Por favor, use este identificador para citar o enlazar este ítem: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/36038
ORCID:  http://orcid.org/0000-0001-9347-3795
Tipo de documento: Tese
Tipo de acceso: Acesso Embargado
Fecha de embargo: 2024-09-02
Título: Avaliação ultrassonográfica de nervos periféricos de pacientes com hanseníase e contatos domiciliares
Título (s) alternativo (s): Ultrasonographic assessment of peripheral nerves of leprosy patients and household contacts
Autor: Luppi, Andrea de Martino
Primer orientador: Goulart, Isabela Maria Bernardes
Primer miembro de la banca: Lugão, Helena Barbosa
Segundo miembro de la banca: Elias Júnior, Jorge
Tercer miembro de la banca: Tiago, Liliane Marques de Pinho
Cuarto miembro de la banca: Macedo, Túlio Augusto Alves
Resumen: Introdução: A neuropatia hansênica é a neuropatia periférica de etiologia infecciosa mais comum em todo o mundo. Apesar dos avanços significativos no controle da hanseníase, ela continua sendo um problema de saúde pública e seu diagnóstico precoce representa um dos principais objetivos dos programas de saúde, especialmente nos contatos domiciliares (CD), os quais representam um grupo de alto risco para o desenvolvimento da doença. Recentemente, a ultrassonografia (US) surgiu como uma nova ferramenta para avaliação da neuropatia periférica. Objetivos: Esta tese foi subdivida em dois estudos, cujos objetivos foram identificar o comprometimento neural por meio da US em CD assintomáticos (estudo 1) e em pacientes com diagnóstico confirmado de hanseníase (estudo 2). Materiais e métodos: No primeiro estudo, foram recrutados 49 contatos domiciliares com sorologia positiva (CDSP) e 30 com sorologia negativa (CDSN) acompanhados em um centro de referência nacional em hanseníase, e um grupo controle composto por 53 voluntários saudáveis. No segundo estudo, 53 pacientes com hanseníase foram incluídos. Todos os participantes foram submetidos à técnica multissegmentar de US dos nervos periféricos, que consistiu na avaliação das medidas das áreas seccionais transversas (ASTs) dos nervos ulnar, mediano e tibial em dois pontos (no túnel e proximal ao túnel) e do nervo fibular comum (FC) ao nível da cabeça da fíbula. As medidas das ASTs dos nervos periféricos dos CDSP e CDSN (estudo 1) e dos doentes (estudo 2) foram comparadas com as dos controles. Os dados ultrassonográficos dos CD e dos doentes também foram comparados com os resultados dos testes sorológico (ELISA anti-PGL-I) e molecular. Resultados: No estudo 1, a avaliação por US detectou espessamento neural em 26,5% (13/49) dos CDSP e apenas em 3,3% (1/30) entre os CDSN (p = 0,0038). Os valores médios de ASTs dos nervos FC e tibial foram significativamente maiores no grupo dos CDSP. Esse grupo também apresentou assimetria significativamente maior nos nervos FC e tibial (proximal ao túnel). Os CDSP apresentaram chance 10,5 vezes maior de comprometimento neural (OR = 10,48; p = 0,0311). Por outro lado, a presença de pelo menos uma cicatriz da vacina BCG conferiu proteção 5,2 vezes maior contra o envolvimento neural (OR = 0,19; p = 0,0184). No estudo 2, a US detectou espessamento neural em 71,1% (38/53) dos doentes, sendo o ulnar e o tibial os nervos mais acometidos. Entre os pacientes com mononeuropatia, a maioria apresentava parâmetros sorológicos e moleculares de alta carga bacilar. Todos os nervos apresentaram medidas significativamente maiores nos doentes em relação aos controles, e também maior assimetria entre os lados esquerdo e direito, com valores significativamente maiores para os nervos ulnar e tibial. Ademais, importante destacar as diferenças significativas encontradas nas medidas da AST entre os pontos túnel e pré-túnel para os nervos ulnar e tibial, com valores máximos proximais ao túnel. Todas as formas clínicas da hanseníase mostraram espessamento neural à US. Conclusões: No estudo 1, nossos resultados demonstraram maior prevalência de espessamento neural nos CDSP. A combinação de soropositividade e ausência de cicatriz de BCG pode identificar indivíduos com maiores chances de desenvolver neuropatia hansênica, reforçando a importância da inclusão de métodos sorológicos e de imagem na vigilância epidemiológica dos CD de hanseníase. No estudo 2, nossos resultados demonstraram que espessamento neural assimétrico e irregular, mais evidente acima do túnel osteofibroso, são característicos da neuropatia hansênica. Por fim, nossos resultados reforçam que a hanseníase é uma condição primariamente neural. Portanto, propomos o uso da US multisegmentar dos nervos periféricos dos membros superiores e inferiores na investigação dos CD e pacientes com hanseníase, a fim de melhorar o diagnóstico da neuropatia hansênica e prevenir incapacidades e deformidades estigmatizantes.
Abstract: Introduction: Leprosy neuropathy is the most common infectious peripheral neuropathy worldwide. Despite significant advances in leprosy control, it remains a public health problem and its early diagnosis represents one of the main objectives of health programs, especially in leprosy household contacts (HHCs), which represent a high-risk group for the development of leprosy. Recently, ultrasonography (US) has emerged as a new tool for the evaluation of peripheral neuropathy. Objectives: This thesis was subdivided into two studies, whose objectives were to identify neural impairment through US assessment in asymptomatic leprosy HHCs (study 1) and in patients with a confirmed diagnosis of leprosy (study 2). Materials and methods: In the first study, 49 seropositive HHCs and 30 seronegative HHCs, followed at a national leprosy reference center, and a control group composed of 53 healthy volunteers (HVs) were recruited. In the second study, 53 leprosy patients (LPs) diagnosed with leprosy were included. All participants underwent the multisegmental peripheral nerve US technique, which consisted of evaluating the measurements of the cross-sectional areas (CSAs) of the ulnar, median and tibial nerves at two points (in the tunnel and proximal to the tunnel) and the common fibular (CF) nerve at the level of the fibular head. Peripheral nerve CSAs measurements of seropositive and seronegative HHCs (study 1) and LPs (study 2) were compared with those of HVs. US data from HHCs and LPs were also compared with the results of serological (anti-PGL-I ELISA) and molecular tests. Results: In study 1, US evaluation detected neural thickening in 26.5% (13/49) of the seropositive HHCs and only in 3.3% (1/30) among the seronegative ones (p = 0.0038). The mean values of CSAs of the common fibular and tibial nerves were significantly higher in seropositive HHCs. This group also had significantly greater asymmetry in the CF and tibial nerves (proximal to the tunnel). Seropositive HHCs presented a 10.5-fold higher chance of neural impairment (OR = 10.48; p = 0.0311). On the other hand, the presence of at least one scar from BCG vaccine conferred 5.2-fold greater protection against neural involvement (OR = 0.19; p = 0.0184). In study 2, US evaluation detected neural thickening in 71.1% (38/53) of LPs, and the ulnar and tibial were the most frequently affected nerves. Among LPs with mononeuropathy, most had serological and molecular parameters of high bacillary load. All nerves showed significantly higher measurements in LPs compared with HVs, and also greater asymmetry between left and right sides, with significantly higher values for ulnar and tibial nerves. Furthermore, it is important to highlight the significant differences found in CSAs measurements between the tunnel and pre-tunnel points for the ulnar and tibial nerves, with maximum values proximal to the tunnel. All clinical forms of leprosy showed neural enlargement through the US. Conclusions: In study 1, our results demonstrated a higher prevalence of neural thickening in leprosy-seropositive HHCs. The combination of seropositivity and absence of BCG scar can identify individuals with greater chances of developing leprosy neuropathy, reinforcing the importance of including serological and imaging methods in the epidemiological surveillance of leprosy HHCs. In study 2, our results demonstrated that asymmetry and irregular neural thickening, most evident above the osteofibrous tunnel, are hallmarks of the leprosy neuropathy. Finally, our results reinforce that leprosy is a primarily neural condition. Therefore, we propose the use of multisegmental US technique of the peripheral nerves of the upper and lower limbs in the investigation of HHCs and LPs, in order to improve the diagnosis of leprosy neuropathy and prevent stigmatizing deformities and disabilities.
Palabras clave: Hanseníase
Nervos periféricos
Ultrassonografia
Neuropatia
Sorologia
Leprosy
Peripheral nerves
Ultrasonography
Neuropathy
Serology
Ciências médicas
Área (s) del CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA::CLINICA MEDICA
Tema: Ciências médicas
Hanseníase
Ultrassonografia
Nervos periféricos - Doenças - Diagnóstico
Idioma: por
País: Brasil
Editora: Universidade Federal de Uberlândia
Programa: Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde
Cita: LUPPI, Andrea de Martino. Avaliação ultrassonográfica de nervos periféricos de pacientes com hanseníase e contatos domiciliares. 2022. 128 f. Tese (Doutorado em Ciências da Saúde) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2022. DOI http://doi.org/10.14393/ufu.te.2022.293
Identificador del documento: http://doi.org/10.14393/ufu.te.2022.293
URI: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/36038
Fecha de defensa: 6-jul-2022
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