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ORCID:  http://orcid.org/0009-0004-3258-3033
Document type: Trabalho de Conclusão de Curso
Access type: Acesso Aberto
Title: Tendência da alimentação infantil no Brasil: uma análise comparativa da PNS 2013 e 2019.
Alternate title (s): Infant feeding trends in Brazil: a comparative analysis of the 2013 and 2019 PNS.
Author: Moreira, Gabriela Fernandes
First Advisor: Rinaldi, Ana Elisa Madalena
First member of the Committee: Silva, Janaina Paula Costa da
Second member of the Committee: Silva, Nayara Soares da
Summary: Resumo Objetivo: Analisar a tendência do consumo alimentar de crianças menores de dois anos no Brasil entre 2013 e 2019, estratificado por faixa etária (0-11 e 12-23 meses) e renda familiar. Métodos: Estudo transversal com dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013 e 2019. Foram incluídas crianças <24 meses, analisando-se uma lista de 15 alimentos consumidos nas últimas 24h (consumo: sim/não). A renda familiar per capita foi categorizada em quintis. A análise de tendência temporal (2013 e 2019) do consumo foi realizada comparando-se as prevalências e os intervalos de confiança (IC95%) segundo faixa etária e quintis de renda familiar per capita (comparação do 1º e do 5º quintil de renda). A significância estatística foi analisada pela sobreposição dos IC 95%. As diferenças de prevalência entre os anos foram expressas em pontos percentuais (p.p.). Resultados: Entre crianças menores de 12 meses, mais de 60% recebiam leite materno, sem variação entre 2013 e 2019. Houve aumento significativo no consumo de frutas/sucos naturais (+7,4 p.p.), verduras/legumes (+7,2 p.p.) e carnes/ovos (+8,3 p.p.), além de redução modesta em biscoitos/bolos (-2,4 p.p.) entre 2013 e 2019. Entre 12 e 24 meses, 30% mantinham aleitamento materno, com aumento no consumo de frutas/sucos naturais (+4,8 p.p.) e redução expressiva em sucos artificiais (−14,6 p.p.), doces (−10,2 p.p.), refrigerantes (−8,6 p.p.), o consumo de biscoitos, bolachas e bolos, embora ainda elevado, apresentou redução significativa (-5.2 p.p.). Nas duas faixas etárias analisadas, as crianças do quinto quintil (maior renda) consumiam mais frutas ou suco natural de fruts (0 a 12 meses - 65,7% em 2013 e 76,7% em 2019 / 12 a 24 meses - 94,2% em 2013 e 96,3 % em 2019), verduras/legumes (0 a 12 meses - 57,7 % em 2013 e 69,4% em 2019 / 12 a 24 meses - 91,3 % em 2013 e 90,5% em 2019), carnes/ovos (0 a 12 meses - 42,1 % em 2013 e 62,5 % em 2019 / 12 a 24 meses - 90,2 % em 2013 e 91,5% em 2019) , enquanto as do primeiro quintil (menor renda) mantiveram maior consumo de mingau (0 a 12 meses - 48,0 % em 2013 e 48,1 em 2019 / 12 a 24 meses - 57,1 % em 2013 e 51,0% em 2019) e refrigerantes com diferença significativa somente em crianças menores de 1 ano (0 a 12 meses - 05,6% em 2013 e 5,2% em 2019). Biscoitos/bolos foram mais prevalentes em crianças de 12 a 24 meses no quinto quintil, embora com redução ao longo do tempo (82,5 % em 2013 e 69,7 % em 2019). As desigualdades diminuíram para verduras/legumes e aleitamento materno (12–24 meses). Conclusão: Este estudo analisou as tendências do consumo alimentar de crianças brasileiras menores de dois anos entre 2013 e 2019, revelando avanços e desafios persistentes. Observou-se aumento no consumo de alimentos in natura (frutas, verduras, carnes/ovos) e redução significativa de ultraprocessados (sucos artificiais, doces, refrigerantes), especialmente entre 12–23 meses. No entanto, o aleitamento materno manteve-se estável (60% <12 meses; 30% 12–23 meses), abaixo das metas internacionais, com introdução precoce de outros leites. Persistiram desigualdades socioeconômicas: famílias mais ricas consumiam mais alimentos frescos, enquanto as mais pobres apresentavam maior ingestão de ultraprocessados e preparações básicas (mingau). Apesar da redução nas disparidades para alguns alimentos, barreiras estruturais e culturais permanecem, exigindo políticas intersetoriais para promover equidade e práticas alimentares saudáveis desde a primeira infância. Limitações do estudo incluem a natureza transversal dos dados e a ausência de informações sobre aleitamento exclusivo. Descritores: Consumo de Alimentos; Aleitamento Materno; Alimentos Industrializados; Fatores Socioeconômicos; Inquéritos Nutricionais;
Abstract: Abstract Objective: To analyze trends in food consumption among children under two years of age in Brazil between 2013 and 2019, stratified by age group (0–11 and 12–23 months) and family income. Methods: A cross-sectional study was conducted using data from the National Health Survey (PNS) in 2013 and 2019. Children under 24 months were included, and the consumption of 15 food items (yes/no) in the last 24 hours was analyzed. Family income per capita was categorized into quintiles. Temporal trends (2013 vs. 2019) were assessed by comparing prevalence rates and 95% confidence intervals (CI) across age groups and income quintiles (comparing the 1st and 5th quintiles). Statistical significance was determined by non-overlapping 95% CIs. Differences in prevalence between years were expressed in percentage points (p.p.). Results: Among infants under 12 months, over 60% were breastfed, with no significant change between 2013 and 2019. There was a significant increase in the consumption of fruits/natural juices (+7.4 p.p.), vegetables (+7.2 p.p.), and meat/eggs (+8.3 p.p.), along with a modest decrease in cookies/cakes (−2.4 p.p.). Among children aged 12–24 months, 30% remained breastfed, with increased intake of fruits/natural juices (+4.8 p.p.) and a sharp decline in artificial juices (−14.6 p.p.), sweets (−10.2 p.p.), and soda (−8.6 p.p.). Cookies/cakes, though still prevalent, decreased (−5.2 p.p.). In both age groups, children in the highest income quintile consumed more fruits/natural juices (0–12 months: 65.7% in 2013 vs. 76.7% in 2019; 12–24 months: 94.2% in 2013 vs. 96.3% in 2019), vegetables (0–12 months: 57.7% vs. 69.4%; 12–24 months: 91.3% vs. 90.5%), and meat/eggs (0–12 months: 42.1% vs. 62.5%; 12–24 months: 90.2% vs. 91.5%). In contrast, the lowest-income quintile had higher consumption of porridge (0–12 months: 48.0% vs. 48.1%; 12–24 months: 57.1% vs. 51.0%) and soda (significant only in infants: 5.6% vs. 5.2%). Cookies/cakes were more prevalent among 12–24-month-olds in the highest quintile, though declining (82.5% in 2013 vs. 69.7% in 2019). Income-based inequalities decreased for vegetables and breastfeeding (12–24 months). Conclusion: This study examined trends in food consumption among Brazilian children under two between 2013 and 2019, revealing progress and persistent challenges. Increased intake of fresh foods (fruits, vegetables, meat/eggs) and reduced ultra-processed consumption (artificial juices, sweets, soda) were observed, especially in 12–23-month-olds. However, breastfeeding rates remained stable (60% <12 months; 30% 12–23 months), below international targets, with early introduction of other milks. Socioeconomic disparities persisted: wealthier families consumed more fresh foods, while poorer families relied more on ultra-processed items and basic preparations (porridge). Despite reduced gaps for some foods, structural and cultural barriers remain, requiring intersectoral policies to promote equity and healthy feeding practices in early childhood. Study limitations include the cross-sectional design and lack of exclusive breastfeeding data. Keywords: Food Consumption; Breastfeeding; Processed Foods; Socioeconomic Factors; Nutrition Surveys.
Keywords: Consumo de Alimentos
Aleitamento Materno
Alimentos Industrializados
Fatores Socioeconômicos
Inquéritos Nutricionais
Food Consumption
Breastfeeding
Processed Foods
Socioeconomic Factors
Nutrition Surveys
Area (s) of CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::NUTRICAO::ANALISE NUTRICIONAL DE POPULACAO
Language: por
Country: Brasil
Publisher: Universidade Federal de Uberlândia
Quote: MOREIRA, Gabriela Fernandes. Tendência da alimentação infantil no Brasil: uma análise comparativa da PNS 2013 e 2019. 2025. 20 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Nutrição) – Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2025.
URI: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/45797
Date of defense: 16-May-2025
Appears in Collections:TCC - Nutrição

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