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ORCID:  http://orcid.org/0000-0001-8838-0949
Tipo do documento: Trabalho de Conclusão de Curso
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Título: A cosmovisão antropofágica dos Tupinambá
Autor(es): Sousa, Katheleen Mylena do Prado
Primeiro orientador: Militão, Maria Socorro Ramos
Primeiro membro da banca: Soares, Alexandre Guimarães Tadeu de
Segundo membro da banca: AraújoA, Ana Carolina Gomes
Resumo: Este trabalho abre uma investigação, no âmbito da filosofia indigenista, sobre o ritual antropofágico presente na cultura da sociedade Tupinambá e, por conseguinte, a relação intrínseca desse ritual com a guerra. O objetivo é desmistificar a visão eurocêntrica e cristianizada, criada intencionalmente para menosprezar os costumes e a religião desses indígenas, desconstruindo, assim, a imagem de selvageria e retrocesso conferida pelos europeus aos indígenas brasileiros. Descolonizar a visão eurocêntrica acerca desses povos mostra que tal rotulação favoreceu os portugueses, no processo de catequização dos povos originários tanto do Brasil quanto do continente latino-americano como um todo. A antropofagia sempre foi tratada como um ato completamente bárbaro, já que para as sociedades ditas civilizadas é inconcebível o ato de comer a carne de alguém da mesma espécie, pelo que se considera incompreensível tal prática ser atribuída a um ser dito racional. Neste trabalho ainda buscamos analisar a antropofagia sob uma perspectiva cultural e filosófica, quer dizer, não apenas sob a acepção religiosa, como rito antropofágico. Para tanto, e dada a natureza do objeto de estudo e a pouca literatura disponível sobre a temática, amparamo-nos também nas áreas da antropologia, sociologia e história brasileiras. Do arcabouço geral, destacamos a filosofia de Michel de Montaigne (1533-1592), por ser ele o primeiro e único filósofo de seu tempo a se debruçar sobre a temática, e de seus comentadores; e da própria literatura produzida pelos indigenistas na área da filosofia.
Abstract: This research opens an investigation, in the scope of the indigenist philosophy, on the anthropophagic ritual practiced in the culture of the Tupinambá society and, therefore, the intrinsic relation of this ritual with war. By deconstructing the image of savagery and regression associated with these native Brazilians by the Europeans, the intention is to demystify the Eurocentric and Christianized vision that was intentionally established to despise the customs and religion of these indigenous peoples. Decolonizing the Eurocentric vision about these peoples is important to show that such labeling benefited the Portuguese colonization, in the process of catechizing the natives not only in Brazil but in the Latin American continent. And this is because anthropophagy has always been treated as a completely barbaric act, since the act of eating the flesh of someone of the same species is inconceivable for so-called civilized societies; in this sense, such an act is incomprehensible to a so-called rational being. In this study, we also intend to analyze anthropophagy from a cultural and philosophical perspective, that is, not only in the religious sense, as an anthropophagic rite. However, considering the nature of the object of study and the limited amount of literature available on this subject, it was necessary to seek theoretical support in the areas of Brazilian anthropology, sociology and history, as well as in the philosophy of Michel de Montaigne (1533-1592), since he was the first and only philosopher of his time to focus on this chosen theme, and also commentators and the literature produced by the indigenous people in the area of philosophy.
Palavras-chave: Tupinambá
Ritual antropofágico
Anthropophagic ritual
Montaigne
Área(s) do CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA
CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::ANTROPOLOGIA
Idioma: por
País: Brasil
Editora: Universidade Federal de Uberlândia
Referência: SOUSA, Katheleen Mylena do Prado. A cosmovisão antropofágica dos Tupinambá. 2022. 69 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Filosofia) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2022.
URI: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/36119
Data de defesa: 16-Ago-2022
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