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https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/37674
ORCID: | http://orcid.org/0009-0005-9269-3899 |
Tipo do documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
Título: | A feiticeira Maria de Freitas em A Estranha Nação de Rafael Mendes, de Moacyr Scliar |
Título(s) alternativo(s): | The sorceress Maria de Freitas in A Estranha Nação de Rafael Mendes, by Moacyr Scliar |
Autor(es): | Santos, Katiusce Aparecida Silva |
Primeiro orientador: | Pereira, Kênia Maria de Almeida |
Primeiro membro da banca: | Gabriel, Maria Alice Ribeiro |
Segundo membro da banca: | Arantes, Luiz Humberto Martins |
Resumo: | As feiticeiras são estigmatizadas no imaginário coletivo como seres maléficos que possuem intimidade com demônios. Temidas, são praticamente apagadas da história oficial, cabendo à literatura trazer à luz essas personagens que revelam o cotidiano do Brasil colonial: mulheres que foram acusadas, presas e condenadas pelo Tribunal do Santo Ofício da Inquisição. A feiticeira, durante centenas de anos, foi um dos médicos que o povo conhecia, e representava o medo do desconhecido e a perpetuação do paganismo. Milhares de mulheres consideradas praticantes de magia ou mesmo cristãs-novas foram queimadas nas fogueiras “santas”, em Portugal e no Brasil, entre os séculos XVI e XVIII. Nesse contexto de caça às bruxas, é analisada a personagem Maria de Freitas, da obra literária A estranha nação de Rafael Mendes (1983), de Moacyr Scliar. Em torno dessa personagem, apelidada jocosamente de Maria-Arde-lhe-o-Rabo e considerada herege, há todo um imaginário acerca da mulher como um dos agentes de Satã, se interligando às práticas de bruxaria tão comuns no Brasil Colônia. Tais práticas também conferiam a essas mulheres um lugar de destaque dentro da sociedade que ali se formava, além de lhes garantir os meios para seu sustento material. As reflexões desta dissertação de Mestrado estão ancoradas nos estudos de Anita Novinsky (2007), Laura de Mello e Souza (1986), Jules Michelet (1992), Ronaldo Vainfas (2010), Berta Waldman (2003), Kênia Pereira (2018), dentre outros, demonstrando a atualidade e a riqueza da produção scliariana. |
Abstract: | Witches are stigmatized in the collective imagination as evil beings who are intimate with demons. Feared, they are practically erased from official history, leaving it to literature to bring to light these characters who reveal the daily life of colonial Brazil: women who were accused, arrested and convicted by the Court of the Holy Office of the Inquisition. The sorceress, for hundreds of years, was one of the doctors known to the people, and represented the fear of the unknown and the perpetuation of paganism. Thousands of women considered to be practitioners of magic or even New Christians were burned in “holy” bonfires, in Portugal and Brazil, between the 16th and 18th centuries. In this context of witch hunts, the character Maria de Freitas, from the literary work The strange nation of Rafael Mendes (1983), by Moacyr Scliar, is analyzed. Around this character, jokingly nicknamed Maria-Arde-lhe-o-Rabo and considered a heretic, there is an entire imaginary about the woman as one of Satan’s agents, interconnecting with the practices of witchcraft so common in Colonial Brazil. Such practices also gave these women a prominent place within the society that was formed there, in addition to guaranteeing them the means for their material sustenance. The reflections of this Master’s dissertation are anchored in the studies of Anita Novinsky (2007), Laura de Mello e Souza (1986), Jules Michelet (1992), Ronaldo Vainfas (2010), Berta Waldman (2003), Kênia Pereira (2018), among others, demonstrating the relevance and richness of Sglia’s production. |
Palavras-chave: | Bruxas Witches Brasil colônia Colonial Brazil Moacyr Scliar Moacyr Scliar Feminino Female |
Área(s) do CNPq: | CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::LITERATURA BRASILEIRA |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editora: | Universidade Federal de Uberlândia |
Programa: | Programa de Pós-graduação em Estudos Literários |
Referência: | SANTOS, Katiusce Aparecida Silva. A feiticeira Maria de Freitas em A estranha nação de Rafael Mendes, de Moacyr Scliar. 2023. 107 f. Dissertação (Mestrado em Estudos Literários) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2023. DOI http://dx.doi.org/10.14393/ufu.di.2023.7036 |
Identificador do documento: | http://doi.org/10.14393/ufu.udi.2023.7036 |
URI: | https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/37674 |
Data de defesa: | 6-Mar-2023 |
Aparece nas coleções: | DISSERTAÇÃO - Estudos Literários |
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