Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/44702
ORCID:  http://orcid.org/0009-0004-0502-3452
Tipo do documento: Trabalho de Conclusão de Curso
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Título: Plataformização e capitalismo de vigilância: O caso do iFood no contexto da nova modernidade
Título(s) alternativo(s): Platformization and Surveillance Capitalism: The Case of iFood in the Context of the New Modernity
Autor(es): Silva, Giovanna Costa
Primeiro orientador: Côrtes, Mariana Magalhães Pinto
Primeiro membro da banca: Souza, Márcio Ferreira de
Segundo membro da banca: Junqueira, Gabriela Gonçalves
Terceiro membro da banca: Swatowiski, Claudia Wolff
Resumo: A pesquisa explora o consumo em plataformas como o iFood, utilizando teorias da nova modernidade, de autores como Baudrillard, Lipovetsky e Bauman, mas atualizando-as para o contexto de plataformização. As plataformas se tornaram centrais na organização social e no capitalismo de vigilância (Zuboff, 2021), servindo como infraestruturas que conectam usuários e parceiros por meio da coleta e processamento de dados (Poell; Nieborg; Dijck, 2020). Plataformas como o iFood operam redes hierárquicas, controladas unilateralmente e sustentadas por infraestrutura robusta em nuvem, transformando práticas sociais e culturais ao seu redor. A plataformização reflete uma nova fase do capitalismo, centralizando o controle e a exploração comercial da rede, com o capitalismo de vigilância emergindo como um modelo de acumulação baseado na coleta de dados. Para Zuboff (2021), esse poder, o “instrumentarianismo,” utiliza três estratégias principais: captura de dados (sintonizar), predição e modificação de comportamento (pastorear e condicionar), e personalização do ambiente digital para influenciar as decisões dos usuários. No iFood, affordances como avaliações e filtros incentivam o consumo de forma prática e personalizada, enquanto a empresa estabelece as regras unilateralmente, exercendo controle sobre consumidores, entregadores e estabelecimentos. Um questionário aplicado em 2022 confirmou esses aspectos, indicando que a mediação algorítmica influencia o comportamento dos usuários, que apreciam a praticidade do iFood, mas mencionam altos preços, dificuldade de contato com vendedores e precarização dos entregadores. Assim, consumo e trabalho mediados por plataformas como o iFood fazem parte de uma mesma lógica de plataformização, voltada para a criação de valor no capitalismo de vigilância. Em concordância com Dardot e Laval, a pesquisa propõe que o sujeito contemporâneo é simultaneamente consumidor e produtor, assumindo o papel de “empreendedor de si mesmo” e operando sob um dispositivo que incentiva desempenho e satisfação pessoal em benefício das plataformas.
Abstract: The research explores consumption on platforms like iFood, using the theories of new modernity from authors like Baudrillard, Lipovetsky, and Bauman, while updating them to the platformization context. Platforms have become central to social organization and surveillance capitalism (Zuboff, 2021), acting as infrastructures that connect users and partners through data collection and processing (Poell; Nieborg; Dijck, 2020). Platforms like iFood operate hierarchical networks, unilaterally controlled and supported by robust cloud infrastructure, transforming the surrounding social and cultural practices. Platformization reflects a new phase of capitalism, centralizing control and commercial exploitation of the network, with surveillance capitalism emerging as an accumulation model based on data collection. For Zuboff (2021), this power, termed “instrumentarianism,” uses three main strategies: data capture (“tuning”), behavior prediction and modification (“herding” and “conditioning”), and digital environment personalization to influence users’ decisions. On iFood, affordances like reviews and filters encourage practical and personalized consumption, while the company unilaterally sets the rules, exerting control over consumers, couriers, and partner establishments. A questionnaire conducted in 2022 confirmed these aspects, indicating that algorithmic mediation influences user behavior, with users appreciating iFood’s convenience but noting high prices, difficulty contacting sellers, and courier precarization. Thus, consumption and labor mediated by platforms like iFood form part of the same platformization logic, aimed at creating value within surveillance capitalism. In line with Dardot and Laval, the research suggests that the contemporary individual is simultaneously a consumer and a producer, adopting the role of “entrepreneur of the self” and operating within a device that promotes performance and personal satisfaction to the benefit of platforms.
Palavras-chave: consumo; plataformização; capitalismo de vigilância; iFood
consumption; platformization; surveillance capitalism; iFood.
Área(s) do CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::SOCIOLOGIA
Idioma: por
País: Brasil
Editora: Universidade Federal de Uberlândia
Referência: SILVA, Giovanna Costa. Plataformização e Capitalismo de Vigilância: O Caso do iFood no Contexto da nova modernidade. 2024. 58 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Sociais) – Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2024.
URI: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/44702
Data de defesa: 22-Nov-2024
Aparece nas coleções:TCC - Ciências Sociais

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
PlataformizaçãoCapitalismoVigilância.pdfTCC = Trabalho de Conclusão de Curso1.41 MBAdobe PDFThumbnail
Visualizar/Abrir


Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons Creative Commons