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ORCID:  http://orcid.org/0009-0003-4229-9565
Tipo do documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Título: Resposta de roedores à percepção do risco de predação
Título(s) alternativo(s): Rodents response to perceived predation risk
Autor(es): Damasceno, Maria Luisa Alves
Primeiro orientador: Leiner, Natália Oliveira
Primeiro membro da banca: Ferrando, Claire Pauline Röpke
Segundo membro da banca: Mendonça, André Faria
Resumo: A predação desempenha um papel crucial na estruturação e funcionamento dos ecossistemas, influenciando a composição de espécies, dinâmica populacional e biodiversidade. Não só pela mortalidade, mas também pelos seus efeitos não letais, com respostas comportamentais que alteram aspectos como o uso de habitat, reprodução e forrageamento para as presas. A percepção do risco de predação é feita através de pistas diretas (sinais físicos deixados por um predador em potencial) ou por condições do ambiente que afetem a avaliação adequada de perigo. Entre essas características, o nível de luminosidade lunar é frequentemente considerado um fator que aumenta o risco de predação para a maioria dos mamíferos noturnos que não utilizam a visão como principal sentido, como os roedores. Também a pluviosidade, ao promover o aumento na vegetação, produção de sementes, frutos e maior atividade de invertebrados, afeta o forrageamento, a reprodução e a sobrevivência dos animais. No presente trabalho, conduzido de junho de 2023 à abril de 2024, investigamos como o padrão de forrageamento dos roedores responde a pistas diretas e indiretas associadas ao risco de predação, testando três hipóteses: (1) os roedores apresentam fobia lunar, alterando o padrão de forrageamento em noites de lua cheia; (2) os roedores evitam forragear quando há pistas diretas de predadores; (3) a estação do ano influencia o padrão de forrageamento dos roedores. Utilizando o método de Giving-up density (GUD), avaliamos experimentalmente taxas de remoção de sementes de girassol em períodos de lua cheia e nova em campanhas feitas na estação seca e chuvosa em uma área de Cerrado denso, utilizando fezes de Canis lupus familiaris como indicativo. A fase lunar mostrou-se o fator mais significativo associado às taxas de consumo, que durante a lua nova foram 2.2 vezes maiores que durante a lua cheia. A presença de pista direta não mostrou efeito significativo para determinar o consumo ou não das iscas. Considerando que grande parte dos predadores do grupo são noturnos e visualmente orientados, a menor luminosidade durante a lua nova pode representar um ambiente percebido como mais seguro. Junto com o resultado obtido em relação à estação, podemos inferir que roedores priorizem informações ambientais amplas, como a luminosidade e a variação sazonal da disponibilidade de recursos sobre sinais diretos de predadores ao avaliar os custos sobre a necessidade de forrageamento, destacando a importância da percepção de risco de predação em moldar o comportamento de forrageamento e a ecologia dos roedores, considerando múltiplos fatores ambientais ao estudar as interações predador-presa.
Abstract: Predation plays a crucial role in structuring and functioning ecosystems, influencing species composition, population dynamics and biodiversity. Beyond mortality, non-lethal effects of predation alter prey behavior, affecting habitat use, reproduction, and foraging. Risk perception is mediated through direct cues (physical signs left by potential predators) or environmental conditions that affect accurate danger assessment. Lunar luminosity is often considered a predation risk factor for nocturnal mammals, like rodents, which rely less on vision. Rainfall, promoting vegetation growth, seed and fruit production, and increased invertebrate activity, also impacts foraging, reproduction, and survival. From June 2023 to April 2024, we investigated how rodent foraging patterns respond to direct and indirect predation risk cues, testing three hypotheses: (1) rodents exhibit lunar phobia, altering foraging during full moon nights; (2) rodents avoid foraging in the presence of direct predator cues; (3) seasonal variation influences rodent foraging patterns. Using the Giving-up Density (GUD) method, we experimentally assessed sunflower seed removal rates during Full and New Moon phases in both dry and wet seasons in a dense Cerrado area, using Canis lupus familiaris scat as an indicator. Lunar phase was the most significant factor influencing consumption rates, which were 2.2 times higher during New Moon compared to Full Moon. Given that many predators are nocturnal and visually oriented, lower luminosity during New Moon may signal a safer environment. Combined with seasonal findings, rodents appear to prioritize broad environmental cues, such as luminosity and seasonal resource availability, over direct predator signals when assessing foraging costs versus needs, underscoring the importance of predation risk perception in shaping rodent foraging behavior and ecology. This highlights the role of multiple environmental factors in predator-prey interactions and underscores their impact on ecosystem dynamics.
Palavras-chave: fobia lunar
forrageamento
ecologia do medo
cenário do medo
densidade de abandono
Predation risk
giving up density
moonlight avoidance
foraging
ecology of fear
landscape of fear
Área(s) do CNPq: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIA
Assunto: Ecologia
Biodiversidade e ambiente
Animais predadores
Roedores
Idioma: por
País: Brasil
Editora: Universidade Federal de Uberlândia
Programa: Programa de Pós-graduação em Ecologia e Conservação de Recursos Naturais
Referência: DAMASCENO, Maria Luisa Alves. Resposta de roedores à percepção do risco de predação. 2024. 31 f. Dissertação (Mestrado em Ecologia, Conservação e Biodiversidade) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2024. DOI http://doi.org/10.14393/ufu.di.2024.5164
Identificador do documento: http://doi.org/10.14393/ufu.di.2024.5164
URI: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/44715
Data de defesa: 31-Jul-2024
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS): ODS::ODS 15. Vida terrestre - Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da Terra e deter a perda da biodiversidade.
Aparece nas coleções:DISSERTAÇÃO - Ecologia, Conservação e Biodiversidade

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