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ORCID:  http://orcid.org/0000-0002-1962-2729
Tipo do documento: Trabalho de Conclusão de Curso
Tipo de acesso: Acesso Embargado
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 United States
Término do embargo: 2025-09-20
Título: Violência incestuosa na infância: considerações psicanalíticas sobre o não-dito e o pacto denegativo na relação mãe-filha
Autor(es): Pires, Diego Gomes
Primeiro orientador: Neves, Anamaria Silva
Primeiro membro da banca: Menezes, Lucianne Sant'Anna De
Segundo membro da banca: Tachibana, Miriam
Resumo: A família, berço de diversas vivências, ainda se mostra na contemporaneidade como uma das principais instituições na constituição do sujeito. Palco dos ditos, não ditos, dos principais complexos e seus desfechos para a construção do psiquismo, cada família tem uma dinâmica que lhe é própria. A violência sexual infantil intrafamiliar envolve uma catástrofe na família por se consolidar no campo do violento, do traumático e por elucidar conflitos. Frente ao desvelamento da situação de violência, a literatura mostra que a mãe sofre desconfiança, é estigmatizada e, por vezes, é acusada de negligente ou cúmplice. A situação conflituosa é demarcada por ameaças e confusões devido aos vínculos afetivos estabelecidos com a criança violada e aquele que a violou. O presente trabalho teve como objetivo geral analisar o vínculo mãe-filha em situações de violência sexual intrafamiliar perpetrada pelo padrasto da criança, e o objetivo específico foi dar ênfase para os impasses frente ao desvelamento da violência e as ressonâncias afetivas familiares. Metodologicamente a pesquisa se pautou em um estudo de caso construído a partir de observações e atendimentos com mãe e filha atendidas no ambulatório Núcleo de Atendimento às Vítimas de Agressão Sexual (NUAVIDAS), localizado no Hospital de Clínicas Universitário da Universidade Federal de Uberlândia (HCU-UFU). A análise do caso de uma criança violentada sexualmente pelo padrasto, que chegou até o ambulatório acompanhada por sua mãe, permitiu demarcar alguns pontos de intepretação, como o constante silêncio da criança e as dificuldades da mãe em ouvir sobre a violência e acreditar nos relatos da filha. A partir de premissas da psicanálise encontrou-se formas de pensar o silêncio da criança como uma resposta à condição traumática advinda da violência, bem como a ausência de representações para dar nome ao ocorrido. O silenciamento aparece também como sintoma da mãe, que viveu situações de violências físicas e verbais dos ex-maridos com quem conviveu. Os conceitos de herança psíquica, alianças inconscientes e não-dito ajudaram a compreender o pacto denegativo que se construiu sobre a violência sexual na tentativa de proteger mãe e filha dos insuportáveis vividos.
Palavras-chave: Violência sexual intrafamiliar
Psicanálise
Família
Mãe-Filha
Área(s) do CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA
Idioma: por
País: Brasil
Editora: Universidade Federal de Uberlândia
Referência: PIRES, Diego Gomes. Violência incestuosa na infância: considerações psicanalíticas sobre o não-dito e o pacto denegativo na relação mãe-filha. 2021. 40 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Psicologia). Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2021.
URI: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/32895
Data de defesa: 20-Set-2021
Aparece nas coleções:TCC - Psicologia

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