Por favor, use este identificador para citar o enlazar este ítem: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/18780
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acceso: Acesso Aberto
Título: Considerações sobre a interdição, a racionalidade e a moralidade do ato de matar a si mesmo
Autor: Carmo, Natália Amorim do
Primer orientador: Nunes Sobrinho, Rubens Garcia
Primer miembro de la banca: Pinheiro, Jorge Luiz Abrantes
Segundo miembro de la banca: Bonella, Alcino Eduardo
Resumen: O propósito deste trabalho fora o de analisar o suicídio não só como uma resposta às piores condições que possam suceder com um indivíduo, mas também a condições, que embora menos severas, possam, no entanto, serem razoavelmente justificadas. Deste modo, a questão que ainda se faz pertinente é como dar conta da possibilidade de que a vida de alguém possa se tornar em tal medida penosa, mesmo que a morte não seja iminente ou não esteja sofrendo de uma dor insuportável e intratável, ou ainda que não tenha sofrido uma perda irreversível de dignidade. Para tal, inicialmente, delimitamos o que entendemos por “suicídio” quando fazemos uso do conceito, para depois ser possível fazer considerações teóricas acerca da interdição, da racionalidade e da moralidade do suicídio. No que diz respeito à interdição, voltamos ao primeiro locus heurístico em que nossa temática aparece de maneira mais articulada em Platão, nos diálogos Fédon e Leis IX, a fim de traçar os limites em que a proibição ao ato de matar a si mesmo encontra exceções e concessões ao longo da conversa que antecede a morte de Sócrates. Ao assumir que Platão concede que há destinos para os quais morrer seria melhor do que viver, distinguimos as questões de racionalidade das questões de moralidade para que possamos analisar cada aspecto de maneira mais clara. Primeiramente, tratamos da possibilidade de que morrer possa ser melhor do que viver, considerando o que faz com que a vida valha a pena. Além disso, consideramos ser necessário problematizar a capacidade de clareza de julgamento de quem esteja em uma situação em que o suicídio possa ser uma possibilidade. Desta maneira, questionamos sob quais circunstâncias o suicídio teria sentido ou seria algo apropriado a fazer. Assim, assumindo que a racionalidade do suicídio possa ser assegurada em certas circunstâncias, focamos nas questões acerca da moralidade, discutindo teorias éticas mais sistemáticas que consideramos pertinentes para o tratamento de nossa temática, a saber, o Utilitarismo e a Deontologia, de modo a nos comprometermos com a afirmação de que há a possibilidade de que haja destinos para os quais morrer seja melhor do que viver e que para esses casos o suicídio pode ser sim uma resposta justificada a esta condição. Por fim, concluímos este trabalho de modo a considerar as consequências práticas desta reflexão na intervenção ao suicídio.
Abstract: The aim of this paper was to analyze the act of self-killing not only as a response to the worst conditions that may occur with an individual, but also to conditions which, although less severe, may nevertheless be reasonably justified. Thus, the question that is still pertinent is how to account for the possibility that one's life may become so painful, even if death is not imminent or he or she isn’t suffering from unbearable and intractable pain, or he or she has not suffered an irreversible loss of dignity. For this, we first defined what we mean by "suicide" when we use this concept, and then we were able to make theoretical considerations about the interdiction, rationality and morality of suicide. Concerning interdiction, we returned to the first heuristic locus in which our theme appears most articulately in Plato, in the dialogues Phaedo and Laws IX, in order to draw the boundaries where the prohibition of self-killing finds exceptions and concessions throughout the conversation preceding Socrates' death. By assuming that Plato concedes that there are destinies for which to die would be better than living, we distinguish the questions of rationality from the questions of morality so that we can analyze each aspect more clearly. Firstly, we discussed the possibility that dying might be better than living, considering what makes life worth living. In addition, we considered that was necessary to discuss the issue about the ability of those who are in a situation where suicide may be a possibility to have clarify judgment. In this way, we questioned under what circumstances suicide would make sense or would be something appropriate to do. Assuming that suicide’s rationality can be assured in certain circumstances, we focus on the questions about morality, discussing ethical theories that we consider pertinent to the treatment of our subject, namely, Utilitarianism and Deontology, commiting ourselves to the state that there is the possibility that there are destinies for which to die is better than living and that for such cases suicide may be a justified response to this condition. Finally, we conclude this paper considering the practical consequences of this debate on suicide intervention.
Palabras clave: Filosofia
Platão - Fédon - Crítica e interpretação
Suicídio
Racionalismo
Suicídio assistido
Fédon
Racionalidade
Moralidade
Suicide
Assisted suicide
Phaedo
Rationality
Morality
Área (s) del CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA
Idioma: por
País: Brasil
Editora: Universidade Federal de Uberlândia
Programa: Programa de Pós-graduação em Filosofia
Cita: CARMO, Natália Amorim do. Considerações sobre a interdição, a racionalidade e a moralidade do ato de matar a si mesmo. 2017. 81 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2017. DOI http://doi.org/10.14393/ufu.di.2017.349
Identificador del documento: http://doi.org/10.14393/ufu.di.2017.349
URI: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/18780
Fecha de defensa: 5-may-2017
Aparece en las colecciones:DISSERTAÇÃO - Filosofia

Ficheros en este ítem:
Fichero Descripción TamañoFormato 
ConsideracoesSobreInterdicao.pdfDissertação9.25 MBAdobe PDFVista previa
Visualizar/Abrir


Los ítems de DSpace están protegidos por copyright, con todos los derechos reservados, a menos que se indique lo contrario.