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ORCID:  http://orcid.org/0009-0000-5556-3175
Tipo de documento: Trabalho de Conclusão de Curso
Tipo de acceso: Acesso Aberto
Título: Por novas narrativas de gênero: A jornada Heroica em A Mulher Rei e Njinga Mbandi
Título (s) alternativo (s): For new gender narratives: The Heroic Journey in A Mulher Rei and Njinga Mbandi
Autor: Fayola, Kyto
Primer orientador: Almeida Júnior, José Benedito de
Primer miembro de la banca: Vovos, Ira
Segundo miembro de la banca: Santos, Carlos Antônio dos
Resumen: O seguinte trabalho se compromete a tecer uma análise filosófica, estética e política da obra cinematográfica A Mulher Rei e da produção de arte visual Njinga A Mbande: Rainha de Ndongo e Matamba. Em tempos de Black Money , em que saímos da mera representação em sentido a representatividade, atentos à cooptação das grandes industriais por preocupações exclusivamente financeiras, o mercado cede espaço a um número mais considerável de artistas do seguimento: produtores, diretores, escritores, cineastas etc. Resultando no aumento expressivo de produções, acima de tudo audiovisual, nos últimos vinte anos e no emergir de narrativas distintas a família burguesa hegemônica com as minorias representativas galgando protagonismo sob narrativas que driblam estereótipos. Sem dúvidas, nosso século é marcado pela construção e difusão massiva de imagens e símbolos, e por conseguinte, é indispensável reflexões sobre como essas representações trazem consigo questões éticas, políticas e econômicas. Nesse sentido, Spivak em seu livro Uma educação estética na Era da Globalização (2013) constata que uma nova educação estética viabilizaria transformações significativas no campo social e político. Assim como vários intelectuais e organizações de minorias representativas vem galgando desde o século XX, com a reconstrução do campo semântico do imaginário popular a respeito de suas subjetividades. bell hooks e Clyde W. Ford refletiram na mesma década, sob fontes teóricas distintas acerca dos impactos do racismo e epistemicídio na construção de subjetividades negras e no enviesamento das narrativas sobre sua historiografia e legado. bell hooks se debruça sobre a domesticação ao qual a população negra fora submetida em sua formação estética sob suas representações, e nos apresenta as brechas inventadas para a autoemancipação. Em sua abordagem teórica metodológica decolonial que se relaciona de modo dialético com a história e seus desdobramentos. Enquanto Clyde W. Ford, nos suspende de nossa temporalidade e espacialidade, e nos insere poeticamente em uma bela jornada sobre os feitos heroicos da população negra. Em abordagem teórica metodológica panafricanista, nos é possível remontar histórias inviabilizadas. Assim, no primeiro capítulo teço uma breve exposição acerca do embasamento dos estudos mitológicos sobre o desenvolvimento teórico da jornada do herói de Jung à Joseph Campbell complementada a crítica feita por Clyde. Ford faz uso do campo simbólico que circunda a mitologia e analisa suas implicações nas instancias socias, vislumbrando na mitologia uma alternativa teórica e prática para combater a violência racial e o apagamento das contribuições do continente africano. No segundo capítulo, há a exposição e análise de produções artísticas que retratam a jornada heroica de Njinga e Nanisca, mulheres negras emblemáticas. As duas jornadas heroicas desafiam e extrapolam a estrutura elaborada por Clyde e pela escola mitológica. A análise destaca as limitações de gênero na estrutura da jornada do herói e a importância de incluir uma perspectiva de gênero e racial nos estudos mitológicos. No terceiro capítulo, abordo sobre o caráter histórico das narrativas que são reelaboradas artisticamente com proposito dar voz e visibilidade a memória dessas mulheres. Elaboro uma reflexão sobre o desdobramento da representação da mulher negra na era da globalização, explorando conceitos de pensadores como Walter Benjamin e bell hooks. A luta por representatividade nos meios de representação, em especial no cinema e na televisão, e seus impactos na construção de novas perspectivas de identidade de mulheres negras. E por fim, concluo ressaltando a importância da valoração e celebração da jornada das mulheres negras, que enfrentam estereótipos e desafios estruturais para construir uma narrativa própria de heroísmo, sabedoria e resiliência.
Abstract: This work aims to analyze the heroic journey in the cinematic production The King Woman under the theoretical parameters of Joseph Campbell and Clyde Ford. Starting from Joseph Campbell's monomyth from the work The Hero with a Thousand Faces (1949) and the criticism produced by Clyde Ford in The hero with an African face: myths of Africa (1999) with the racialized focus on mythological studies. Bearing in mind that Joseph Campbell primarily enabled the restitution of the primary function of mythology: catharsis, emancipation and re-elaboration through the heroic archetype, restructuring it into three acts: separation, initiation and return. However, Clyde Ford noted that, like so many other areas of knowledge, mythological studies were permeated by ethnocentrism as they disregarded and made various cultural expressions on the subject unfeasible. Taking on the challenge, Ford dedicates himself to traditional African mythology, which was once marginalized and inferiorized by the mythological school, and translates such local cultural expressions into the common elementary symbols of humanity. However, both theoretical references still proved to be insufficient for the object of analysis due to the lack of a genre record. I then draw on the theoretical contributions of the African philosopher Oyèrónkẹ Oyěwùmí in The invention of women: constructing an African sense for Western gender discourses (2021) and the North American intellectual and philosopher bell hooks Black gazes: race and representation (1992) with the aim to mitigate the gaps in the proposed racialized gender debate. I use Oyèrónkẹ's theoretical perspective on gender from pré-colonial Africa and hooks' historical reconstruction of the representation of black women in the diaspora, enabling a comprehensive analysis of the crossings that make up the proposed objects. Criticizing the psychosocial implications of racist and sexist representations of the black population, I propose a critical analysis of the Western category of woman and invest in the emancipatory capacity that other forms of representation can result in. Therefore, artistic representation and the structure of society are homologous and reflect the structural preferences: aesthetic, political and social of a people. They are concrete manifestations of the conception of nature and existence. They articulate the ontological thinking of a society.
Palabras clave: Jornada heroica
Representatividade
Feminismo decolonial
A Mulher Rei
Njinga Mbandi
Feminismo Negro
Keywords
Heroic journey
decolonial feminism
Woman King
Njinga Mbandi
representation
Área (s) del CNPq: CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS
CNPQ::CIENCIAS HUMANAS
Idioma: por
País: Brasil
Editora: Universidade Federal de Uberlândia
Cita: FAYOLA, Kyto. Por novas narrativas de gênero: A jornada Heroica em A Mulher Rei e Njinga Mbandi. 2024. 62 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Filosofia) – Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2024.
URI: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/43599
Fecha de defensa: 24-abr-2024
Aparece en las colecciones:TCC - Filosofia

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