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https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/36766
ORCID: | http://orcid.org/0000-0002-7997-6828 |
Tipo do documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
Título: | Educação geográfica, estética e epistemologia anticolonial |
Título(s) alternativo(s): | Geographical education, aesthetics and anticolonial epistemology |
Autor(es): | Santos, Gilson Silva |
Primeiro orientador: | Barbosa, Tulio |
Primeiro membro da banca: | Silva, Mauricio Alves da |
Segundo membro da banca: | Souza, Rita de Cassia Martins de |
Terceiro membro da banca: | Oliveira, Antonio Marcos Machado de |
Quarto membro da banca: | Moreira, Ruy |
Resumo: | O presente trabalho parte da tese de que mudanças epistemológicas definem construções estruturais para o conhecimento geográfico. Assim, organizamos o conhecimento epistemológico anticolonial, voltado para a educação geográfica brasileira, a partir das lutas de negras, negros e indígenas. A tese parte da realidade histórica, no tempo presente, e evidencia que a estrutura política, econômica, cultural e educacional é originada do escravismo e mantida, ainda, como sociedade escravocrata, em outras roupagens e estéticas. Sendo assim, constitui, ainda, uma sociedade opressora, racista, machista e violenta contra negros, negras, indígenas e a classe trabalhadora. A definição e os limites coloniais foram apresentados diretamente como oposição a toda superação das mazelas cotidianas da classe trabalhadora, que vive e é organizada pela classe dominante, em uma estrutura escravocrata racista. A luta anticolonial, portanto, tem como princípio a ruptura com toda forma de dominação e opressão, que possa ser organizada pelo conhecimento científico colonizador e fundador de uma Geografia vinculada aos objetivos do capitalismo e do imperialismo. A importância desta tese está na organização epistemológica anticolonial, voltada para a edificação gnosiológica, que efetue rupturas com a estrutura capitalista opressora, e possa, no cotidiano do conhecimento escolar, elencar as questões, para além dos limites curriculares, oferecidos para a educação geográfica, oriunda das necessidades da classe dominante brasileira. O resgate de teóricos e teóricas anticoloniais é o ponto decisivo deste trabalho, visto que revolucionários e revolucionárias africanas e latino-americanas mostraram-se decisivos para a composição de uma organização epistemológica, que possa ser efetuada no cotidiano escolar. Desse modo, o cabedal teórico e metodológico parte de uma dialética que rompe com a estrutura, por meio de teorias que tenham como centralidade a contestação da violência e do poder da classe dominante. A contribuição deste trabalho está na construção de uma estética e de uma epistemologia anticolonial, que luta, diretamente, contra toda forma de opressão, e possa constituir caminho para a educação geográfica, que prime pela ampliação permanente da democracia e dos direitos humanos, por meio do enfrentamento ao racismo, ao machismo e a toda forma de opressão. O caminho dessas questões partiu da crítica epistemológica à Geografia colonizada, não capaz de enxergar a estrutura escravocrata a compor o espaço nacional, e, portanto, apresentou uma ruptura, que pode ser constituída por meio da dialética anticolonial, partindo, definitivamente, da classe trabalhadora, do antirracismo e do anticapitalismo, resultando numa educação geográfica anticolonial, organizada pela classe trabalhadora, que precisa superar o espaço nacional escravocrata. Dessa forma, a presente tese possibilitou a construção e demonstração da necessidade de trabalhar com a narrativa, esteticamente, anticolonial, na Geografia do Brasil. |
Abstract: | The present work starts from the thesis that epistemological changes define structural constructions for geographic knowledge; thus, we organize anti-colonial epistemological knowledge focused at Brazilian geographic education from the struggles of black and indigenous people. The thesis starts from the historical reality in the present time and proves that the political, economic, cultural and educational structure is originated from slavery and still maintained as a slave society in other guises and aesthetics, yet still an oppressive, racist, sexist and violent society against black, indigenous people and the working class. The colonial definition and limits were presented directly as an opposition to any overcoming of the daily ills of the working class that lives and is organized by the ruling class in a racist slave-holding structure. The anti-colonial struggle, therefore, had as its principle the rupture with any form of domination and oppression that could be organized by colonizing scientific knowledge and, with that, the founder of a Geography linked to the objectives of capitalism and imperialism. The importance of this thesis lies in the anti-colonial epistemological organization aimed at gnosiological construction that breaks with the oppressive capitalist structure and can, in the daily life of school knowledge, list issues beyond the curricular limits offered for geographic education arising from the needs of the Brazilian ruling class. The rescue of anti-colonial theorists is the decisive point of this work, since African and Latin American revolutionaries proved to be decisive for the composition of an epistemological organization that can be carried out in the school daily life; thus, the theoretical and methodological background starts from a dialectic that breaks with the structure through theories that have as centrality the contestation of violence and the power of the ruling class. The contribution of this work is in the construction of an anti-colonial aesthetics and epistemology that fights directly against all forms of oppression and can constitute a path to a geographic education that strives for the permanent expansion of democracy and human rights, through the confrontation of racism, to sexism and all forms of oppression. The path of these questions came from the epistemological critique of colonized Geography, which cannot see the slavery structure that makes up the national space and, therefore, presented a rupture that can be constituted through the anti-colonial dialectic that definitively starts from the working class, anti-racism and the anti-capitalism resulting in an anti-colonial geographic education organized by the working class that needs to overcome the slave-holding national space. Thus, the present thesis enabled the construction and proof of the need to work with the aesthetically anti-colonial narrative in the Geography of Brazil. |
Palavras-chave: | Epistemologia anticolonial Estética anticolonial Educação geográfica Anti-colonial epistemology Anti-colonial aesthetics Geographic education |
Área(s) do CNPq: | CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::GEOGRAFIA |
Assunto: | Geografia Colônias Geografia - Brasil |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editora: | Universidade Federal de Uberlândia |
Programa: | Programa de Pós-graduação em Geografia |
Referência: | SANTOS, Gilson Silva. Educação geográfica, estética e epistemologia anticolonial. 2022. 308 f. Tese (Doutorado em Geografia) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2022. DOI http://doi.org/10.14393/ufu.te.2022.483 |
Identificador do documento: | https://doi.org/10.14393/ufu.te.2022.483 |
URI: | https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/36766 |
Data de defesa: | 16-Ago-2022 |
Aparece nas coleções: | TESE - Geografia |
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