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dc.creatorPereira, Maiza Maria-
dc.date.accessioned2023-06-07T15:19:08Z-
dc.date.available2023-06-07T15:19:08Z-
dc.date.issued2022-08-03-
dc.identifier.citationPEREIRA, Maiza Maria. O feminino mítico em Mulheres de cinzas, de Mia Couto. 2022. 131 f. Dissertação (Mestrado em Estudos Literários) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2023. DOI http://doi.org/10.14393/ufu.di2023.7057pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufu.br/handle/123456789/37982-
dc.description.abstractWomen of the ashes, written by Mia Couto, feminine spaces are made from events that flow from the beliefs, myths and customs of the Mozambican natives, like an inheritance from the ancestors, passed on orally, from generation to generation. It’s a way of living in a religious condition, worshiping the spirits of relatives who did not die, in this view, because their bodies were sown in the earth, so they have continued to live and make the world go round. They would manifest themselves in nature. The women’s experiences are presented as new variations of archetypes, connected to myths established along the trajectory of humanity, which are being transformed according to the locality and the culture of the people. In this novel, the archetype of the Great Mother is highlighted, what is personified on Earth, the Mother Earth, a character of fundamental importance in the novel, that pays homage to Africa and Nature, as a strong mother who cares for her children. The archetype is also personified in the human mother, which supports the socio-family nucleus and acts as a synonym of fertility and nutrition, like the earth. Thus, the author creates a magical space, composed by the actions and attitudes of women, in consonance with Nature. So Mia Couto expresses his admiration, affection, appreciation and gratitude towards the women, especially in their role of mother. However, the attitudes of the female characters, what makes them transcend as an exemplary human model, are not restricted to maternal affection, but also comprehends the resilience and the resistance during the everyday confrontations, in the face of external and internal conflicts, which is observed throughout the novel. Much of them emerge because of Colonialism, as well as the prevalent androcentrism of that patriarchal world, which instigates gender violence along with social and individual marginalization of women. Against this background, Couto redesigns the women and constitutes them with heroic attributes, with characteristics normally applied to men. The formation of the narrative in circular movements, with the final return to the beginning of time, follows, in content and form, the institute of archetypes and myths as a way of giving sacredness to events, from archaic times to the present day. The study is based on scholars of sacred myths and archetypes such as Eliade, Campbell, Jung and Bolen, also social science scholars such as Bhabha and Khapoya.pt_BR
dc.description.sponsorshipUFU - Universidade Federal de Uberlândiapt_BR
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal de Uberlândiapt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectFemininopt_BR
dc.subjectFemininept_BR
dc.subjectArquétipospt_BR
dc.subjectArchetypespt_BR
dc.subjectGrande Mãept_BR
dc.subjectGreatMotherpt_BR
dc.subjectMitospt_BR
dc.subjectMythspt_BR
dc.subjectSagradopt_BR
dc.subjectSacredpt_BR
dc.subjectLiteratura Africanapt_BR
dc.subjectAfrican Literaturept_BR
dc.titleO feminino mítico em Mulheres de cinzas, de Mia Coutopt_BR
dc.title.alternativeO feminino mítico em Mulheres de cinzas, de Mia Coutopt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.contributor.advisor1Ribeiro, Elzimar Fernanda Nunes-
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/2361018161551387pt_BR
dc.contributor.referee1Campos, Fernanda Cristina de-
dc.contributor.referee1Latteshttp://lattes.cnpq.br/2534234192523382pt_BR
dc.contributor.referee2Sylvestre, Fernanda Aquino-
dc.contributor.referee2Latteshttp://lattes.cnpq.br/7263180497540978pt_BR
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/2539154498716385pt_BR
dc.description.degreenameDissertação (Mestrado)pt_BR
dc.description.resumoEm Mulheres de cinzas de Mia Couto, os espaços femininos se fazem a partir de eventos que fluem das crenças, dos mitos e dos costumes dos nativos moçambicanos, uma herança dos ancestrais, passada oralmente, de geração em geração. É uma forma de viver a vida em um estado religioso, cultuando os espíritos dos parentes que, na sua visão, não morreram, seus corpos foram semeados na terra, mas continuam vivos a fazer girar o mundo. E se manifestam na natureza. As vivências das mulheres se apresentam como novas variações de arquétipos, em função de mitos há muito consagrados na trajetória da humanidade, que se vão transformando conforme a localidade e a cultura do povo. Ressalta-se, nesse romance, principalmente o arquétipo da Grande-mãe, que se personifica na Terra, a Terra-Mãe, uma personagem de importância fundamental, pois faz uma reverência à África e à natureza, como mãe forte que acolhe seus filhos. O arquétipo também se personifica na mãe humana, que é a sustentação do núcleo socio-familiar, um sinônimo, tal como a terra, de fertilidade e de nutrição. Assim, o autor cria um espaço mágico, composto pelas ações e pelas atitudes das mulheres em consonância com a natureza, para expressar a sua admiração, carinho, apreço e gratidão para com as mulheres, principalmente no seu papel de mãe. Entretanto, as atitudes das personagens femininas, que as transcendem como um modelo exemplar humano, não se restringem à afeição maternal, mas também à resiliência e à resistência, nos enfrentamentos cotidianos, perante os conflitos externos e internos, observados ao longo de todo o romance. Muitos deles surgidos em consequência do Colonialismo, mas também do androcentrismo dominante naquele mundo patriarcal, instigando a violência e a marginalização social e individual das mulheres. Sobre este pano de fundo, Couto representa as mulheres, constituindo-as com traços heroicos, com características atribuídas geralmente aos homens. A formação da narrativa em movimentos circulares, com o retorno final ao início dos tempos acompanha, no conteúdo e na forma, o instituto dos arquétipos e mitos como forma de conferir a sacralidade aos acontecimentos, desde os tempos arcaicos até os dias atuais. O trabalho é fundamentado em estudiosos dos mitos sagrados e arquétipos como Eliade, Campbell, Jung e Bolen, dentre outros, e também de estudiosos das ciências sociais como Home Bhabha e Vincent Khapoya.pt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.programPrograma de Pós-graduação em Estudos Literáriospt_BR
dc.sizeorduration1pt_BR
dc.subject.cnpqCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTESpt_BR
dc.identifier.doihttp://doi.org/10.14393/ufu.di2023.7057pt_BR
dc.crossref.doibatchide698fb7c-dedf-46c4-bf4e-149e35d0c172-
dc.subject.autorizadoLiteraturapt_BR
dc.subject.autorizadoCouto, Mia, 1955- - Crítica e interpretação-
dc.subject.autorizadoContos moçambicanos-
dc.subject.autorizadoCaracterísticas nacionais africanas-
Appears in Collections:DISSERTAÇÃO - Estudos Literários

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