Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/18232
Tipo do documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Título: Osteologia, miologia e inervação do membro torácico do Lycalopex gymnocercus (G. Fisher, 1814)
Autor(es): Souza Junior, Paulo de
Primeiro orientador: Santos, André Luiz Quagliatto
Primeiro membro da banca: Silva, Daniela Cristina de Oliveira
Segundo membro da banca: Vieira, Lucélia Gonçalves
Terceiro membro da banca: Pereira, Kleber Fernando
Quarto membro da banca: Hirano, Líria Queiroz Luz
Resumo: O Lycalopex gymnocercus (G. Fisher, 1814) é um canídeo de médio porte, conhecido vulgarmente como graxaim-do-campo, raposa-dos-pampas, zorro-de-Azara, zorro-pampiano entre outras designações (Jiménez et al. 2008). Ocorre no leste da Bolívia, oeste e centro do Paraguai, Uruguai, norte e centro da Argentina e sul do Brasil (Queirolo et al. 2013). Alcança apenas poucos anos em vida livre, ainda que possa atingir até 14 anos em cativeiro. De hábitos onívoros, alimenta-se de lebres, pequenos roedores, aves, frutas nativas e exóticas, insetos, carniça ou ainda de presas de maior porte como tatus, gambás, lagartos e peixes. Têm preferência por áreas abertas e planas com clima subúmido a seco (Lucherini & Luengos Vidal 2008). Digitígrados, nas áreas de sobreposição de dieta com Cerdocyon thous no Brasil, são os mais carnívoros (Vieira & Port 2007). As adaptações morfofuncionais no esqueleto pós-craniano são indicadores confiáveis sobre a locomoção e exploração do habitat pelas espécies e permitem, inclusive, inferir conclusões sobre grupos extintos (Salesa et al. 2010, Meloro et al. 2013, Samuels et al. 2013). Entretanto, estudos sobre esqueletos pós-cranianos de canídeos sul-americanos são escassos desde as análises de Hildebrand (1954). Além disso, pouco se conhece sobre a anatomia de espécies silvestres para procedimentos de diagnóstico e tratamento em zoológicos (Stoskopf 1989). Entre os elementos pós-cranianos, os ossos dos membros torácicos são funcionalmente mais informativos quando comparados aos dos membros pélvicos. Isto explica-se pois suportam a maior parte da massa corporal do animal, além de serem melhores indicadores da ecologia da locomoção e de outros comportamentos como forrageamento, acasalamento e captura da presa (Ewer 1973, Fabre et al. 2014, Martín-Serra et al. 2014, Fabre et al. 2015). Por exemplo, membros torácicos alongados, com metacarpianos compridos, côndilos umerais reduzidos, úmero alongado e ossatura leve são características expressas em carnívoros cursoriais especializados (Samuels et al. 2013). Em contrapartida, nos canídeos semi-fossoriais, como o Speothos venaticus, são esperados membros relativamente robustos, úmero curto, epicôndilos umerais desenvolvidos, olecranos alongados e falanges distais compridas (Samuels et al. 2013). Os métodos utilizados para detalhar características morfofuncionais dos ossos de carnívoros incluem desde a descrição macroscópica comum (Evans & DeDeLahunta 2013) e comparativa (Hildebrand 1954, Feeney 1999), exploração de anatomia radiográfica (Schebitz & Wilkens 1987, Meachen-Samuels 2010, van Staden 2014), medidas lineares de distâncias entre pontos de referências (Von-den-Driesch 1976) acrescidas de índices comparativos (Samuels et al. 2013, Janis & Figueirido 2014) até modelos de morfometria geométrica bi ou tridimensional (Andersson 2004, Meloro et al. 2013, Martín-Serra et al. 2014). Diante da escassez de conhecimentos sobre esqueleto pós-craniano de canídeos sul-americanos e da relevância funcional dos membros torácicos, realizou-se um detalhamento da osteologia do membro torácico do L. gymnocercus. A partir das adaptações reconhecidas no esqueleto, objetivou-se apontar características anatômicas comparadas e inferir hábitos em vida livre.
Palavras-chave: Veterinária
Anatomia veterinária
Sistema musculosqueletico animal
Área(s) do CNPq: CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::MEDICINA VETERINARIA
Idioma: por
País: Brasil
Editora: Universidade Federal de Uberlândia
Programa: Programa de Pós-graduação em Ciências Veterinárias
Referência: SOUZA JUNIOR, Paulo de. Osteologia, miologia e inervação do membro torácico do Lycalopex gymnocercus (G. Fisher, 1814). 2017. 156 f. Tese (Doutorado em Ciências Veterinárias) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2017. DOI http://dx.doi.org/10.14393/ufu.te.2017.52.
Identificador do documento: http://dx.doi.org/10.14393/ufu.te.2017.52
URI: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/18232
Data de defesa: 7-Fev-2017
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