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https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/33718
Tipo do documento: | Trabalho de Conclusão de Curso |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
Título: | As fronteiras entre razão e desrazão em Michel Foucault |
Autor(es): | Sá, Marina Barbosa |
Primeiro orientador: | Silveira, Fillipa Carneiro |
Primeiro membro da banca: | Amitrano , Georgia Cristina |
Resumo: | Foucault afirma que a loucura é uma figura mutável e constituída historicamente. O filósofo mostra como a concepção de "Loucura" mudou ao longo do tempo, e nos convida a analisar quais condições históricas possibilitaram que ela fosse considerada doença mental nos dias atuais. Ele questiona: Como chegou a nossa cultura a dar à doença o sentido de desvio e ao doente um status que o exclui? O louco na Idade Clássica foi impedido de circular livremente nas cidades, trancafiado nas novas casas de internamento. Ele passa a ser percebido como desrazoado, destituído de razão, ocupando o lugar de ―Outro‖ na sociedade, além de ter sido totalmente excluído da esfera da verdade. Nesse contexto, a razão passa a ser o critério que desclassifica tudo aquilo que não pertence a sua ordem. Foucault identifica uma cisão entre Razão e Desrazão, a partir da qual se considera tudo o que foge à ordem da razão como ausência de razão. Temos o intuito de investigar de que forma a cisão razão e desrazão se deu, e de que forma ela foi decisiva no processo que culminou na loucura como doença mental. Houve uma grande mudança no que diz respeito à loucura e ao louco na Idade Clássica em relação à Idade Moderna. Já na Idade Moderna, devido à uma série de mudanças históricas, com o marco da reforma realizada por Pinel e Tuke, o advento da psiquiatria e alterações significativas na dimensão dos internamentos, o louco torna-se, por fim, um alienado. A loucura assume a forma de alienação, e o louco passa a ser um indivíduo cuja interioridade possui algo de inalienável (uma natureza, uma essência ou uma verdade). Se antes o louco era visto como alguém destituído de razão, agora essa razão se encontra apenas encoberta, e pode ser, portanto, resgatada; o louco é agora passível de cura. A loucura torna-se relativa à uma interioridade, à alma, à mente; ela é psicologizada, e o louco passa a ser doente mental. Foucault afirma que a loucura passa a apresentar uma linguagem antropológica, na qual podemos identificar a seguinte ambiguidade: o homem, simultaneamente, descobre sua verdade e se depara com a perda dessa mesma verdade. Na modernidade a doença mental se torna relativa à estrutura antropológica envolvendo a tríade: o homem, sua loucura e sua verdade. |
Palavras-chave: | Razão Desrazão Doença mental Loucura |
Área(s) do CNPq: | CNPQ::CIENCIAS HUMANAS |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editora: | Universidade Federal de Uberlândia |
Referência: | SÁ, Marina Barbosa. As fronteiras entre razão e desrazão em Michel Foucault. 2020. 49 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Filosofia) – Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2021. |
URI: | https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/33718 |
Data de defesa: | 16-Dez-2020 |
Aparece nas coleções: | TCC - Filosofia |
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