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https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/37630
Tipo do documento: | Trabalho de Conclusão de Curso |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
Título: | Algas como fonte alternativa de proteínas e outros nutrientes para a alimentação humana: do cultivo à aplicação |
Autor(es): | Oliveira, Aila Vitória de |
Primeiro orientador: | Almeida, Flávia Souza |
Primeiro membro da banca: | Schmidt, Vívian Consuelo Reolon |
Segundo membro da banca: | Borges, Danielle Oliveira |
Resumo: | A alta demanda por recursos naturais, principalmente de água e áreas produtivas para a fabricação de produtos de origem animal, aponta que tais recursos são ineficientes para acompanhar o crescimento populacional. Logo, fontes alternativas de nutrientes, principalmente de proteínas, como insetos, plantas e algas podem ser utilizadas para o consumo humano, minimizando os impactos ambientais dos sistemas de produção alimentícios adotados atualmente. Neste contexto, esta revisão objetivou evidenciar a importância das algas como fonte alternativa de proteínas, reunindo informações que vão da produção à aplicação, ressaltando não somente os desafios no setor como também os benefícios do cultivo e consumo de algas. Notou-se que, além de apresentarem impactos mínimos ao meio ambiente, as algas (microalgas e macroalgas) se destacam, pois também detém altos teores proteicos (até ~ 70%) e outros compostos bioativos (como os carotenoides) em sua composição, o que pode impactar positivamente na saúde dos consumidores. Microalgas requerem cerca de duas vezes menos água se comparada à cadeia de produção da carne bovina, e quase 1.600 hectares a menos considerando a produção de 1 tonelada de proteína de Chlorella, em comparação à mesma quantidade de carne. Assim, estudos que compilem conhecimento acerca das etapas de produção, processamento e beneficiamento de algas servem para elucidar os benefícios da produção e consumo dessa fonte alternativa de proteína, auxiliando na divulgação do setor e atraindo investimentos, seja no âmbito científico, ou no cenário industrial alimentício. Este trabalho é, portanto, uma revisão, que traz informações acerca dos modos de cultivo e coleta de algas; análises de mercado e produção; métodos de extração proteica; benefícios à saúde; aplicações industriais e aspectos legislativos. Foi percebido que diferentes condições de cultivo e extração de compostos devem ser adotadas a depender do objetivo industrial. Também, notou-se que alguns dos países os quais mais possuem produtos com algas são também aqueles que mais produzem conhecimento na área. Outrossim, as espécies mais utilizadas são Arthospira platensis (Spirulina) e Chorella, o que pode ser explicado por características nutricionais, bem como elevada digestibilidade da biomassa de ambas. A respeito dos aspectos nutricionais das algas, estudos têm associado a presença de polissacarídeos, pigmentos, ácidos graxos de cadeia poli-insaturada e peptídeos a efeitos antiproliferativos, antioxidantes, antiinflamatórios e na saúde cardiovascular, respectivamente. Dos micronutrientes, destaca-se as quantidades de vitamina B12, deficitária principalmente em dietas veganas e vegetarianas. Algumas espécies de microalgas possuem até 100 vezes mais B12 se comparadas aos produtos de origem animal. Por fim, apesar dos potenciais destacados anteriormente, alguns empecilhos retardam o crescimento do mercado de algas. Por exemplo, ainda não existem legislações específicas na União Europeia, Estados Unidos e Brasil para a produção e comercialização de alimentos à base de algas. Logo, para nortear o setor, são considerados apenas fragmentos de documentações distintas, uma barreira para o desenvolvimento da indústria de algas. Com os diversos âmbitos de aplicação, as algas representam possíveis avanços na esfera científica, biotecnológica, industrial e da saúde, em um futuro no qual a sustentabilidade na produção de alimentos se torna uma realidade. |
Abstract: | The high demand for natural resources, mainly water and productive areas for the manufacture of animal-based products indicates that these resources are inefficient to keep up with the growth of the population. Therefore, alternative sources of nutrients, mainly proteins such as insects, plants and algae can be used for human consumption, minimizing the environmental impacts of food production systems currently adopted. In this context, this review aimed to point out the importance of algae as an alternative source of proteins, gathering information from production to application, highlighting not only the challenges in the sector but also the benefits of cultivation and consumption of algae. It was noted that, in addition to presenting minimal impacts on the environment, algae (microalgae and macroalgae) stand out because they also have high levels of protein (up to ~70%) and other bioactive compounds (such as carotenoids) in their composition, which can positively impact consumers’ health. Microalgae require about twice less water compared to the beef production chain, and almost 1600 hectares less considering the production of 1 ton of Chlorella protein, compared to the same amount of meat. Thus, studies that compile knowledge about the stages of production, processing and beneficiation of algae serve to elucidate the benefits of the production and consumption of this alternative source of protein, helping the dissemination of the sector and attracting investments, either in the scientific field or in the food industry scenario. This work is, therefore, a review that brings information about cultivation and collection of algae; market and production analysis; protein extraction methods; health benefits; industrial applications and regulation aspects. It was noticed that different conditions of cultivation and extraction of compounds must be adopted depending on the industrial aim. Also, it was observed that some of the countries that have more products with algae are also those that produce the most knowledge in the field. Furthermore, the most used species are Arthospira platensis (Spirulina) and Chlorella, which can be explained by their nutritional characteristics, as well as the high digestibility of their biomass. Regarding the nutritional aspects of algae, some studies have associated the presence of polysaccharides, pigments, polyunsaturated fatty acids and peptides with antiproliferative, antioxidant, anti-inflammatory and cardiovascular health effects, respectively. Of the micronutrients, the amounts of vitamin B12, deficient mainly in vegan and vegetarian diets, stands out. Some species of microalgae have up to 100 times more B12 compared to animal products. Finally, despite the potentials highlighted above, some obstacles have been slowing down the growth of the algae market. For example, there are still no specific regulations in the European Union, the United States and Brazil for the production and sale of algae-based foods. Therefore, to guide the sector, only fragments of different documents are taken into account, which is a step back to the development of the algae industry. Considering the different areas of application, algae represent possible advances in the scientific, biotechnological, industrial and health spheres, in a future where sustainability in food production becomes a reality. |
Palavras-chave: | Macroalga Microalga Extração de proteína Cultivo Aplicação industrial |
Área(s) do CNPq: | CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editora: | Universidade Federal de Uberlândia |
Referência: | OLIVEIRA, Aila Vitória de. Algas como fonte alternativa de proteínas e outros nutrientes para a alimentação humana: do cultivo à aplicação. 2022. 78 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Nutrição) – Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2023. |
URI: | https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/37630 |
Data de defesa: | 21-Nov-2022 |
Aparece nas coleções: | TCC - Nutrição |
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