Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/36208
Tipo do documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Título: Educações menores em HIV/aids: o que pode a educação em ciências e biologia em cartografias audiovisuais?
Título(s) alternativo(s): Minor educations in HIV/AIDS: what can education in sciences and biology in audiovisual cartographies?
Autor(es): Sales, Tiago Amaral
Primeiro orientador: Estevinho, Lúcia de Fátima Dinelli
Primeiro membro da banca: Carvalho, Daniela Franco
Segundo membro da banca: Santos, Sandro Prado
Terceiro membro da banca: Fonseca, Fabíola Simões Rodrigues da
Quarto membro da banca: Garlet, Francieli Regina
Quinto membro da banca: Estevinho, Lúcia de Fátima Dinelli
Resumo: Esta tese busca, a partir da cartografia de produções audiovisuais, imbricar-se na mobilização de educações menores em HIV/aids e pensar no que pode uma educação em ciências e biologia por meio das escritas advindas do encontro entre o pesquisador e os filmes. Embasa-se teórico-epistemologicamente nas filosofias da diferença, sobretudo no aporte de Gilles Deleuze, Félix Guattari e Michel Foucault, na medida em que se articula uma caixa de ferramentas que possibilite pensar em múltiplos conceitos, como nas questões metodológicas da cartografia, da educação, das políticas em torno da vida, do corpo, do desejo e da pandemia de HIV/aids. Para tal, são elencados três filmes – o documentário brasileiro Carta para além dos muros (2019), o documentário estadunidense Como sobreviver a uma praga (2012) e o filme francês 120 Batimentos por Minuto (2017) – que se engendram a partir da temática central do HIV e da aids. Atenta-se, a partir das composições audiovisuais, às formas de narrar a pandemia de HIV/aids pelas imagens e sons; às pedagogias por elas produzidas; às tensões entre discursos e práticas científicas; produção de subjetividade e de diferença. Pelos filmes e as educações possíveis a partir deles, tece-se narrativas que se fazem nas conexões entre ciências, artes e filosofias. Os territórios pandêmicos são mobilizados, sobretudo, a partir do HIV/aids, mas também se conectam com a emergência do Sars-Cov-2, visto que a tese foi produzida em meio ao ápice da disseminação de covid-19 e carrega as marcas de ambas as pandemias, mobilizando e conectando percepções de cada uma delas. Compreende-se que as criações audiovisuais movimentam pedagogias, produzem modos de aprender e podem ser ponto de partida para ensinagens. A dimensão política, militante e coletiva da educação menor é elencada a partir das cartografias audiovisuais e tangenciada com as questões em torno do HIV e da aids. Tal pesquisa dialoga com o campo da educação em ciências e biologia ao perceber que tais filmes permeiam questões científicas em suas narrativas, como as relacionadas à pandemia de HIV/aids, na medida em que também possuem a potência de educar. Busca-se, a partir das cartografias audiovisuais, encontrar pistas de como infectar a educação em ciências e biologia, tão alinhada aos discursos biomédicos, às lógicas assépticas do corpo e do desejo, com outras formas de lidar com tais questões, com as relações humano-vírus, com a vida, o prazer, a doença e a morte, ensaiando possíveis desconstruções de estigmas e instaurando territórios que possam permear, fissurar e instaurar currículos, disciplinas, aulas e práticas docentes que sejam porosos à diferença e à multiplicidade. Percebe-se que, ao mobilizarem tais temas, os filmes, ao tangenciarem as narrativas científicas e biomédicas maiores, também as fraturam, possibilitando brechas em tais discursos e práticas, na medida em que engendram formas outras de narrar uma pandemia, por meio das dimensões da força da vida, da luta coletiva, do desejo, mesmo em meio à dimensão da doença, do medo e da morte. Por fim, traça-se um ensaio-manifesto acerca do que podem as educações menores em HIV/aids.
Abstract: This thesis seeks, from the cartography of audiovisual productions, to be involved in the mobilization of minor education in HIV/AIDS and to think about what an education in science and biology can do through the writings arising from the encounter between the researcher and the films. It is theoretically and epistemologically based on the philosophies of difference, especially on the contribution of Gilles Deleuze, Félix Guattari and Michel Foucault, insofar as a toolbox is articulated that makes it possible to think about multiple concepts, as in the methodological issues of cartography, education, policies around life, the body, desire and the HIV/AIDS pandemic. To this end, three films are listed – the Brazilian documentary Carta para Além dos Muros (2019), the American documentary How to survive a plague (2012) and the French film 120 Beats per Minute (2017) – which are engendered from the central theme of HIV and AIDS. From the audiovisual compositions, attention is paid to the ways of narrating the HIV/AIDS pandemic through images and sounds, to the pedagogies produced by them, to the tensions between scientific discourses and practices, production of subjectivity and difference. Through the films and the possible educations from them, narratives are weaved that are made in the connections between sciences, arts and philosophies. Pandemic territories are mobilized, above all, from HIV/AIDS, but they are also connected with the emergence of Sars-Cov-2, since the thesis was produced amid the peak of the spread of covid-19 and bears the marks of both pandemics, mobilizing and connecting perceptions of each. It is understood that audiovisual creations move pedagogies, produce ways of learning and can also be a starting point for teaching. The political, militant and collective dimension of minor education is listed based on audiovisual cartographies and related to issues surrounding HIV and AIDS. Such research dialogues with the field of science and biology education, realizing that such films permeate scientific issues in their narratives, such as those related to the HIV/AIDS pandemic, insofar as they also have the power to educate. From the audiovisual cartographies, we seek to find clues on how to infect science and biology education, so aligned with biomedical discourses, the aseptic logics of the body and desire, with other ways of dealing with such issues, with human-virus relations, with life, pleasure, illness and death, rehearsing possible deconstructions of stigmas and establishing territories that can permeate, crack and establish curricula, subjects, classes and teaching practices that are porous to difference and multiplicity. It is noticed that, by mobilizing such themes, the films, by touching the larger scientific and biomedical narratives, also fracture them, allowing gaps in such discourses and practices, for as they engender other ways of narrating a pandemic, through the dimensions of the force of life, of collective struggle, of desire, even in the midst of the dimension of illness, fear and death. Finally, an essay-manifest is drawn up about what minor education in HIV/AIDS can.
Palavras-chave: Cartografia
Cartography
Cinema
Cinema
Educação em Ciências e Biologia
Science and Biology Education
HIV/Aids
HIV/AIDS
Territórios Pandêmicos
Pandemic Territories
Área(s) do CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO
Assunto: Educação
Ciência no cinema
AIDS (Doença)
Idioma: por
País: Brasil
Editora: Universidade Federal de Uberlândia
Programa: Programa de Pós-graduação em Educação
Referência: SALES, Tiago Amaral. Educações menores em HIV/aids: o que pode a educação em ciências e biologia em cartografias audiovisuais? 2022. 187 f. Tese (Doutorado) - Curso de Doutorado em Educação, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2022. DOI http://doi.org/10.14393/ufu.te.2022.468
Identificador do documento: http://doi.org/10.14393/ufu.te.2022.468
URI: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/36208
Data de defesa: 12-Ago-2022
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