Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/47334
ORCID:  http://orcid.org/0009-0007-9390-1092
Tipo do documento: Trabalho de Conclusão de Curso
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Título: Desafios na interpretação sobre a natureza da Faculdade da Imaginação em Immanuel Kant
Título(s) alternativo(s): Challenges in interpreting the nature of the Faculty of Imagination in Immanuel Kant
Autor(es): Alves, Apollo César Abdelnur
Primeiro orientador: Pimenta, Olavo Calábria
Primeiro membro da banca: Seneda, Marcos César
Segundo membro da banca: Souza, Islane Viana de
Resumo: Este trabalho investiga os desafios interpretativos acerca da natureza da faculdade da imaginação na filosofia de Immanuel Kant. O objetivo não consiste em resolver definitivamente a questão de sua natureza, mas em compreender por que ela surge como problema e quais obstáculos dificultam sua solução. Para tanto, realiza-se, primeiramente, uma análise de três vias interpretativas muito diferentes: a assimilação da imaginação ao entendimento, proposta por Caimi; a interpretação heideggeriana da imaginação como raiz comum da sensibilidade e do entendimento; e a defesa de Calábria da imaginação como faculdade sensível. Em seguida, o estudo recorre a uma leitura analítica das duas edições da Crítica da Razão Pura (1781, 1787) e da Antropologia de um ponto de vista pragmático (1798), identificando passagens que reforçam ou contradizem as diferentes posições. O método adotado combina a revisão bibliográfica de comentadores relevantes com a análise textual direta das obras kantianas, buscando preservar a fidelidade ao texto do filósofo e identificar as passagens com as maiores contradições. Os resultados mostram que, embora cada vertente ofereça soluções parciais, todas enfrentam impasses significativos: a proposta de Caimi preserva a receptividade da sensibilidade, mas conflita com trechos explícitos que vinculam a imaginação à sensibilidade; Heidegger oferece uma interpretação radical, mas muito especulativa em comparação a outros comentadores; já Calábria sustenta o status sensível da imaginação com maior consistência, embora permaneça a dificuldade de conciliar a atividade dessa faculdade com a caracterização da sensibilidade como puramente receptiva. A conclusão indica que o problema da natureza da imaginação em Kant permanece aberto para novas investigações, mostrando-se central para a epistemologia kantiana e para a compreensão mais ampla da imaginação humana. O estudo, assim, contribui para ampliar o debate acadêmico, fornecendo subsídios tanto para a interpretação da obra de Kant quanto para futuras pesquisas filosóficas e interdisciplinares sobre o papel da imaginação no conhecimento.
Abstract: This study investigates the interpretative challenges concerning the nature of the faculty of imagination in Immanuel Kant’s philosophy. The objective is not to provide a definitive solution to the question of its nature, but rather to understand why it emerges as a problem and what obstacles make its resolution difficult. To this end, an analysis is first carried out of three very different interpretations: the assimilation of imagination to the understanding, proposed by Caimi; Heidegger’s interpretation of imagination as the common root of sensibility and understanding; and Calábria’s defense of imagination as a sensible faculty. The research then turns to an analytical reading of both editions of the Critique of Pure Reason (1781, 1787) and the Anthropology from a Pragmatic Point of View (1798), identifying passages that reinforce or contradict the different positions. The methodology combines a bibliographic review of relevant commentators with a direct textual analysis of Kant’s works, aiming to remain faithful to the philosopher’s writings while highlighting passages that exhibit the greatest contradictions. The results show that, although each strand offers partial solutions, all face significant impasses: Caimi’s proposal preserves the receptivity of sensibility but conflicts with explicit passages that assign imagination to sensibility; Heidegger offers a radical interpretation, but highly speculative when compared to other commentators; Calábria, in turn, consistently supports the sensible status of imagination, although the difficulty remains of reconciling its active character with Kant’s description of sensibility as purely receptive. The conclusion indicates that the problem of the nature of imagination in Kant remains open to further investigations, proving central to Kantian epistemology and to a broader understanding of human imagination. The study thus contributes to expanding academic debate, offering insights both for the interpretation of Kant’s work and for future philosophical and interdisciplinary research on the role of imagination in knowledge.
Palavras-chave: Kant
Kant
Imaginação
Imagination
Epistemologia
Epistemology
Sensibilidade
Sensibility
Entendimento
Understanding
Área(s) do CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA
Idioma: por
País: Brasil
Editora: Universidade Federal de Uberlândia
Referência: ALVES, Apollo César Abdelnur. Desafios na interpretação sobre a natureza da Faculdade da Imaginação em Immanuel Kant. 2025. 37 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Filosofia) – Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2025.
URI: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/47334
Data de defesa: 26-Set-2025
Aparece nas coleções:TCC - Filosofia

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
DesafiosInterpretacaoNatureza.pdfTrabalho de Conclusão de Curso2.45 MBAdobe PDFThumbnail
Visualizar/Abrir


Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons Creative Commons