamento para todos. |
| Aparece en las colecciones: | TESE - Geografia |
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