Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/41081
Tipo do documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Título: Química ancestral africana: A origem da cachaça
Título(s) alternativo(s): African ancestral chemistry: The origin of cachaça
Autor(es): Silva, Gustavo Henrique Costa da
Primeiro orientador: Amauro, Nicéa Quintino
Primeiro membro da banca: Benite, Anna Maria Canavarro
Segundo membro da banca: Ribeiro Junior, Florisvaldo Paulo
Resumo: Discutimos, neste texto, a criação da pinga nos engenhos de cana de açúcar no período do Brasil-Colônia, a partir de uma lenda que, por sua vez, apresenta erros conceituais que impossibilitam a descoberta da cachaça, conforme apontado na “Lenda da pinga”, que narra a origem desta bebida alcoólica, texto utilizado no curso de formação de professores na Universidade Federal de Uberlândia, no curso de Licenciatura em Química, quando foi possível aplicá-lo lenda e discutir sobre os referidos erros ali contidos, por meio de análises químicas e históricas sobre os processos de fabricação de bebidas alcoólicas na África e no Brasil, resgatando o conhecimento de povos indígenas, africanos e afro-brasileiros. Dessa forma, analisamos episódios que foram extraídos das aulas que ocorreram no ano de 2021 e de 2022. Logo, apresentamos discussões que visam diagnosticar a ausência de debates étnico-raciais na educação, bem como apontamos para uma problemática, o eurocentrismo que dispõe da organização social, política e econômica, baseada na centralidade da Europa, gerando o silenciamento e o apagamento das contribuições tecnológicas de povos indígenas, africanos e afro-brasileiros. Propusemos, como metodologia, a pesquisa-ação, com o intuito de verificar os processos de melhoria na aprendizagem dos alunos e de potencializar as aulas na disciplina de “Introdução à Ciência e Tecnologia de Matrizes Africanas”, por intermédio de debates étnico-raciais que demonstrem a capacidade de pessoas indígenas e negras de organizar ideias e propor inovações tecnológicas. Portanto, para que haja formação docente com vistas às relações étnico-raciais, evidenciamos ser necessário pensar em formas de questionar e problematizar alguns conteúdos que silenciam e distanciam a história e a cultura de povos indígenas, africanos e afro-brasileiros, pois, para que haja a ruptura do racismo na sociedade, é imperioso formar professores com perspectivas multiculturais.
Abstract: We discuss, in this text, the creation of pinga in the sugar cane mills in the period of Colonial Brazil, from a legend that, in turn, presents conceptual errors that make the discovery of cachaça impossible, as pointed out in the “Legend of pinga”, which narrates the origin of this alcoholic beverage, a text used in the teacher training course at the Federal University of Uberlândia, in the Chemistry Degree course, when it was possible to apply it to legend and discuss the aforementioned errors contained therein, for through chemical and historical analyzes of the manufacturing processes of alcoholic beverages in Africa and Brazil, recovering the knowledge of indigenous, African and Afro-Brazilian peoples. In this way, we analyze episodes that were extracted from classes that took place in 2021 and 2022. Therefore, we present discussions that aim to diagnose the absence of ethnic-racial debates in education, as well as pointing to a problem, the Eurocentrism that has the organization social, political and economic, based on the centrality of Europe, silencing and erasing the technological contributions of indigenous, African and Afro-Brazilian peoples. We proposed, as a methodology, action-research, with the aim of verifying the processes of improvement in student learning and to enhance the classes in the subject "Introduction to Science and Technology of African Matrices", through ethnic-racial debates that demonstrate the ability of indigenous and black people to organize ideas and propose technological innovations. Therefore, in order to have teacher training with a view to ethnic-racial relations, we have shown that it is necessary to think of ways to question and problematize some contents that silence and distance the history and culture of indigenous, African and Afro-Brazilian peoples, because, for there is a breakdown of racism in society, it is imperative to train teachers with multicultural perspectives.
Palavras-chave: Química
Chemistry
História e Cultura
History and Culture
Povos indígenas
indigenous
Africanos e afro-brasileiros
African and afro-Brazilian people
Pinga
Pinga
Área(s) do CNPq: CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA
Assunto: Química
Idioma: por
País: Brasil
Editora: Universidade Federal de Uberlândia
Programa: Programa de Pós-graduação em Química
Referência: SILVA, Gustavo Henrique Costa da. Química ancestral africana: A origem da cachaça. 2023. 117 f. Dissertação (Mestrado em Química) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2023. DOI https://doi.org/10.14393/ufu.di.2024.44
Identificador do documento: https://doi.org/10.14393/ufu.di.2024.44
URI: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/41081
Data de defesa: 27-Jan-2023
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS): ODS::ODS 10. Redução das desigualdades - Reduzir as desigualdades dentro dos países e entre eles.
Aparece nas coleções:DISSERTAÇÃO - Química

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