Por favor, use este identificador para citar o enlazar este ítem:
https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/41001
ORCID: | http://orcid.org/0000-0002-1110-437X |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acceso: | Acesso Aberto |
Título: | Nietzsche, filósofo artísta: a via de uma filosofia necessariamente estética no primeiro Nietzsche |
Título (s) alternativo (s): | Nietzsche, philosopher artist: the way to a necessarily aesthetic philosophy in the first Nietzsche Nietzsche, artiste philosophe: le côté d'une philosophie esthétique nécessaire chez le premier Nietzsche |
Autor: | Silva, Menissa Nayara Nascimento |
Primer orientador: | Amitrano, Georgia Cristina |
Primer miembro de la banca: | Dias, Rosa Maria |
Segundo miembro de la banca: | Solis, Dirce Eleonora Nigro |
Tercer miembro de la banca: | Guido, Humberto Aparecido de Oliveira |
Resumen: | O estético é o eixo central da obra inaugural e principal do pensamento do jovem Friedrich Wilhelm Nietzsche: O Nascimento da Tragédia, Die Geburt der Tragödie aus dem Geiste der Musik ‒ 1872). Em sua maturidade, quando o filósofo publica a segunda edição da obra, Die Geburt der Tragödie, Oder: Griechentum und Pessimismus ‒ 1886, reeditada e somada ao prefácio crítico, Tentativa de uma Autocrítica (Versuch einer Selbstkritik), o problema artístico volta a ser expresso sob a questão da necessidade (nöthig) da arte trágica, isto é, a necessidade de arte para a cultura se relaciona a outro problema mais fundamental, qual seja, o valor da existência para os Gregos. Com a presente interpretação, quis penetrar o sentido fulcral da colocação: para que os gregos tiveram necessidade de tragédia, mais ainda, de toda a arte? O presente trabalho se coloca diante da questão formulada por Nietzsche no início do prefácio tardio (1886) como se ela fosse uma pista, um um rastro, ou seja, persegue algo que não revela imediatamente o que se busca mas é, do que que se anela, o que se mostra, se manifesta e, por isso, o que pode e deve ser perseguido a fim de reconhecer suas implicações. Para compreender como opera o problema estético na juventude nietzschiana, busco-o junto da pergunta que, segundo o filósofo, manifesta o modo como irrompia para si próprio o problema dos gregos e de sua relação com a arte, isto é, busco o sentido fundamental de um problema estético, junto à sua gênese. Logo, mediante uma meta-questão, por assim dizer, sondei o próprio questionar do problema levantado pelo jovem filósofo, isto é, o inqueri junto a seu próprio movimento pensante, junto à origem de seu questionamento. Como fosse possível emular o ato de seu filosofar, busquei demonstrar as implicações filosóficas da pergunta sobre a finalidade da arte para o povo, quando a arte é encarada como uma necessidade, como fundamento de suas vidas. Pode-se dizer que o sentido fundamental da existência grega é revelado através da gênese imanente de um problema estético-artístico. A questão só se distingue claramente quando se assume que a experiência sensível e corpórea da arte é o alicerce mais fundo da cultura e da existência grega. Para buscar o sentido fundamental é preciso, antes, dar um sentido. Isto é, também é preciso saber de que forma a questão se insere no contexto temporal da elaboração do movimento pensante do filósofo. Nesse sentido, Heidegger foi aqui um mentor. Ao exemplo das preleções heideggerianas, “Nietzsche”, me inspiro no gesto metodológico e fenomenológico de um dos herdeiros de Nietzsche e assumo que compreender o sentido do pensamento de Nietzsche é também perseguir a distinção de sua posição fundamental em relação à pergunta ontológica pelo ser e, portanto, confrontando o sentido de sua posição confrontamos a história do pensamento ocidental, na medida em que Nietzsche realiza a sua consumação até ali. Outrossim, na tentativa de compreender o sentido da estética nietzschiana no interior mais amplo da primeira fase de seu pensar, analiso alguns escritos nietzschianos da juventude, ponto imprescindível se essa pesquisa também deseja, em sua continuidade, pensar a relevância do tema estético, engendrado na juventude, como tema que atravessa a força pensante do autor até a consumação de sua filosofia madura. Em suma esse é o percurso do texto que procurei esboçar: o primeiro capítulo persegue uma possível compreensão da pergunta pela necessidade da arte, inquirindo-a como vontade mais fundamental do povo, ou seja, procuro rastrear a relação entre a compreensão nietzschiana sobre a finalidade da atividade artística e o sentido ontológico da existência do grego. Devido o teor da iluminação percorrida no primeiro capítulo, o segundo capítulo teve de questionar a própria arte como a figura da vontade helênica, como figura do fundamento metafísico da vida de um povo. Ou seja, na medida em que ela carrega em si os modos e princípios mediante os quais podemos esclarecer o sentido fundamental do ser grego, ela deve ser questionada a partir da pergunta pela sua essência. Por fim, no terceiro capítulo procurei compreender a relação entre a cultura moderna, suas produções artísticas, e a decadência ou êxito cultural a partir do sentido metafísico atribuído à arte e a experiência estética para a cultura. Nestes três pontos e seus desdobramentos almejei realizar uma interpretação da obra de juventude nietzschiana pela via de uma filosofia necessariamente estética. |
Abstract: | The aesthetic is the central axis of the inaugural work, and the main thought of the young Friedrich Wilhelm Nietzsche, The Birth of Tragedy, Die Geburt der Tragödie aus dem Geiste der Musik ‒ 1872). In his maturity, when the philosopher publishes the second edition of the work, Die Geburt der Tragödie, Oder: Griechentum und Pessimismus ‒ 1886, re-edited and added to the critical preface, Attempt at a Self-criticism (Versuch einer Selbstkritik), the artistic problem returns to being expressed under the question of the necessity (nöthig) of tragic art. The need for art for culture relates to another, more fundamental problem, namely, the value of existence for the Greeks. Hence the pessimism stamped in the title of the reissued edition. With the present interpretation, I wanted to penetrate the central meaning of the statement: why did the Greeks need tragedy, even more, all art? Faced with this question, thus formulated by Nietzsche at the beginning of the late preface (1886), the present work is placed as if in front of a trail, that is, it pursues something that does not immediately reveal what is sought, but is, what is sought. it yearns, what is shown, manifests itself, and therefore, what can and should be pursued in order to recognize its implications. In order to understand how the aesthetic problem operates in Nietzschean youth, I seek it together with the question that, according to the philosopher, manifests the way in which the Greeks and their art erupted for themselves, that is, I seek the fundamental meaning of a aesthetic problem, together with its genesis. Therefore, through a meta-question, so to speak, I probed the very questioning of the problem raised by the young philosopher, that is, I questioned him along with his own thinking movement, with the origin of his questioning. As it was possible to emulate the act of his philosophizing, I constantly asked what was fundamentally at stake when, in the form of a question about the need for art, the philosopher manifests that there is a problem not yet made explicit by the German tradition that focused on the Greeks and branded them as optimists; what are the true implications of the question about the purpose of art for the people, when art is seen as a necessity, as the foundation of their lives. It can be said that the fundamental meaning of Greek existence is revealed through the immanent genesis of an aesthetic-artistic problem. The issue is only clearly distinguished when we realize immediately, that is, through a sensitive experience, in our body, that art is the deepest foundation of Greek culture and existence. However, to seek the fundamental meaning, it is first necessary to give a meaning. That is, it is also necessary to know how the question is inserted in the temporal context of the elaboration of the philosopher's movement of thought. In this sense, Heidegger was here a mentor, in a flattering sense, as well as an excellent educator, echoing here, by borrowing, the meaning attributed by Nietzsche to his Schopenhauer als Erzieher. Following the example of Heidegger's lectures, “Nietzsche”, I am inspired by the methodological and phenomenological gesture of this heir of our philosopher. As the very epigone of the first volume of lectures says, in order to understand the meaning of Nietzsche's thought, it is necessary to pursue the distinction of his fundamental position in relation to the ontological question of being, it is necessary to confront him as one who confronts history of Western thought, insofar as Nietzsche achieves his consummation up to that point. Furthermore, in an attempt to understand the meaning of Nietzschean aesthetics within the broader scope of the first phase of his thinking, I analyze some Nietzschean writings from his youth, an essential point if this research also wishes, in its continuity, to think about the relevance of the aesthetic theme, engendered in the youth, which crosses the author's thinking force until the consummation of his mature philosophy. In short, this is the course of the text that I tried to outline: the first chapter deals with harassing, that is, I pursue a possible understanding of the question about the need for art, questioning it as the most fundamental will of the people, that is, I try to trace the relationship between Nietzsche's understanding of the purpose of artistic activity and the ontological meaning of Greek existence. Due to the content of the enlightenment covered in the first chapter, the second chapter had to question art itself as a figure of the Hellenic will, as a figure of the metaphysical foundation of the life of a people. That is, to the extent that it carries within itself the modes and principles through which we can clarify the fundamental meaning of being Greek, it must be questioned from the question of its essence. Finally, in the third chapter, as I tried to make explicit the fundamental ontological meaning that resides under Nietzsche's questioning about the need for art in a given culture, I tried to understand the relationship between modern culture, its artistic productions, and the decadence or cultural success from the metaphysical meaning attributed to art and the aesthetic experience for culture. For these three points and their developments, I aimed to carry out an interpretation of Nietzsche's youth work through a necessarily aesthetic philosophy. |
Palabras clave: | Cultura Estética Fenomenologia da arte Metafísica de artista Trágico Primeiro Nietzsche Art Tragic Culture Aesthetic Phenomenology of art Metaphysics of artists |
Área (s) del CNPq: | CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editora: | Universidade Federal de Uberlândia |
Programa: | Programa de Pós-graduação em Filosofia |
Cita: | SILVA, Menissa Nayara Nascimento. Nietzsche, filósofo artísta: a via de uma filosofia necessariamente estética no primeiro Nietzsche. 2022. 152 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2022. DOI http://doi.org/10.14393/ufu.di.2022.230. |
Identificador del documento: | http://doi.org/10.14393/ufu.di.2022.230 |
URI: | https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/41001 |
Fecha de defensa: | 29-abr-2022 |
Objetivos de Desarrollo Sostenible (ODS): | ODS::ODS 5. Igualdade de gênero - Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas. |
Aparece en las colecciones: | DISSERTAÇÃO - Filosofia |
Ficheros en este ítem:
Fichero | Descripción | Tamaño | Formato | |
---|---|---|---|---|
NietzscheFilósofoArtísta.pdf | Dissertação | 3.24 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Este ítem está sujeto a una licencia Creative Commons Licencia Creative Commons