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ORCID:  http://orcid.org/0000-0003-3101-3894
Tipo do documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso Embargado
Término do embargo: 2026-06-28
Título: Condições de trabalho e duração do aleitamento materno entre trabalhadoras remuneradas formais e em formas de emprego não-padrão e a visão dos gestores sobre licença maternidade e amamentação após o retorno ao trabalho
Título(s) alternativo(s): Working conditions and duration of breastfeeding among formal paid workers and in non-standard forms of employment and managers' views on maternity leave and breastfeeding after returning to work
Autor(es): Santos, Marília Neves
Primeiro orientador: Rinaldi, Ana Elisa Madalena
Primeiro coorientador: Silva, Luciana Saraiva
Segundo coorientador: Azevedo, Vivian Mara Gonçalves de Oliveira
Primeiro membro da banca: Carvalhaes, Maria Antonieta de Barros Leite
Segundo membro da banca: Rea, Marina Ferreira
Terceiro membro da banca: Silva, Priscila Olin
Quarto membro da banca: Crivellenti, Lívia Castro
Resumo: Introdução: Amamentar é um direito que a sociedade deve garantir a toda mulher, inclusive para trabalhadoras remuneradas. Estratégias de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno (AM) no ambiente de trabalho foram propostas nas últimas décadas no Brasil. Objetivos: Investigar a associação entre condições de trabalho e duração do aleitamento materno exclusivo (AME) e continuado e a vivência do período de AM entre mulheres trabalhadoras formais e em formas de emprego não-padrão, além de conhecer a visão dos gestores sobre licença-maternidade e AM após o retorno ao trabalho. Métodos: Estudo realizado em Uberlândia, Minas Gerais, cujos resultados foram organizados em dois artigos científicos. No primeiro, estão descritos os resultados de um estudo transversal, com métodos mistos sequenciais (QUANT+QUAL) sendo a amostra composta por trabalhadoras formais (n=163) e em formas de emprego não-padrão (n=35). A duração do AME e do AM (desfechos) foi estimada utilizando a análise de Kaplan Meier. Para estimar a associação entre as condições de trabalho (duração da licença maternidade, jornada diária de trabalho e tipo de contrato) e os desfechos foi realizada regressão de Cox, ajustada para variáveis de saúde e sociodemográficas. Para análise qualitativa, foi utilizada a análise de conteúdo desenvolvida por Bardin com o objetivo de compreender a vivência do AM e o retorno ao trabalho. No segundo artigo, estão descritos os resultados de um estudo qualitativo, realizado com oito gestores, cujos dados foram interpretados por análise de conteúdo. Foi utilizado um roteiro semi-estruturado, com questões sobre a forma de organização das atividades realizadas pelas trabalhadoras no momento do afastamento para licença maternidade e após o seu retorno, assim como a visão do gestor sobre AM e o período de licença maternidade. Resultados: Licença maternidade igual ou superior a 6 meses esteve associada a maior duração do AME (HR=0,60; IC95%=0,36-0,99) e o aumento do número de horas da jornada diária de trabalho se associou com menor tempo de AM (p-tendência=0,036). A partir da análise das entrevistas com as trabalhadoras, foram criados quatro grandes temas: 1.licença maternidade e conciliação com o AM; 2.condições ambientais de trabalho e o manejo do AM; 3.rede de apoio; 4.carreira e maternidade. A conciliação de atividades de trabalho junto às atividades de cuidado foi apontada pelas entrevistadas como ocasionadora do desgaste físico e emocional e a licença-maternidade foi destacada como essencial para a manutenção do AM. Com relação à análise da visão dos gestores, foram criados três grandes temas: Tema 1: visão do/a gestor/a sobre o período de licença maternidade e amamentação; Tema 2: direitos, incentivos e condições de trabalho; e Tema 3: organização da empresa visando o período de licença maternidade. Verificamos que todas as instituições de trabalho cumprem, minimamente, o que está previsto na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) ao oferecer quatro meses de licença maternidade, apesar da maioria considerar o período em desacordo com as recomendações de saúde sobre AME até 6 meses. Verificou-se também que não é unânime o conhecimento por parte dos gestores de programas governamentais que incentivam empresas a conceder seis meses de licença maternidade por meio de benefícios de redução fiscal. Conclusão: A presença de licença maternidade de seis meses ou mais possibilitou maior duração do AME, assim como menor duração de jornada diária de trabalho favorece a maior duração do AM. Maior tempo de licença maternidade foi destacada como essencial pelas mulheres trabalhadoras. A visão dos gestores sobre o período de licença maternidade e AM permeia o conhecimento a respeito da legislação de proteção às mulheres trabalhadoras, somado à experiência pessoal. A estratégia pró-AM no ambiente de trabalho se resume em cumprir o período de licença maternidade previsto em lei.
Abstract: Introduction: Breastfeeding is a right that society must guarantee to all women, including for paid workers. Strategies to promote, protect and support breastfeeding (BF) in the workplace have been proposed in recent decades in Brazil. Objectives: The present thesis had three four objectives: 1) To analyze the association between working conditions, such as daily working hours and type of contract, and duration of exclusive breastfeeding (EBF) and continuous breastfeeding (BF) among formal workers and in atypical forms of employment; 2) To understand the experience of the BF period in the context of return to formal and atypical work; 3) To know the managers' view on maternity leave and breastfeeding; 4) Identify the presence of strategies to promote, protect and support BF in the workplace. Methods: This study was conducted in Uberlândia, Minas Gerais, Brazil. This is a cross-sectional study with sequential mixed methods (QUANT+QUAL) and the sample consisted of formal workers (n=163) and in atypical forms of employment (n=35). The duration of EBF and BF (outcomes) was estimated using Kaplan Meier. To estimate the association between working conditions (duration of maternity leave, daily working hours, and type of contract) and outcomes, Cox regression was performed, adjusted for health and sociodemographic variables. For qualitative analysis, the content analysis developed by Bardin was used. In parallel, a qualitative study was carried out with eight managers, between January and August 2023, whose data were interpreted by content analysis. A semi-structured script was used, with questions about the way in which the activities performed by the workers were organized at the time of leave for maternity leave and after their return, as well as the manager's view of breastfeeding and the period of maternity leave. Results: Maternity leave equal to or greater than 6 months was associated with longer duration of EBF (HR=0.60; CI95%=0.36-0.99) and the increase in the number of hours of the daily working day was associated with shorter BF time (p-trend=0.036). From the analysis of the interviews with the workers, four major themes were created: 1. maternity leave and reconciliation with BF; 2. environmental working conditions and BF management; 3. Support network; 4. Career and motherhood. The conciliation of work activities with care activities was pointed out by the interviewees as a cause of physical and emotional exhaustion, and maternity leave was highlighted as essential for the maintenance of BF. Regarding the analysis of the managers' vision, three major themes were created: Theme 1: manager's view on the period of maternity and breastfeeding leave; Theme 2: rights, incentives and working conditions; and Theme 3: organization of the company with a view to the period of maternity leave. We found that all work institutions comply, minimally, with what is provided for in the Consolidation of Labor Laws (CLT) by offering 4 months of maternity leave, although most consider the period to be in disagreement with the health recommendations on exclusive breastfeeding up to 6 months. It was also found that there is no unanimous knowledge on the part of government program managers that encourage companies to support AM through tax reduction benefits. Conclusion: The presence of maternity leave of 6 months or more allowed a longer duration of EBF, as well as a shorter duration of daily working hours favors a longer duration of breastfeeding. Managers' views on maternity leave and breastfeeding. It permeates knowledge about the legislation to protect women workers, in addition to personal experience. The pro-AM strategy in the workplace boils down to complying with the period of maternity leave provided for by law.
Palavras-chave: mulheres trabalhadoras
retorno ao trabalho
condições de trabalho
aleitamento materno
licença maternidade
Área(s) do CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE
Assunto: Ciências médicas
Amamentação
Licença-maternidade
Idioma: por
País: Brasil
Editora: Universidade Federal de Uberlândia
Programa: Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde
Referência: SANTOS, Marília Neves. Condições de trabalho e duração do aleitamento materno entre trabalhadoras remuneradas formais e em formas de emprego não-padrão e a visão dos gestores sobre licença maternidade e amamentação após o retorno ao trabalho. 2024. 107 f. Tese (Doutorado em Ciências da Saúde) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2024. DOI http://dx.doi.org/10.14393/ufu.di.201.77.
Identificador do documento: http://dx.doi.org/10.14393/ufu.di.201.77
URI: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/43345
Data de defesa: 28-Jun-2024
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS): ODS::ODS 8. Trabalho decente e crescimento econômico - Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo, e trabalho decente para todos.
ODS::ODS 5. Igualdade de gênero - Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas.
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