Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/36051
ORCID:  http://orcid.org/0000-0003-4106-6324
Tipo do documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Título: Caracterização isotópica de vertebrados do Grupo Bauru como subsídio para compreensão de sua paleoecologia
Título(s) alternativo(s): Isotopic characterization of Bauru Group vertebrates as a means to elucidate their paleoecology
Autor(es): Lima, Thiago Correia
Primeiro orientador: Riff, Douglas Santos
Primeiro membro da banca: Melo, Celine de
Segundo membro da banca: Augusto, Solange Cristina
Terceiro membro da banca: Dantas, Mário André Trindade
Resumo: A incompletude do registro fóssil dificulta a inferência de taxas e padrões evolutivos e ecológicos. A análise anátomo-morfológica dos restos preservados, embora extremamente importante, pode ser insuficiente para investigar a paleoecologia de alguns espécimes e táxons, e outras metodologias foram desenvolvidas para realizar tais inferências. A análise de isótopos estáveis tornou-se um método cada vez mais importante para coletar informações tróficas e ambientais de espécies extintas em ecossistemas terrestres e aquáticos, a partir da composição geoquímica que um ambiente imprime nos ossos, dentes e demais tecidos. O presente trabalho realizou uma caracterização isotópica preliminar da paleofauna de vertebrados da Bacia de Bauru, Cretáceo Superior do Sudeste do Brasil. As condições ambientais únicas e a composição biótica presentes na região à época levaram a interações ecológicas peculiares quando comparadas a outros depósitos pene-contemporâneos em todo o mundo. O registro fóssil nas principais unidades fossilíferas da Bacia aponta para uma abundância de saurópodes titanossauros como os principais herbívoros terrestres em todo o Cretáceo Superior, do Santoniano (~85 Ma) ao Maastrichtiano (~70 Ma). Em relação aos carnívoros, há uma clara sucessão biótica devido à preponderância de crocodilomorfos Baurusuchidae nos estratos Santoniano-Campaniano (correspondendo à Formação Adamantina), em detrimento dos terópodes abelisaurídeos, que se tornaram comuns apenas na Formação Marília (Maastrichtiano). A escassez de terópodes Abelisauridae entre os carnívoros terrestres da Formação Adamantina diferencia sua paleofauna das demais conhecidas no Hemisfério Sul durante o Cretáceo, onde esse grupo era dominante. Por meio da análise de isótopos estáveis, complementa-se o conhecimento sobre as relações ecológicas entre esses e outros vertebrados da Bacia de Bauru. Após uma visão geral da paleoecologia dos principais depósitos fossilíferos da Bacia de Bauru provenientes tanto da literatura quanto dos dados isotópicos gerados nesta contribuição, o registro fóssil díspar dos dois principais grupos de predadores na Bacia foi abordado. Uma vez avaliado o grau de sobreposição de nicho pela caracterização isotópica, nossos resultados apontam para uma partição de nicho entre os dois grupos de carnívoros.
Abstract: The incompleteness of the fossil record hinders the inference of evolutionary and ecological rates and patterns. The anatomical-morphological analysis of the hard remains, although extremely important, can be insufficient to conclude about the paleoecology of some specimens and taxa. Therefore, other methodologies were developed to achieve such inferences. Stable isotope analysis has become an increasingly important method for gathering dietary and environmental information from extinct species in terrestrial and aquatic ecosystems. The benefits of such analyses stem from the geochemical fingerprint that an environment leaves in an organism’s bones, teeth, and tissues. The present work carried out a preliminary isotopic characterization of the vertebrate paleofauna of the Bauru Basin, Late Cretaceous of Southeastern Brazil. The unique environmental conditions and biotic composition present in the region at the time led to peculiar ecological interactions when compared to other pene-contemporary deposits worldwide. The fossil record in the main fossiliferous units of the Basin points to an abundance of titanosaur sauropods as the main terrestrial herbivores throughout the Late Cretaceous, from the Santonian (around 85 My) to the Maastrichtian (around 70 My). Regarding the carnivores, a biotic turnover can be noted due to a preponderance of baurusuchid crocodylomorphs in the Santonian-Campanian strata (which corresponds to the Adamantina Formation), to the detriment of abelisaurid theropods, which become common only in the Maastrichtian Marilia Formation. The scarcity of Abelisauridae among terrestrial carnivores in the Adamantina Formation sets it apart from ecosystems throughout the entire southern hemisphere during the Cretaceous, where this group was dominant. The analysis of stable isotopes will complement the knowledge on the ecological relationships among the aforementioned taxa. After an overview of the paleoecology of the main fossiliferous deposits of the Bauru Basin coming from both the literature and the isotopic data generated in this contribution, the disparate fossil record of the two main groups of predators in the Basin was addressed. After evaluating the degree of niche overlap by the isotopic characterization, our results indicate that there was niche partition amongst the two main carnivorous taxa.
Palavras-chave: Paleoecologia
Isótopos estáveis
Bacia Bauru
Cretáceo
Dinosauria
Titanosauria
Theropoda
Mesoeucrocodylia
Baurusuchidae
Paleoecology
stable isotopes
vertebrates
Cretaceous
Sauropoda
Abelisauridae
Área(s) do CNPq: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ZOOLOGIA::PALEOZOOLOGIA
CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIA::ECOLOGIA DE ECOSSISTEMAS
Assunto: Ecologia
Paleoecologia
Isótopos estáveis
Paleontologia - Cretáceo
Idioma: por
País: Brasil
Editora: Universidade Federal de Uberlândia
Programa: Programa de Pós-graduação em Ecologia e Conservação de Recursos Naturais
Referência: LIMA, Thiago Correia. Caracterização isotópica de vertebrados do Grupo Bauru como subsídio para compreensão de sua paleoecologia. 2022. 78 f. Dissertação (Mestrado em Ecologia, Conservação e Biodiversidade) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2022. DOI http://doi.org/10.14393/ufu.di.2022.368.
Identificador do documento: http://doi.org/10.14393/ufu.di.2022.368
URI: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/36051
Data de defesa: 30-Ago-2022
Aparece nas coleções:DISSERTAÇÃO - Ecologia, Conservação e Biodiversidade

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