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https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/32616
ORCID: | http://orcid.org/0000-0002-8674-9906 |
Document type: | Tese |
Access type: | Acesso Aberto |
Title: | Políticas de inclusão na educação superior: ecos da acessibilidade arquitetônica na UFU |
Alternate title (s): | Inclusion policies in higher education: echoes of architectural accessibility at UFU |
Author: | Freitas, Márcia Guimarães de |
First Advisor: | Silva, Lázara Cristina da |
First member of the Committee: | Borges, Maria Célia |
Second member of the Committee: | Santos, Cristiane da Silva |
Third member of the Committee: | Danelon, Márcio |
Fourth member of the Committee: | Pagni, Pedro Ângelo |
Summary: | Esta pesquisa teve como objetivo analisar como a presença de barreias arquitetônicas no espaço UFU, campus Santa Mônica, representam práticas de poder sobre os estudantes com deficiência, ainda hoje, ano de 2020, bem como os mecanismos que estão envolvidos nessas relações de poder e que efeitos elas produzem para os estudantes com deficiência. Com base nos estudos Foucaultianos, buscamos aprofundar o conhecimento sobre a inclusão, com enfoque no princípio da acessibilidade, especificamente a acessibilidade arquitetônica no espaço acadêmico da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), considerando o Campus Santa Mônica como amostragem e percebendo esse espaço UFU como heterotopia(s) que se faz(em) aí presente(s). Utilizando fotografias que apontam, de maneira exemplificativa, indícios de inadequações arquitetônicas, mostramos que, apesar de a inclusão ter deixado de ser opção e ter se tornado um imperativo, além de estar legalizada e formalizada nas instâncias superiores e na própria UFU, continuam existindo barreiras que restringem a utilização desse meio acadêmico pelos estudantes com deficiências. Com base nas discussões de Foucault, optamos por pensar esse contexto numa perspectiva das relações de poder, das táticas de governamento da sociedade disciplinar, do princípio de normalização, dentre outros fundamentos; e de maneira especial, na perspectiva das heterotopias. Neste sentido, identificamos o espaço UFU como heterotópico em relação à cidade de Uberlândia e, ao mesmo tempo, recortado por heterotopias internas que assumem diversas formas e fazem com que esse ambiente não se mostre igualmente acessível a toda a comunidade acadêmica. As heterotopias internas de interesse para esta pesquisa foram relacionadas à acessibilidade arquitetônica e que afetam especificamente os estudantes com deficiência. Pudemos inferir que tais heterotopias têm efeitos de poder sobre esse grupo de estudantes, impondo direcionamentos à sua participação na vida acadêmica, a começar pelas reais possibilidades de circulação no interior do campus, o que leva tais estudantes a limitarem suas presenças aos espaços que lhes impõem menos dificuldades ou que, como as salas de aula (mesmo quando apresentam barreiras), são mais inevitáveis para a sobrevivência acadêmica. Evidencia-se que, por meio das heterotopias constituídas pelas barreiras arquitetônicas, a vida acadêmica dos estudantes com deficiências exige deles determinação e esforço extraordinários, havendo grande risco de desistência e, quanto aos que persistem, têm suas possibilidades de participação restringidas, devido aos obstáculos presentes num ambiente idealizado para pessoas sem deficiência. Constata-se que a UFU, que se autodeclara inclusiva, está sujeita a imposições legais de implementação de acessibilidade, formaliza em seus documentos institucionais o atendimento aos ditames da inclusão, entre eles, a reserva de vagas para pessoas com deficiência; ainda assim, não coloca em prática uma acessibilidade que ofereça, aos estudantes com deficiências, as mesmas oportunidades de participação que os demais estudantes possuem. Embora a sociedade nos moldes atuais imponha a inclusão e a acessibilidade; e embora a universidade abra suas portas para estudantes com deficiência, infere-se que a participação plena deles na vida acadêmica não é desejável, tendo em vista que são mantidas barreiras arquitetônicas, criando heterotopias que os mantêm às margens. |
Abstract: | This research aimed to analyze how the presence of architectural barriers at UFU (Federal University of Uberlândia), Santa Mônica campus, represents power practices on students with disabilities, even today, in 2020, as well as the mechanisms that are involved in these power relations an what effets they have on students with disabilities. In this research, we approached the theme of architectural accessibility in the academic space of Federal University of Uberlândia (UFU), considering the Santa Mônica Campus as a sample.Using photographs that point out indications of architectural inadequacies in an exemplary manner, we demonstrate that, although inclusion has ceased to be an option and has become an imperative, in addition to be legalized and formalized at higher levels and at UFU itself, barriers still exist that restrict the use of this academic environment by students with disabilities. Based on Foucault’s discussions, we chose to think of this context from the perspective of power relations, the tactics of governing disciplinary society, the principle of normalization, among other foundations; and in a special way, from the perspective of heterotopias. In this sense, we identified the UFU space as heterotopic in relation to the city of Uberlândia and, at the same time, cut out by internal heterotopias, which take different forms and make this environment not be equally accessible to the entire academic community. The internal heterotopies of interest for this research were related to architectural accessibility and specifically affect students with disabilities. We were able to infer that such heterotopias have power effects on this group of students, imposing limitations on their participation in academic life, starting with the real possibilities of circulation inside the campus, which leads these learners to limit their presence to spaces that impose less difficulties on them or that are more inevitable for academic survival like classrooms (even when they present barriers). It is evident that, through the heterotopias constituted by architectural barriers, the academic life of students with disabilities requires extraordinary determination and effort from them, with a high risk of waiver and, as for those who persist, their participation possibilities are restricted, due to obstacles contained in an environment idealized for people without disabilities. It appears that UFU, which calls itself inclusive, is subject to legal requirements for the implementation of accessibility, formalizes in its institutional documents the fulfillment of the dictates of inclusion, among them, the reservation of vacancies for people with disabilities; even so, it does not really execute an accessibility that offers, to students with disabilities, the same opportunities for participation that other students have. Although society as it occurs today imposes inclusion and accessibility for whatever reasons and interests; and although the university opens its doors to students with disabilities, it appears that their full participation in academic life is not desirable, given that architectural barriers are maintained, creating heterotopias that keep them on the margins. |
Keywords: | acessibilidade arquitetônica Universidade Federal de Uberlândia heterotopias. |
Area (s) of CNPq: | CNPQ::CIENCIAS HUMANAS |
Language: | por |
Country: | Brasil |
Publisher: | Universidade Federal de Uberlândia |
Program: | Programa de Pós-graduação em Educação |
Quote: | Freitas, Márcia Guimarães de. Políticas de inclusão na educação superior: ecos da acessibilidade arquitetônica na UFU. 2021. 177 f. Tese (Doutorada em Educação) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2021. DOI http://doi.org/10.14393/ufu.te.2021.269 |
Document identifier: | http://doi.org/10.14393/ufu.te.2021.269 |
URI: | https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/32616 |
Date of defense: | 12-Jul-2021 |
Appears in Collections: | TESE - Educação |
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