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Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acceso: Acesso Aberto
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 United States
Título: Violência conjugal: estudo sobre a permanência da mulher em relacionamentos abusivos
Título (s) alternativo (s): Marital violence: study on the permanence of women in abusive relationships
Autor: Marques, Tânia Mendonça
Primer orientador: Coleta, Marilia Ferreira Dela
Primer miembro de la banca: D’ Amorim, Maria Alice Magalhães
Segundo miembro de la banca: Pagotti, Antônio Wilson
Resumen: Este trabalho foi desenvolvido em duas fases. A primeira teve como objetivo caracterizar as mulheres que sofrem violência conjugal e seus parceiros agressores e determinar a prevalência das diferentes queixas, tipos de violência e incidência penal. Para cumprir a primeira etapa, foi realizado um levantamento nos arquivos da Delegacia da Mulher Adida ao Juizado Especial Criminal e do Juizado Especial Criminal de Uberlândia. Foram examinados 876 registios encontrados nos Boletins de Ocorrência (BO) no primeiro semestre de 2004 e 390 casos em andamento nos Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCO), no período de janeiro de 2003 a maio de 2004. A análise dos resultados demonstrou que a idade média das mulheres foi de 30,8 anos e de 32,31, respectivamente para BO e TCO, sendo que entre amásias e ex-amásias encontra-se a maior concentração de mulheres vítimas de violência conjugal. As mulheres residem em diferentes bairros de Uberlândia e suas ocupações variam de desempregadas e do lai até empresárias e profissionais liberais. A prevalência das queixas nos TCOs foi fim de relacionamento, e nos BOs foi motivos fúteis, seguido por ausência de motivos. A ameaça a integridade física foi o mais freqüente crime denunciado, tanto nos registros dos BOs quanto nos registros dos TCOs, respectivamente denominados, descrição da violência e incidência penal. As denúncias de violência conjugal ocorreram para casais cuio relacionamento variaram de um mês até 40 anos de vida em comum. A maior incidência de BOs ocorreu com uma periodicidade de sete dias, revelando especificamente alta taxa de violência nos finais de semana. Observou-se uma maior prevalência de ameaças devido à não aceitação do fim de relacionamento, o que evidencia que é altamente justificado o temor de se romper uma relação conjugal violenta. Na segunda fase da pesquisa, foram avaliadas as atribuições causais para o primeiro e o último episódio de violência em uma amostragem de 71 mulheres que procuraram espontaneamente a Delegacia da Mulher de Uberlândia para registrar queixa crime contra o parceiro conjugal (TCO). A idade média das mulheres foi de 34,69 anos, com idade variando entre 17 e 59 anos, sendo a maioria branca, oriunda de diferentes religiões, profissões e bairros, e com filhos. A fase do namoro já revelava a problemática da violência para 31% das mulheres. Ciúmes, nervosismo, agressividade, uso de álcool, desconfiança de ser traído por ela e traição dele foram os fatores mais referidos como desencadeantes das agressões. As agressões físicas e psicológicas são uma rotina vivida pelas mulheres. Todas'as mulheres entrevistadas conviviam com parceiros violentos. Para o estudo das causas percebidas pelas mulheres para as agressões foi apresentado um modelo proposto por Weiner que prevê que um estímulo provoca as cognições sobre suas causas, as cognições ou atribuições causais determinam respostas afetivas e expectativas de meta, assim como os comportamentos subseqüentes. Foi verificado se o foco da atribuição, sentimentos e expectativas estariam íelacionados com a intenção da mulher permanecer ou romper o relacionamento conjugal A metodologia utilizada permitiu às entrevistadas classificar as categorias de atribuição conforme preconizadas por Weiner, e também categorizar seus sentimentos. As atribuições causais foram classificadas pelas mulheres como internas para a primeira e última agressão caracterizando-se como instáveis e controláveis para a primeira e estáveis e incontroláveis para a última. Além disso, as mulheres exibiram uma alta freqüência de culpa do parceiro por ambos os episódios de violência. As mulheres que atribuíram causas internas estáveis à violência do parceiro, que manifestaram sentimentos contra o parceiro, que apresentaram expectativas de que a situação ficaria pior caso permanecessem na relação, demonstrando perceber intenções negativas no parceiro e, expectativas de vida digna se deixar o parceiro relataram ter intenção de romper o relacionamento. Os resultados sugerem que as mulheres têm particular dificuldade em romper o relacionamento quando atribuem causas internas instáveis e controláveis ao parceiro e mostram maior facilidade quando atribuem causas internas estáveis incontroláveis à violência cometida pelo parceiro conjugal. Esses resultados dão suporte aos modelos psicossociais que postulam que atribuições estão relacionadas ao comportamento e, particularmente, ao que foi proposto neste estudo.
Abstract: This work was developed in two phases. The first aimed to characterize women who suffer marital violence and their abusive partners and to determine the prevalence of different complaints, types of violence and criminal incidence. To fulfill the first stage, a survey was conducted in the archives of the Adida Women's Police Station to the Special Criminal Court and the Special Criminal Court of Uberlândia. A total of 876 records found in the Bulletins of Occurrence (BO) were examined in the first half of 2004 and 390 ongoing cases in the Circumstantial Terms of Occurrence (TCO) from January 2003 to May 2004. Analysis of the results showed that age The average number of women was 30.8 years and 32.31, respectively for BO and TCO, and among the most and the most frequently found women, victims of conjugal violence. Women live in different neighborhoods of Uberlândia and their occupations range from unemployed and from lai to businesswomen and professionals. The prevalence of complaints in TCOs was end of relationship, and in BOs were futile reasons, followed by absence of reasons. The threat to physical integrity was the most frequently reported crime, both in BO records and TCO records, respectively, description of violence and criminal incidence. The reports of marital violence occurred to couples whose relationship ranged from one month to 40 years of life in common. The highest incidence of BOs occurred at seven days, specifically revealing a high rate of weekend violence. A higher prevalence of threats was observed due to non-acceptance of the breakup, which shows that the fear of breaking a violent marital relationship is highly justified. In the second phase of the research, the causal attributions for the first and last episodes of violence were evaluated in a sample of 71 women who spontaneously sought the Uberlândia Women's Police Station to report a crime against their marital partner (TCO). The average age of women was 34.69 years, ranging in age from 17 to 59 years, mostly white, from different religions, professions and neighborhoods, and with children. The dating phase already revealed the problem of violence for 31% of women. Jealousy, nervousness, aggression, alcohol use, suspicion of being betrayed by her and his betrayal were the factors most often referred to as triggering aggressions. Physical and psychological aggression is a routine experienced by women. All the women interviewed lived with violent partners. To study the causes perceived by women for aggressions, a model proposed by Weiner was presented that predicts that a stimulus causes cognitions about its causes, causal cognitions or attributions determine affective responses and goal expectations, as well as subsequent behaviors. It was verified whether the focus of attribution, feelings and expectations were related to the woman's intention to stay or break up the marital relationship. The methodology used allowed the interviewees to classify the categories of attribution as recommended by Weiner, and also to categorize their feelings. Causal attributions were classified by women as internal to the first and last aggression and characterized as unstable and controllable for the first and stable and uncontrollable for the last. In addition, women exhibited a high frequency of partner blame for both episodes of violence. Women who attributed stable internal causes to partner violence, who expressed feelings against their partner, who had expectations that the situation would get worse if they remained in the relationship, demonstrated negative intentions in their partner, and a decent life expectancy if they left their partner reported intend to break up the relationship. The results suggest that women find it particularly difficult to break the relationship when they attribute unstable and controllable internal causes to their partners and are more likely to attribute uncontrollable stable internal causes to the violence committed by their spouse. These results support the psychosocial models that postulate that attributions are related to behavior and, particularly, to what was proposed in this study.
Palabras clave: Violência conjugal
Relacionamentos abusivos
Psicologia
Psychology
Marital violence
Abusive relationships
Área (s) del CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA
Idioma: por
País: Brasil
Editora: Universidade Federal de Uberlândia
Programa: Programa de Pós-graduação em Psicologia
Cita: MARQUES, Tânia Mendonça. Violência conjugal: estudo sobre a permanência da mulher em relacionamentos abusivos. 2005. 300 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2019. DOI http://dx.doi.org/10.14393/ufu.di.2005.33
Identificador del documento: http://dx.doi.org/10.14393/ufu.di.2005.33
URI: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/26950
Fecha de defensa: 2005
Aparece en las colecciones:DISSERTAÇÃO - Psicologia

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