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https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/41856
ORCID: | http://orcid.org/0009-0009-0664-7968 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acceso: | Acesso Aberto |
Título: | Aquilombar-se: experiências de uma professora preta de francês e de estudantes pretas(os) e pardas(os) no projeto Linguafro |
Título (s) alternativo (s): | Aquilombar-se: Expériences d’une professeure de français noire et des étudiant.e.s noir.e.s et métis.se.s dans le projet Linguafro Aquilombar-se: Experiencias de una profesora de francés negra y de estudiantes negras(os) y pardas(os) en el proyecto Linguafro Aquilombar-se: Experiences of a black french teacher and black and brown students in the Linguafro project |
Autor: | Moura, Monithelli Aparecida Estevão de |
Primer orientador: | Souza, Valeska Virgínia Soares |
Primer miembro de la banca: | Bengezen, Viviane Cabral |
Segundo miembro de la banca: | Brito, Cristiane Carvalho de Paula |
Resumen: | A presente dissertação teve como objetivo compreender as experiências vividas por mim enquanto professora preta de francês, assim como pelas(os) estudantes participantes da pesquisa, pretas(os) e pardas(os), visando a construção do espaço de ensino e aprendizagem do francês decolonial, afrocentrado e afirmativo no curso de extensão Linguafro online. Além disso, busquei discutir as possíveis tensões desse processo dentro desse contexto, assim como compreender a experiência de pertencimento a esse espaço de ensino e aprendizagem de idiomas afirmativos pelas(os) participantes. A pesquisa, exploratória e qualitativa, seguiu o caminho teórico-metodológico da Pesquisa Narrativa, conforme proposto por Clandinin e Connelly (2000, 2015), reconhecendo a importância de investigar as experiências vividas narrativamente para uma melhor compreensão do fenômeno. Foram discutidos conceitos como racismo, colonialismo, decolonialidade, ações afirmativas, afrocentricidade, práticas pedagógicas no contexto da Lei 10.639, desestrangeirização do material didático e letramento crítico racial para identidade e consciência raciais e relações étnico-raciais. Os participantes foram eu, Cristina, Oliveira e Laurindo, todos nós nos autodeclaramos negros. Os encontros foram realizados online em grupo ou individual, tanto de forma síncrona através do Google Meet, quanto de forma assíncrona pelo WhatsApp. Durante as conversas, foram discutidas as histórias narradas, experiências na sala de aula e vivências além dela. As análises foram realizadas narrativamente na perspectiva de composição de sentidos de Clandinin e Connelly (2015), buscando compreender as tensões que emergiram, considerando os pressupostos teóricos de Ely, Vinz, Downing e Anzul (2005). Ao final, observei que o mote de narrativas iniciais contribuiu para o meu deslocamento pessoal, acadêmico e profissional, enquanto professora, pesquisadora e mulher preta, além de despertar a minha identidade e consciência racial e questionar a minha ancestralidade e as minhas escolhas ao longo do percurso acadêmico e profissional. Ao abordar tanto as minhas narrativas quanto as das (os) participantes, pude escapar do perigo da história única, valorizando e reconhecendo suas vozes e experiências. Percebi que há múltiplas histórias de racismo nos permeando, e o espaço da sala de aula propiciou o movimento na direção de uma abordagem de ensino e currículo decoloniais, assim como a desestrangeirização do material didático da língua, com foco no acesso a uma Educação antirracista para as relações étnico-raciais. Por último, o ensino e aprendizagem de línguas adicionais para o público negro, no contexto do Linguafro, possibilita combater as desigualdades raciais, promover a inclusão e a construção de um espaço de discussão em um ambiente de escuta ativa e atenta, sensível e inclusiva para o empoderamento e construção das identidades das(os) estudantes negras(os). |
Abstract: | La présente dissertation avait pour objectif de comprendre les expériences vécues en tant que professeure de français noire, ainsi que celles des étudiant.e.s participant.e.s à la recherche, noir.e.s et métis.se.s, en vue de la construction d'un espace d'enseignement et d'apprentissage du français décolonial, afrocentré et affirmatif dans le cadre du cours d'extension en ligne Linguafro. En outre, j'ai cherché à discuter des possibles tensions venues de ce processus dans ce contexte, ainsi qu'à comprendre l'expérience des participants au niveau de leur appartenance à cet espace d'enseignement et d'apprentissage affirmatif des langues. Cette recherche exploratoire et qualitative a suivi la théorie et méthodologie de la Recherche Narrative, telle que proposée par Clandinin et Connelly (2000, 2015), qui reconnaissent l'importance d'enquêter de manière narrative sur les expériences vécues pour une meilleure compréhension du phénomène. Des concepts tels que le racisme, le colonialisme, la décolonialité, les actions affirmatives, l'afrocentricité, les pratiques pédagogiques dans le contexte de la Loi 10.639, la dé-étrangéisation du matériel didactique et l'alphabétisation raciale critique pour l'identité et la conscience raciales et les relations ethno-raciales ont été discutés. Les participants étaient Cristina, Oliveira, Laurindo et moi-même, qui nous déclarons être tous, des personnes noires et métisses. Les réunions se sont déroulées en ligne, en groupe ou individuellement, de manière synchrone via Google Meet et de manière asynchrone via WhatsApp. Au cours des conversations, nous avons discuté des histoires racontées, des expériences vécues en classe et des expériences vécues en dehors de la classe. Les analyses ont été effectuées de manière narrative dans la perspective de composition des sens de Clandinin et Connelly (2015), en cherchant à comprendre les tensions qui ont émergé, en tenant compte des hypothèses théoriques d'Ely, Vinz, Downing et Anzul (2005). En somme, j'ai observé que le principe des narratives initiales a contribué à mon développement personnel, académique et professionnel en tant qu'enseignante, chercheuse et femme noire, ainsi qu'à l'éveil de mon identité et de ma conscience raciale et à la remise en question de mon ascendance et de mes choix tout au long de mon parcours académique et professionnel. En abordant à la fois mes récits et ceux des participants, j'ai pu échapper au danger de l'histoire unique par la valorization et la reconnaissance de leurs voix et leurs expériences. J'ai réalisé que des multiples histoires de racisme nous imprègnent, et l'espace de la classe permet d'évoluer vers une approche et un programme d'enseignement décoloniaux, ainsi que vers la dé-étrangéisation du matériel didactique de la langue, en mettant l'accent sur l'accès à une éducation antiraciste pour les relations ethno-raciales. Enfin, l'enseignement et l'apprentissage de langues étrangères pour les personnes noires, dans le contexte de Linguafro, permet de lutter contre les inégalités raciales, de promouvoir l'inclusion et de construire un espace de discussion dans un environnement d'écoute active et attentive, sensible et inclusif pour l'autonomisation et la construction des identités des étudiant.e.s noir.e.s. Esta disertación tuvo como objetivo comprender las experiencias de mí misma como profesora negra de francés, así como de las(os) estudiantes negras(os) y pardas(os) que participaron en la investigación, con vistas a construir un espacio de enseñanza y aprendizaje del francés decolonial, afrocentrado y afirmativo en el curso de extensión en línea Linguafro. Además, busqué discutir las posibles tensiones de este proceso dentro de este contexto, así como comprender la experiencia de los participantes de pertenecer a este espacio afirmativo de enseñanza y aprendizaje de lenguas. La investigación, de carácter exploratorio y cualitativo, siguió el camino teórico-metodológico de la Investigación Narrativa, propuesto por Clandinin y Connelly (2000, 2015), reconociendo la importancia de investigar las experiencias vividas narrativamente para una mejor comprensión del fenómeno. Se discutieron conceptos como racismo, colonialismo, decolonialidad, acción afirmativa, afrocentricidad, prácticas pedagógicas en el contexto de la Ley 10.639 de Brasil, des-extranjerización de materiales didácticos y letramiento crítico-racial para la identidad y conciencia racial y las relaciones étnico-raciales. Participamos Cristina, Oliveira, Laurindo y yo, todos autodeclarados negros. Las reuniones se celebraron en línea, en grupos o individualmente, tanto de forma sincrónica, a través de Google Meet, como asincrónica, a través de WhatsApp. Durante las conversaciones se discutieron las historias narradas, las experiencias en el aula y las vivencias más allá del aula. Los análisis se realizaron narrativamente desde la perspectiva de la composición de significados de Clandinin y Connelly (2015) y se buscó comprender las tensiones que emergieron, considerando los presupuestos teóricos de Ely, Vinz, Downing y Anzul (2005). Al final, observé que el lema narrativo inicial contribuyó a mi desarrollo personal, académico y profesional como docente, investigadora y mujer negra, además de despertar mi identidad y conciencia racial y cuestionar mi ancestralidad y mis elecciones a lo largo de mi trayectoria académica y profesional. Al abordar tanto mis relatos como los de las(os) participantes, pude escapar del peligro del relato único, valorando y reconociendo sus voces y experiencias. Me di cuenta de que existen múltiples historias de racismo que nos impregnan, y el aula permitió avanzar hacia un enfoque pedagógico y un plan de estudios decoloniales, así como la des-extranjerización de los materiales de enseñanza de idiomas, centrándose en el acceso a una educación antirracista para las relaciones étnico-raciales. Por último, la enseñanza y el aprendizaje de lenguas adicionales para el público negro, en el contexto de Linguafro, permite combatir las desigualdades raciales, promover la inclusión y construir un espacio de discusión en un ambiente de escucha activa y atenta, sensible e inclusiva para el empoderamiento y la construcción de las identidades de las(os) estudiantes negras(os). The main objective of this dissertation was to understand the experiences lived by me as a black French teacher, as well as by the students participating in the research, black and brown, aiming at the construction of teaching and learning space of the decolonial, Afro-centered and affirmative French in the online Linguafro extension course. Furthermore, I sought to discuss the possible tensions of this process within this context, as well as understand the experience of belonging to this space of teaching and learning affirmative languages by the participants. The research, exploratory and qualitative, followed the theoretical-methodological path of Narrative Research, as proposed by Clandinin and Connelly (2000, 2015), recognizing the importance of investigating lived experiences narratively for a better understanding of the phenomenon. Concepts such as racism, colonialism, decoloniality, affirmative actions, Afrocentricity, pedagogical practices in the context of Law 10,639, deforeignization de-alienation of teaching material and critical racial literacy for racial identity and awareness and ethnic-racial relations were discussed. The participants were Cristina, Oliveira and Laurindo and me, all of us self-declared black. The meetings were held online in groups or individually, both synchronously via Google Meet and asynchronously via WhatsApp. During the conversations, the stories told, experiences in the classroom and experiences beyond it were discussed. The analyzes were carried out narratively from the perspective of the composition of meanings of Clandinin and Connelly (2015), seeking to understand the tensions that emerged, considering the theoretical assumptions of Ely, Vinz, Downing and Anzul (2005). In the end, I observed that the motto of the initial narratives contributed to my personal, academic and professional displacement, as a teacher, researcher and black woman, in addition to awakening my identity and racial awareness and questioning my ancestry and my choices throughout my life. academic and professional career. By addressing both my narratives and those of the participants, I was able to escape the danger of the single story, valuing and recognizing their voices and experiences. I realized that there are multiple histories of racism permeating us, and the classroom space enabled the movement towards a decolonial teaching approach and curriculum, as well as the deforeignization de-alienation of language teaching material, with a focus on access to anti-racist Education for ethnic-racial relations. Finally, the teaching and learning of additional languages for black audiences, in the context of Linguafro, makes it possible to combat racial inequalities, promote inclusion and the construction of a space for discussion in an environment of active and attentive listening, sensitive and inclusive for the empowerment and construction of identities of black students. |
Palabras clave: | Formação de professores professora preta de francês francês afrocentrado, afirmativo e decolonial Pesquisa Narrativa Linguística Formation des enseignants professeure de français noire français afrocentré, affirmatif et décolonial Recherche Narrative Linguistique Formación de profesores profesora negra de francés francés afrocentrado, afirmativo y decolonial Investigación Narrativa Lingüística Teacher education black French teacher Afrocentric, affirmative and decolonial French Narrative Inquirity Linguistics |
Área (s) del CNPq: | CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA::LINGUISTICA APLICADA |
Tema: | Linguística Professores - Formação Professores de francês Professores universitários negros |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editora: | Universidade Federal de Uberlândia |
Programa: | Programa de Pós-graduação em Estudos Linguísticos |
Cita: | MOURA, Monithelli Aparecida Estevão de. Aquilombar-se: experiências de uma professora preta de francês e de estudantes pretas(os) e pardas(os) no projeto Linguafro. 2024. 163 f. Dissertação (Mestrado em Estudos Linguísticos) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2024. DOI http://doi.org/10.14393/ufu.di.2024.5036 |
Identificador del documento: | http://doi.org/10.14393/ufu.di.2024.5036 |
URI: | https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/41856 |
Fecha de defensa: | 29-feb-2024 |
Objetivos de Desarrollo Sostenible (ODS): | ODS::ODS 4. Educação de qualidade - Assegurar a educação inclusiva, e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos. ODS::ODS 10. Redução das desigualdades - Reduzir as desigualdades dentro dos países e entre eles. ODS::ODS 16. Paz, justiça e instituições eficazes - Promover sociedades pacíficas e inclusivas par ao desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis. |
Aparece en las colecciones: | DISSERTAÇÃO - Estudos Linguísticos |
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