Por favor, use este identificador para citar o enlazar este ítem: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/36855
ORCID:  http://orcid.org/0000-0003-3920-7706
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acceso: Acesso Aberto
Título: Avaliação do estado redox plasmático em pacientes com câncer através da determinação da capacidade oxidante e antioxidante total
Título (s) alternativo (s): Evaluation of plasma redox status in cancer patients through the total oxidant and antioxidant capacity
Autor: Oliveira, Clarissa Aires de
Primer orientador: Espindola, Foued Salmen
Primer miembro de la banca: Bernardino Neto, Morun
Segundo miembro de la banca: Teixeira, Renata Roland
Resumen: A Biologia ensina que todas as funções vitais são o efeito final de uma corrente elétrica gerada pelo sol, induzida pela estimulação de fotossensores específicos (por exemplo, clorofila) por radiação visível e ultravioleta. Essa evidência finalmente dá forma e substância ao que filósofos e cientistas, ao longo dos séculos, entenderam ou conceituaram como "fluxo vital". Considerando que uma corrente elétrica é uma passagem de elétrons e que a transferência de elétrons de uma espécie redutora para um oxidante define uma reação de oxidação-redução, podemos dizer que são os processos redox que, bem controlados, sustentam a vida, em todas as suas manifestações, ou torná-la mais difícil, por doença, quando fora de controle. De fato, processos redox, baseados na transferência de equivalentes redutores (elétrons isolados ou ligados a prótons, na forma de átomos de hidrogênio) entre determinadas espécies químicas, estruturalmente predispostas a isso, estão envolvidos em todos os fenômenos vitais, desde o controle de metabolismo à modulação do fluxo de informação. Portanto, os processos redox são os principais anéis bioquímicos de conjunção entre todos os organismos vivos, de procariontes a eucariotos, de plantas a animais, apesar das profundas diferenças estruturais e evolutivas. O desenvolvimento de técnicas cada vez mais sofisticadas, algumas das quais hoje nos permitem ver o desenvolvimento de algumas reações redox "in vivo", levou nos últimos anos à definição do conceito de sistema redox e, portanto, ao desenvolvimento da redoxômica moderna. O sistema redox é um sistema bioquímico onipresente com propósitos adaptativos que, em resposta a uma ampla gama de estímulos físicos, químicos ou biológicos, explora a troca de equivalentes redutores isolados entre espécies químicas oxidantes, alvos biológicos e espécies químicas redutoras para gerenciar via de sinalização ou de defesa essenciais para a sobrevivência. Em outras palavras, o sistema redox é o sistema bioquímico especializado no controle do estresse oxidativo. O estresse oxidativo é uma "declinação bioquímica" do fenômeno biológico mais geral do estresse, entendido como uma reação imediata a um evento ameaçador e potencialmente letal que, no caso específico do estresse emocional, visa predispor o sujeito à luta ou fuga. Se a resposta do sistema redox (por exemplo, aquela associada à membrana celular de granulócitos neutrófilos) for eficiente, a ameaça (por exemplo, uma infecção bacteriana) é prontamente neutralizada e o organismo sobrevive: eu-estresse oxidativo. Se, por outro lado, o sistema redox for incapaz de gerenciar a resposta (por exemplo, devido a deficiências genéticas, como observado na granulomatose crônica), o organismo pode adoecer ou até sucumbir (por exemplo, devido à sepse): di-estresse oxidativo. Assim como a manutenção de uma condição de eu-estresse oxidativo é desejável para promover ou recuperar um ótimo estado de bem-estar e, por conseguinte, alcançar um envelhecimento bem sucedido, também um di-estresse oxidativo pode favorecer o envelhecimento prematuro e/ou patológico, facilitando também o aparecimento ou agravamento de doenças metabólicas, inflamatórias e degenerativas, incluindo câncer. Portanto, enquanto o eu-estresse oxidativo deve ser favorecido ou, pelo menos, não combatido, o di-estresse oxidativo deve ser prevenido ou erradicado se já estiver em andamento. Infelizmente, o di-estresse oxidativo não é uma patologia no sentido convencional do termo, mas um fator de risco capaz de ameaçar o bem-estar de qualquer organismo vivo. Como tal, ao contrário de uma doença clássica, não origina nenhum quadro clínico específico, mas esconde-se por detrás do envelhecimento não fisiológico ou das patologias a que está associado, estimadas em pelo menos uma centena, das quais pode ser a causa ou a consequência. Portanto, uma condição de di-estresse oxidativo só pode ser evidenciada por meio de exames laboratoriais específicos, prerrogativa da redoxômica moderna. Alguns destes testes, como o teste de metabólitos reativos do oxigênio (d-ROMs) e o teste da capacidade antioxidante total (BAP), têm-se afirmado ao longo dos últimos 20 anos em vários países do mundo pela sua relação custo/benefício favorável, em termos de simplicidade de execução, desempenho analítico e, sobretudo, pela capacidade de evidenciar alterações ex vivo no funcionamento do sistema redox em condições clínicas específicas, que a literatura científica refere estar associada ao stress oxidativo. Falamos, em particular, do câncer. Neste contexto, o objetivo desta dissertação é apresentar uma visão original e atualizada do estresse oxidativo, não convencional, antinômica, entre radicais livres e antioxidantes, como parte de um trabalho de pesquisa igualmente original durante o qual, pela primeira vez, uma população de pacientes brasileiros, em sua situação clínica específica, foram submetidos à avaliação do balanço oxidativo plasmático por meio da determinação da capacidade oxidante total (teste d-ROMs) e do potencial antioxidante biológico (teste BAP). Para fins didáticos, este trabalho foi dividido em dois capítulos. O Capítulo 1 fornece uma visão geral da etiopatogenia do câncer à luz dos processos redox, em termos de mudanças no sistema redox e estresse oxidativo. Já o Capítulo 2 refere-se ao próprio estudo experimental que objetivou avaliar o status redox em um grupo de pacientes com câncer residentes no Brasil.
Abstract: Biology teaches that all vital functions are the final effect of an electric current generated by the sun, induced by the stimulation of specific photosensors (for example, chlorophyll) by visible and ultraviolet radiation. This evidence finally gives shape and substance to what philosophers and scientists over the centuries have understood or conceptualized as "vital flow." Considering that an electric current is a passage of electrons and that the transfer of electrons from a reducing species to an oxidant defines an oxidation-reduction reaction, we can say that it is the redox processes that, well controlled, sustain life, in all its forms. its manifestations, or make it more difficult, by illness, when out of control. In fact, redox processes, based on the transfer of reducing equivalents (isolated electrons or electrons linked to protons, in the form of hydrogen atoms) between certain chemical species, structurally predisposed to this, are involved in all vital phenomena, from metabolism control modulation of information flow. Therefore, redox processes are the main biochemical rings of conjunction between all living organisms, from prokaryotes to eukaryotes, from plants to animals, despite profound structural and evolutionary differences. The development of increasingly sophisticated techniques, some of which today allow us to see the development of some redox reactions "in vivo", has led in recent years to the definition of the concept of redox system and, therefore, to the development of modern redoxomics. The redox system is a ubiquitous biochemical system with adaptive purposes that, in response to a wide range of physical, chemical or biological stimuli, exploits the exchange of isolated reducing equivalents between oxidizing chemical species, biological targets and reducing chemical species to manage the signaling pathway. or defense essential for survival. In other words, the redox system is the biochemical system that specializes in controlling oxidative stress. Oxidative stress is a "biochemical declination" of the more general biological phenomenon of stress, understood as an immediate reaction to a threatening and potentially lethal event which, in the specific case of emotional stress, aims to predispose the subject to fight or flight. If the redox system response (eg, that associated with the cell membrane of neutrophilic granulocytes) is efficient, the threat (eg, a bacterial infection) is promptly neutralized, and the organism survives: oxidative eu-stress. If, on the other hand, the redox system is unable to manage the response (for example, due to genetic deficiencies, as seen in chronic granulomatosis), the organism may become ill or even succumb (for example, due to sepsis): distress oxidative. Just as maintaining a condition of oxidative eu-stress is desirable to promote or recover an optimal state of well-being and, therefore, achieve successful aging, also oxidative dys-stress can favor premature aging and/or pathological, also facilitating the appearance or worsening of metabolic, inflammatory and degenerative diseases, including cancer. Therefore, while oxidative eu-stress must be favored or at least not fought against, oxidative eu-stress must be prevented or eradicated if it is already underway. Therefore, a condition of oxidative stress can only be evidenced through specific laboratory tests, a prerogative of modern redoxomics. Some of these tests, such as the reactive oxygen metabolites (d-ROMs) test and the total antioxidant capacity (BAP) test, have established themselves over the last 20 years in several countries around the world due to their favorable cost/benefit ratio. , in terms of execution simplicity, analytical performance and, above all, the ability to show ex vivo alterations in the functioning of the redox system in specific clinical conditions, which the scientific literature refers to be associated with oxidative stress. We speak, in particular, of cancer. In this context, the aim of this dissertation is to present an original and up-to-date view of oxidative stress, unconventional, antinomic, between free radicals and antioxidants, as part of an equally original research work during which, for the first time, a population of patients Brazilians, in their specific clinical situation, were submitted to the evaluation of the plasmatic oxidative balance through the determination of the total oxidant capacity (d-ROMs test) and the biological antioxidant potential (BAP test). For didactic purposes, this work was divided into two chapters. Chapter 1 provides an overview of the etiopathogenesis of cancer in light of redox processes, in terms of changes in the redox system and oxidative stress. Chapter 2 refers to the experimental study that aimed to evaluate the redox status in a group of cancer patients residing in Brazil.
Palabras clave: Estresse oxidativo
Câncer
Estado redox
Capacidade antioxidante total
Metabólitos reativos do oxigênio
oxidative stress
BAP test
d-ROMs test
prognosis
Área (s) del CNPq: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS
Tema: Bioquímica
Reação de oxidação-redução
Câncer - Tratamento
Manifestações hematológicas de doenças
Idioma: por
País: Brasil
Editora: Universidade Federal de Uberlândia
Programa: Programa de Pós-graduação em Genética e Bioquímica
Cita: OLIVEIRA, Clarissa Aires de. Avaliação do estado redox plasmático em pacientes com câncer através da determinação da capacidade oxidante e antioxidante total. 2022. 101 f. Dissertação (Mestrado em Genética e Bioquímica) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2022. DOI http://doi.org/10.14393/ufu.di.2023.7009.
Identificador del documento: http://doi.org/10.14393/ufu.di.2023.7009
URI: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/36855
Fecha de defensa: 19-dic-2022
Aparece en las colecciones:DISSERTAÇÃO - Genética e Bioquímica

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