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https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/15431
Tipo do documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
Título: | Nós, a gente e o clítico se como estratégias de indeterminação do sujeito no Português |
Autor(es): | Oliveira, Karine Rios de |
Primeiro orientador: | Rocha, Maura Alves de Freitas |
Primeiro membro da banca: | Scherre, Maria Marta Pereira |
Segundo membro da banca: | Jesus, Osvaldo Freitas de |
Resumo: | Neste trabalho foram analisadas sincronicamente à luz dos pressupostos da Sociolingüística Quantitativa e da Sociolingüística Paramétrica, algumas estratégias de indeterminação do sujeito: as formas pronominais nós e a gente, e o clítico se seguido de verbo no infinitivo. O emprego de tais estratégias é diferenciado no Português Brasileiro (PB) e no Português Europeu (PE) devido à tendência de preenchimento da posição de sujeito que a primeira variedade do português tem apresentado. Nesse sentido, nós, a gente e o se+infinitivo foram estratégias investigadas tanto no PB quanto no PE. Para tanto, foram utilizados corpus de língua falada de ambas as variedades. Para a composição do corpus de língua oral de PB foram utilizadas 45 entrevistas (em média cinqüenta minutos cada) com falantes de Uberlândia/MG, selecionados segundo o modelo variacionista conforme classe social e faixa etária. Como corpus de língua falada de PE, foram utilizadas entrevistas disponíveis no site do Instituto Camões e no site do Projeto Corpus de Referência do Português Contemporâneo. As amostras foram codificadas a partir de seis fatores lingüísticos e dois fatores sociais: variedade do português, tipo de sentença, presença/ausência de indeterminador anterior, presença/ausência de modalização, número de argumentos, presença/ausência de preposição, classe social e faixa etária. Mediante o cruzamento dos dados codificados no Programa Varbrul, podemos averiguar a forte tendência de emprego da estratégia a gente no PB; no PE, a ocorrência de nós e a gente; e que o se+infinitivo não é um recurso indeterminador mais favorecido em nenhuma dessas variedades do português. A análise das estratégias mostra que o pronome nós se mantém como indeterminador no PE, onde ocorre como uma estratégia favorecida ao lado de a gente. As variedades do português apresentaram freqüências distintas quanto ao emprego das variantes nós e a gente: o pronome nós foi mais freqüente no PE, e a forma a gente foi mais freqüente no PB. Esses resultados podem ser explicados pelo processo de reorganização pronominal por que o PB tem passado. |
Abstract: | In this work some strategies of subject indeterminacy were synchronically analyzed in the light of the Quantitative Sociolinguistic and the Parametric Sociolinguistic: the pronominal forms nós and a gente, and the clitic se followed by a verb in the infinitive form. The usage of such strategies is different in Brazilian Portuguese (BP) and in European Portuguese (EP) owing to the tendency of fulfilling the subject position which the former has presented. In this meaning, nós, a gente and se+infinitive were investigated so in BP, as in EP. For that, corpuses of spoken language of both varieties were used. For the composition of corpus of BP oral language, we used 45 interviews (on hour each) carried out with speakers (from both sex) from the city of Uberlândia/MG, selected according to the variacionist model conforming social class and age group. As corpus of EP spoken language, we used interviews which are available in the Instituto Camões site and in the site of the Projeto Corpus de Referência do Português Contemporâneo. The samples were codified from six linguistic factors and two social factors: variety of Portuguese, kind of sentence, presence/absence of previous indeterminate form, presence/absence of modalization, number of arguments, presence/absence of preposition, social class and age group. By means of crossing codified data in Varbrul Program, we can inquire: the usage tendency of strategy a gente in BP; and in EP, the occurrence of a gente and nós; and that se+infinitive is not the most favored indeterminate form in none of these Portuguese varieties. The study of the strategies shows that the pronoun nós is kept as an indeterminate form in EP, in which it occurs as a favored strategy beside a gente. The Portuguese varieties presented distinct frequencies concerning to the variants nós and a gente usage: the pronoun nós was more frequent in EP, and the form a gente was more frequent in BP. These results can be explained by the pronominal reorganization process that BP has gone through. |
Palavras-chave: | Variação Indeterminação do sujeito Estratégias pronominais Clítico se Variation Subject indeterminacy Pronominal strategies Clitic-se Sociolinguística Língua portuguesa - Pronome |
Área(s) do CNPq: | CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA |
Idioma: | por |
País: | BR |
Editora: | Universidade Federal de Uberlândia |
Sigla da instituição: | UFU |
Departamento: | Linguística Letras e Artes |
Programa: | Programa de Pós-graduação em Estudos Linguísticos |
Referência: | OLIVEIRA, Karine Rios de. Nós, a gente e o clítico se como estratégias de indeterminação do sujeito no Português. 2006. 173 f. Dissertação (Mestrado em Linguística Letras e Artes) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2006. |
URI: | https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/15431 |
Data de defesa: | 31-Mai-2006 |
Aparece nas coleções: | DISSERTAÇÃO - Estudos Linguísticos |
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