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ORCID:  http://orcid.org/0000-0002-3668-8957
Tipo do documento: Trabalho de Conclusão de Curso
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Título: Interações vulcano-sedimentares no cretáceo superior da bacia sanfranciscana, mesorregião do alto paranaíba, minas gerais.
Autor(es): Antoniassi, Eugênio Silveira
Primeiro orientador: Alessandretti, Luciano
Primeiro membro da banca: Zvirtes, Gustavo
Segundo membro da banca: Nannini, Felix
Resumo: O estudo das interações dinâmicas entre magmas, lavas e depósitos piroclásticos de diferentes afinidades geoquímicas com sedimentos inconsolados ou pobremente consolidados é capaz de fornecer importantes informações acerca de condições paleoambientais e paleovulcanológicas. Tais interações são comuns em estratos marinhos e lacustres, mas podem também se desenvolver em ambiente subaéreo continental, estando diretamente relacionadas a explosões freatomagmáticas, derrames de lavas e fluxos piroclásticos. Na região compreendida entre Estrela do Sul e Cascalho Rico, Mesorregião do Alto Paranaíba, Minas Gerais, depósitos eólicos da Formação Posse (Grupo Urucuia) ocorrem interacamadados e são intrudidos e recobertos por lavas e depósitos piroclásticos da Formação Patos (Grupo Mata da Corda), Cretáceo Superior da Bacia Sanfranciscana. Próximo ao contato entre tufo-brechas e lapilli-tufos com quartzo-arenitos foram observados peperitos do tipo disperso, caracterizados por uma mistura de clastos juvenis ameboides, globulares e “em bloco” imersos em matriz arenosa de granulação fina a média. A formação dos peperitos envolveu inicialmente a queda balística de fragmentos piroclásticos (lapilli e bomba) em sedimentos arenosos inconsolidados e em estado liquefeito ou hidroplástico. A natureza inconsolidada e a presença de água no sistema eólico são comprovadas por uma série de estruturas de deformação sinsedimentar, incluindo-se diques clásticos, laminações convolutas, falhas sinsedimentares, estruturas de escape de água e brechas intraformacionais. A mistura entre sedimentos eólicos e fragmentos piroclásticos se deu principalmente por diferença de densidades entre os clastos juvenis quentes e com baixa viscosidade e os sedimentos hospedeiros umedecidos. Instantaneamente após a queda, sugere-se que a imersão dos piroclastos deu origem aos clastos juvenis com morfologias fluidas (ameboide e globular), que seriam indicativas de interação ainda em estado dúctil, com baixa viscosidade e relativamente quente com sedimentos eólicos. A mudança na morfologia dos clastos juvenis com morfologias ameboides para formas “em bloco” com presença de microfraturas é interpretada como uma combinação de substancial diminuição da temperatura dos clastos juvenis e aumento da viscosidade. Após o desenvolvimento dos peperitos, o sistema eólico continuou ativo até eventualmente ser colmatado por espessos derrames de lava.
Abstract: The study of dynamic interactions between magmas, lavas, and pyroclastic deposits of different geochemical affinities with nonconsolidated or poorly consolidated sediments provides important information regarding paleoenvironmental and paleovolcanological conditions. Such interactions are more common in marine and lacustrine successions but can also develop in continental subaerial environments and are directly related to phreatomagmatic explosions and lava and pyroclastic flows. In the region between Estrela do Sul and Cascalho Rico, Alto Panaraíba Mesoregion, Minas Gerais State, aeolian deposits of the Posse Formation (Urucuia Group) occur interbedded and are intruded and covered by lavas and pyroclastic deposits of the Patos Formation (Mata da Corda Group) from the Upper Cretaceous of the Sanfranciscana Basin. Close to the contact between tuff-breccias and lapilli-tuffs with quartz-sandstones, dispersed peperites were observed, characterized by a mixture of amoeboid, globular and block (jigsawfit) juvenile clasts immersed in a fine- to medium-grained sandy matrix. Peperites were initially formed by the ballistic fall of pyroclastic fragments (lapilli and bomb) within nonconsolidated sandy sediments of liquified or hydroplastic character. The nonconsolidated state and the presence of water in the aeolian system are evidenced by a series of soft-sediment deformation structures, including clastic dikes, convolute laminations, synsedimentary faults, water escape structures and intraformational breccias. Mixing between aeolian sediments and pyroclastic fragments was mainly due to the density differences between the hot juvenile low viscosity clasts and humid host sediments along a preferred horizon. Instantly after the ballistic fall, it is suggested that the immersion of the pyroclasts gave rise to juvenile clasts with fluidal morphologies (amoeboid and globular), suggesting interaction with sediments still in a ductile regime and with low viscosity and relatively hot. The change in morphology from juvenile clasts with amoeboid forms to microfractured block forms is interpreted as a combination of a decrease in the temperature of juvenile clasts and an increase in viscosity that led to brittle behavior of the clasts. After the formation of the peperites, the aeolian system remained active until it was eventually covered by thick lava flows.
Palavras-chave: Interações vulcano-sedimentares
Volcano-sedimentary interactions
Peperito
Peperite
Bacia sanfranciscana
Sanfranciscana basin
Cretáceo superior
Upper cretaceous
Formação posse
Posse formation
Formação patos
Patos formation
Área(s) do CNPq: CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA
Idioma: por
País: Brasil
Editora: Universidade Federal de Uberlândia
Referência: ANTONIASSI, Eugênio Silveira. Interações vulcano-sedimentares no cretáceo superior da bacia sanfranciscana, mesorregião do Alto Paranaíba, Minas Gerais. 2022. 52 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Geologia) – Universidade Federal de Uberlândia, Monte Carmelo, 2022.
URI: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/35824
Data de defesa: 19-Ago-2022
Aparece nas coleções:TCC - Geologia (Monte Carmelo)

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