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https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/43763
ORCID: | http://orcid.org/0009-0008-1050-6036 |
Tipo do documento: | Trabalho de Conclusão de Curso |
Tipo de acesso: | Acesso Embargado |
Término do embargo: | 2026-04-23 |
Título: | Tendência temporal das desigualdades dos cuidados no pré-natal e parto entre mulheres negras e brancas: resultados da Pesquisa Nacional de Saúde 2013 e 2019 |
Autor(es): | Neves, Luziane Souza das |
Primeiro orientador: | Rinaldi, Ana Elisa Madalena |
Primeiro membro da banca: | Azeredo, Catarina Machado |
Segundo membro da banca: | Romão, Rejane Sousa |
Resumo: | O objetivo foi analisar a tendência temporal do acesso aos cuidados no pré-natal e no parto em mulheres negras e brancas no período de 2013 a 2019. Este estudo utilizou dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013 e 2019, conduzida pelo IBGE, para compreender a saúde da população brasileira. Neste estudo foram selecionadas as mulheres com idade entre 18 e 50 anos que haviam engravidado nos últimos dois anos. As variáveis do pré-natal selecionadas foram realização do pré-natal, número de consultas, período de início do pré-natal, profissional responsável pela realização, realização de exames físicos, antropométricos e laboratoriais. Quanto aos partos, foram analisadas variáveis como número de partos, local, tipo de parto e se foi realizado pelo SUS. No que diz respeito à raça, as mulheres foram classificadas como negras (pretas e pardas) e brancas para investigar disparidades no acesso aos cuidados de saúde. A análise estatística, realizada no STATA/SE® 12, considerando a complexidade da amostra da PNS. Foram calculadas prevalências e comparadas diferenças entre mulheres brancas e negras, e entre os anos estudados, utilizando intervalos de confiança de 95% (IC95%) para identificar discrepâncias significativas no acesso aos serviços de saúde. Em 2013 e 2019 a paridade foi superior entre mulheres negras, com maior percentual de 3 filhos. Em ambos os anos a realização do pré-natal foi virtualmente universal em mulheres brancas e negras, assim como o acesso ao cartão da gestante. A prevalência de realização do pré-natal no SUS foi superior entre as mulheres negras em 2013 (79,4%, IC95%=75,6%;83,1% vs 53,4%,IC95%=47,0%;59,7%) e 2019 (72,6%, IC95%=68,8%;76,4% vs 48,1%,IC95%=42,8%;53,3%, respectivamente). O número de consultas pré-natal foi superior entre as mulheres brancas em 2013 (91,9%, IC95%=89,1;94,7% vs 79,5%, IC95%=75,7%;83,4%) com redução da desigualdade em 2019. Em 2019, enquanto 86,3% das mulheres brancas realizaram consultas pré-natal com médicos (IC 95%: 83,2%;89,4%), apenas 67,6% das mulheres negras o fizeram (IC 95%: 64,4%;70,8%). Além disso, a proporção de partos por cesariana foi de 62,4% para mulheres brancas (IC 95%: 57,1%;67,7%) e 52,6% para mulheres negras (IC 95%: 49,0%;56,3%). A aferição da pressão arterial em todas as consultas foi inferior entre mulheres negras em 2019. A prevalência de parto normal foi maior entre mulheres negras em 2013 e 2019. De forma geral, verificamos que entre as mulheres negras há maior paridade, maioria das consultas de pré-natal e o parto sendo realizados no SUS, maior prevalência das consultas de pré-natal sendo realizada por profissionais enfermeiros e predomínio de parto normal e razão da cesárea para realização de laqueadura. Houve redução da desigualdade no período analisado entre mulheres negras e brancas para número de consultas de pré-natal, realização do exame das mamas no pré-natal, porém aumento da desigualdade para aferição da pressão arterial em todas as consultas. |
Abstract: | The objective was to analyze the temporal trend of access to prenatal care and childbirth in black and white women from 2013 to 2019. This study used data from the 2013 and 2019 National Health Survey (PNS), conducted by the IBGE, to understand the health of the Brazilian population. This study selected women aged between 18 and 50 who had become pregnant in the last two years. The prenatal care variables selected were prenatal care, number of visits, period when prenatal care began, professional responsible for the prenatal care, and physical, anthropometric and laboratory examinations. With regard to births, variables such as number of births, location, type of birth and whether it was carried out by the SUS were analyzed. With regard to race, the women were classified as black and white to investigate disparities in access to healthcare. The statistical analysis was carried out using STATA/SE® 12, taking into account the complexity of the PNS sample. Prevalence rates were calculated and differences were compared between white and black women and between the years studied, using 95% confidence intervals (95%CI) to identify significant discrepancies in access to health services. In 2013 and 2019, parity was higher among black women, with a higher percentage of 3 children among black women. In both years, prenatal care was virtually universal among white and black women, as was access to the pregnancy card. The prevalence of prenatal care in the SUS was higher among black women in 2013 (79.4%, 95%CI=75.6%;83.1% vs 53.4%,95%CI=47.0%;59.7%) and 2019 (72.6%, 95%CI=68.8%;76.4% vs 48.1%,95%CI=42.8%;53.3%, respectively). The number of prenatal consultations was higher among white women in 2013 (91.9%, 95%CI=89.1;94.7% vs 79.5%, 95%CI=75.7%;83.4%) with a reduction in inequality in 2019. In 2019, while 86.3% of white women had prenatal consultations with doctors (95% CI: 83.2%;89.4%), only 67.6% of black women did (95% CI: 64.4%;70.8%). In addition, the proportion of deliveries by caesarean section was 62.4% for white women (95% CI: 57.1%;67.7%) and 52.6% for black women (95% CI: 49.0%;56.3%). Blood pressure measurement at all appointments was lower among black women in 2019. The prevalence of normal delivery was higher among black women in 2013 and 2019. In general, we found that among black women there is greater parity, the majority of prenatal consultations and childbirth being carried out in the SUS, a higher prevalence of prenatal consultations being carried out by professional nurses and a predominance of normal childbirth and the reason for cesarean sections for tubal ligation. There was a reduction in inequality in the period analyzed between black and white women in terms of the number of prenatal consultations, breast exams during prenatal care, but an increase in inequality in terms of blood pressure measurement at all consultations. |
Palavras-chave: | desigualdades raciais racial disparities assistência pré-natal prenatal care assistência ao parto access to healthcare SUS SUS |
Área(s) do CNPq: | CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA::SAUDE PUBLICA |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editora: | Universidade Federal de Uberlândia |
Referência: | NEVES, Luziane Souza das. Tendência temporal das desigualdades dos cuidados no pré-natal e parto entre mulheres negras e brancas: resultados da Pesquisa Nacional de Saúde 2013 e 2019. 2024. 34 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Nutrição) – Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2024. |
URI: | https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/43763 |
Data de defesa: | 15-Abr-2024 |
Aparece nas coleções: | TCC - Nutrição |
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