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ORCID:  http://orcid.org/0000-0002-1035-0886
Tipo do documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Título: Ensaios sobre desempenho socioeconômico, complexidade econômica e performance ambiental
Título(s) alternativo(s): Assays on socioeconomic performance, economic complexity and environmental performance
Autor(es): Simões, Marcelo Silva
Primeiro orientador: Andrade, Daniel Caixeta
Primeiro membro da banca: Saiani, Carlos Cesar Santejo
Segundo membro da banca: Avellar, Ana Paula Macedo de
Terceiro membro da banca: Romeiro, Ademar Ribeiro
Quarto membro da banca: Young, Carlos Eduardo Frickmann
Resumo: Esta tese é dedicada à investigação das relações entre economia e meio ambiente pelo debate entre desempenho socioeconômico, complexidade econômica e performance ambiental. Busca-se uma perspectiva transdisciplinar, que envolva contribuições das escolas da teoria dos sistemas, institucionalista, evolucionária, econômico-ecológica e pós-keynesiana. Neste sentido, o primeiro ensaio é dedicado à definição do arcabouço teórico-analítico em que se entende as complexidades das relações reais entre economia e o meio ambiente. O esforço em concatenar as contribuições teóricas que facilitam a análise da realidade destas relações é fundamental para se conseguir formatar uma visão holística capaz de interpretar os resultados empíricos e as propostas de políticas públicas que vêm a seguir. O segundo ensaio tem como objetivo avaliar empiricamente o papel da complexidade econômica como melhoria da performance ambiental. Adicionalmente, discute-se a respeito do conceito de decoupling em suas dimensões de impacto e de recursos. Parte-se da hipótese de que a complexidade econômica tem diferentes impactos em termos de velocidade de ocorrência quando se leva em consideração estas duas dimensões do conceito. O teste empírico envolveu dados anuais para um conjunto de 115 países para o período de 1995 a 2015, perfazendo a estrutura de um painel de dados curto. Optou-se pela estratégia de subdividir a base de dados em duas partes: países mais complexos e países menos complexos. De modo geral, para os países mais complexos, a tendência do decoupling de recursos e de impacto ocorre de forma mais uniforme e de modo mais robusto na descarbonização da economia. Por outro lado, o comportamento para os países menos complexos foi o inverso: maior facilidade no decoupling de recursos e maior intensificação nas variáveis de impacto. O terceiro ensaio cuidou de realizar o diagnóstico sobre a insuficiência do decoupling como instrumento de alcance eficaz da transição para uma economia de baixo carbono adequado aos limites ecossistêmicos, em especial, em relação às metas do Acordo de Paris. Estruturou-se uma proposta de uma estratégia de desenvolvimento que é compatível com a busca pela suficiência das necessidades humanas básicas e dignidade de liberdade de escolhas, em um cenário mais realista de necessidade de redução da demanda final de uso de energia para se conseguir limitar o aquecimento global a 1,5ºC até 2100, a partir de políticas macroeconômicas dentro do arcabouço pós-keynesiano que englobam a noção da sustentabilidade ambiental, e de políticas microeconômicas – em especial, “industriais verdes” – que possibilitem a atuação do Estado e da iniciativa privada em uma “estratégia de complexificação verde”. Assim, os países em desenvolvimento, menos complexos, teriam um “atalho” para alcançar a prosperidade socioeconômica, com menor intensidade de degradação ambiental e respeito aos limites ecossistêmicos.
Abstract: This thesis is dedicated to the investigation of the relationships between economy and environment through the debate of socioeconomic development, economic complexity and environmental performance. A transdisciplinary perspective is sought, involving contributions from schools of systems theory, institutionalist, evolutionary, economic-ecological and post-Keynesianism. The first essay is dedicated to the definition of the theoretical-analytical framework in which the complexities of the real relations between economy and the environment are understood. The effort to concatenate the theoretical contributions that facilitate the analysis of the reality of these relationships is fundamental to be able to format a holistic view capable of interpreting the empirical results and the proposals for public policies that follow. The second essay aims to empirically assess the role of economic complexity as an improvement in environmental performance. Additionally, it discusses the concept of decoupling in its impact and resource dimensions. We start from the hypothesis that economic complexity has different impacts in terms of speed of occurrence when these two dimensions of the concept are taken into account. The empirical test involved annual data for a set of 115 countries for the period 1995-2015, making up the structure of a short data panel. We opted for the strategy of subdividing the database into two parts: more complex countries and less complex countries. In general, for the more complex countries, the trend towards decoupling resources and impact occurs more uniformly and more robustly in the decarbonization of the economy. On the other hand, the behavior for less complex countries was the opposite: greater ease in decoupling resources and greater intensification of impact variables. The third essay was responsible for diagnosing the inadequacy of decoupling as an effective instrument for achieving the transition to a low-carbon economy suited to ecosystem limits, in particular, in relation to the goals of the Paris Agreement. A proposal for a development strategy was structured that is compatible with the search for sufficiency of basic human needs and dignity of freedom of choice, in a more realistic scenario of the need to reduce the final demand for energy use in order to limit the global warming at 1.5ºC by 2100, from macroeconomic policies within the post-Keynesian framework that encompass the notion of environmental sustainability, and microeconomic policies - in particular, "green industrial" - that enable the performance of the State and the initiative in a “green complexification strategy”. Thus, developing countries, less complex, would have a “shortcut” to achieve socioeconomic prosperity, with less intensity of environmental degradation and respect for ecosystem limits.
Palavras-chave: desempenho econômico
performance ambiental
complexidade econômica
decoupling
economia ecológica
Antropoceno
economic performance
environmental performance
economic complexity
ecological economics
anthropocene
Área(s) do CNPq: CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::ECONOMIA::ECONOMIAS AGRARIA E DOS RECURSOS NATURAIS::ECONOMIA DOS RECURSOS NATURAIS
Assunto: Economia
Idioma: por
País: Brasil
Editora: Universidade Federal de Uberlândia
Programa: Programa de Pós-graduação em Economia
Referência: SIMÕES, Marcelo Silva. Ensaios sobre desempenho socioeconômico, complexidade econômica e performance ambiental. 236 f. Tese (Doutorado em Economia) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2021. DOI: http://doi.org/10.14393/ufu.te.2021.436.
Identificador do documento: http://doi.org/10.14393/ufu.te.2021.436
URI: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/32854
Data de defesa: 25-Ago-2021
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