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https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/35885
ORCID: | http://orcid.org/0000-0003-1281-6288 |
Document type: | Tese |
Access type: | Acesso Aberto |
Title: | Vivendo a leitura no atendimento psicopedagógico: minha experiência com Helena |
Alternate title (s): | Undergoing reading in psychopedagogical care: my experience with Helena |
Author: | Ferreira, Pérsia Karine Rodrigues Kabata |
First Advisor: | Mello, Dilma Maria de |
First member of the Committee: | Ribas, Fernanda Costa |
Second member of the Committee: | Almeida, Judith de Souza |
Third member of the Committee: | Tagata, Willian Mineo |
Fourth member of the Committee: | Jesus, Danie Marcelo de |
Summary: | Nesta pesquisa, baseada nos construtos teórico-metodológicos da pesquisa narrativa (CLANDININ; CONNELLY, 2000; 2015; MELLO, 2005), busquei compreender, narrativamente, as experiências de leitura de uma paciente no espaço de um consultório oftalmológico de um hospital de clinicas e analisar, também narrativamente, minhas próprias experiências no atendimento a ela. O estudo teve como participantes Helena, uma pessoa com baixa visão em situação de tratamento prolongado no serviço de baixa visão daquele hospital, e eu, como pesquisadora-participante, buscando compreender minha própria prática. Portanto, minha pesquisa foi desenvolvida durante meus atendimentos psicopedagógicos no Serviço de Baixa Visão do ambulatório de oftalmologia de um hospital de clínicas em uma cidade no interior de Minas Gerais. Pensando narrativamente, esta tese foi sendo criada a partir dos textos de campo que compus, considerando o espaço tridimensional da pesquisa narrativa. Para a composição de sentidos, tomei como base os pressupostos teóricos de Clandinin e Connelly (2011, 2015) e Ely et al. (2001). Minhas indagações iniciais foram as seguintes: Ao repensar o material que tenho utilizado na reabilitação visual para leitura de meus pacientes, me questiono: Será que são adequados? Será que mostrar letras e palavras fora de contexto ajudam? De que forma as emoções podem afetar o processo de leitura? Qual é o meu papel como psicopedagoga quando os pacientes mostram suas emoções? Por que ler causa tanta emoção para os meus pacientes? Quais as fronteiras entre meu atendimento voltado para a visão e o processo de leitura vivenciado durante os atendimentos no ambulatório? Para escrever esta tese, construí narrativas das experiências vividas pelas participantes da pesquisa, Helena e eu. Como fundamentação teórica, amparei-me nas concepções de “letramento” (SOARES 2004, 2009; TFOUNI, 2010; STREET 2012, 2014; MENEZES DE SOUZA 2011; FREIRE; MACEDO, 2017), de “emoção” e de “letramento emocional” (MIGUEL, 2015; BARCELOS; SILVA, 2015; BARCELOS, 2015, 2021; NABÃO, 2020). Ao olhar para as experiências de Helena, vividas, narradas e recontadas, compreendi que o momento certo para o paciente ter a experiência de ler aquilo que deseja pode começar desde os primeiros atendimentos. Pude perceber que as experiências de leitura no consultório podem despertar muitas emoções e sentimentos, razão pela qual devo estar atenta às questões subjetivas que permeiam o processo de leitura na reabilitação visual. Aprendi com a pesquisa que as práticas de letramento na reabilitação visual podem ser vivenciadas de maneiras diferentes pelas pessoas com baixa visão. Assim, as experiências vividas com Helena me fizeram refletir sobre o meu conhecimento prático profissional. Cada indivíduo pode me dizer muito sobre o seu próprio processo de letramento, se eu tiver uma escuta atenciosa ao que cada um traz para o meu atendimento. Para tanto, preciso procurar não ficar presa às técnicas e aos procedimentos prescritos naquele contexto e ir além, no que diz respeito às práticas de leitura. |
Abstract: | In this research, based on the theoretical and methodological framework of narrative inquiry (CLANDININ; CONNELLY, 2000; 2015; MELLO, 2005), I aimed at understanding, narratively, the reading experiences of a patient, in the context of an ophthalmological office of a clinics hospital, and analyze, also narratively, my own experiences in attending to that patient. Accordingly, the participants in the study were Helena, a person with low vision undergoing prolonged treatment in the low vision service of the referred hospital, and I, as a researcher-participant, who was seeking to understand my own practice. Thus, my research was developed during my psychopedagogical services at the Low Vision Service of the ophthalmology outpatient clinic of a clinics hospital in a city in the interior of the state of Minas Gerais. This thesis was, then, developed based on the field texts which I composed, taking into consideration the three-dimensional space of narrative research. As for the composition of meanings, I took as a basis the theoretical assumptions of Clandinin and Connelly (2011, 2015) and Ely et al. (2001). My initial questions were as follows: When rethinking the material I have used for the visual rehabilitation for my patients’ reading process, I ask myself: Are they adequate? Does the process of showing them letters and words out of context really help? How can emotions affect the reading process? What is my role as a psychopedagogue when patients show their emotions during the process? Why does reading cause so much emotion for my patients? What are the boundaries between my vision-oriented care and the reading process experienced during outpatient care? In order to write this thesis, I constructed narratives based on the experiences lived by the research participants, Helena and I. As for the theoretical foundation for the analysis, I used the concepts of “literacy” (SOARES 2004, 2009; TFOUNI, 2010; STREET 2012, 2014; MENEZES DE SOUZA 2011; FREIRE; MACEDO, 2017), of “emotion” and of “emotional literacy” (MIGUEL, 2015; BARCELOS; SILVA, 2015; BARCELOS, 2015, 2021; NABÃO, 2020). When looking at Helena's experiences, lived, narrated and retold, I understood that the right moment for the patient to have the experience of reading what he/she wants may start from the first consultations. I could see that reading experiences in the office can arouse many emotions and feelings, which is why I must be attentive to the subjective issues that permeate the reading process in visual rehabilitation. I learned from the research that literacy practices in visual rehabilitation can be experienced in different ways by people with low vision. Thus, the experiences with Helena allowed me to reflect on my professional practical knowledge. Each individual can tell me a lot about their own literacy process, if I have an attentive listening to what each one brings to my psychopedagogical service. For that, I need to try not to get stuck to the techniques and procedures prescribed in that medical context and go beyond, as far as reading practices are concerned. |
Keywords: | reabilitação visual para leitura atendimento psicopedagógico leitura/letramento pesquisa narrativa visual rehabilitation for reading psychopedagogical care reading/literacy narrative research |
Area (s) of CNPq: | CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA::LINGUISTICA APLICADA |
Subject: | Linguística Leitura - Desenvolvimento Narrativas pedagógicas Educação e psicologia |
Language: | por |
Country: | Brasil |
Publisher: | Universidade Federal de Uberlândia |
Program: | Programa de Pós-graduação em Estudos Linguísticos |
Quote: | FERREIRA, Pérsia Karine Rodrigues Kabata. Vivendo a leitura no atendimento psicopedagógico: minha experiência com Helena. 2022. 159 f. Tese (Doutorado em Estudos Linguísticos) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2022. DOI http://doi.org/10.14393/ufu.te.2022.413. |
Document identifier: | http://doi.org/10.14393/ufu.te.2022.413 |
URI: | https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/35885 |
Date of defense: | 18-Jul-2022 |
Appears in Collections: | TESE - Estudos Linguísticos |
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