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dc.creatorLima, Marcus Vinícius Lessa de-
dc.date.accessioned2021-07-22T19:04:06Z-
dc.date.available2021-07-22T19:04:06Z-
dc.date.issued2021-05-31-
dc.identifier.citationLIMA, Marcus Vinícius Lessa de. Uma verdade meramente sensível: ensaio sobre a modéstia da crítica literária. 2021. 273 f. Dissertação (Mestrado em Estudos Literários) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2021. DOI http://doi.org/10.14393/ufu.di.2021.5531.pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufu.br/handle/123456789/32507-
dc.description.abstractThe accumulation of texts is constant throughout the life of readers (“reading lives”). We stack our heaps of postponed reading material based on the circumstances under which we discover new texts, and based also on the paths we tread before abandoning them to our future efforts. A foreword on the theme aims at random encounters that reshape reader’s text heaps. Here, the readers are represented at first by narrators and characters inhabiting Jorge Luis Borges’ fiction works. Alongside is Zenobia, one among the stages on the Invisible Cities by Italo Calvino. This city is described by the narrator Marco Polo in a way that could match an excellent metaphorical model of the somewhat disorderly paths that the readers travel. From there on, two books will provide substance for further thoughts on the event of reading: Marília Garcia’s Parque das ruínas and Rui Pires Cabral’s Manual do condutor de máquinas sombrias. Reading will appear as a sort of unrepeatable and inexpressible personal situation, but even then charged of meaning beforehand. Once the act of reading meets its end, that is, once the present of reading is exhausted, it tends to an interpretation that will be negotiated collectively. For those two books one valid question is: at what extension a meta-poetical interpretation bases itself on the degree poetry is turned into a theme with considerable evidence? That’s the case of Parque das ruínas. Still the readers might intervene and be capable of accomplishing a similar interpretation another way, in the form of a very particular and thoughtful effort: it’s a possible scenario for Rui Pires Cabral’s book. After that, an approach more attentive to empirical readers will ponder on ways of relating literary readership and those types of writing that discuss literature. For the habitual reader of literary works, would it be possible that, on the instance of writing, the research on literature rely on the same creative resources of its own object? If so, how could that take place? Does literature and the texts that discuss it (criticism, cultural journalism, publicity) maintain “at stack” the criteria that organize their very own arrangement? If so, are they capable of dilating the range of reader’s interpretations as well? What does it mean to consider the reader as a coauthor of the literary text? Is there a thing of risk, maybe even of impending danger, in the activity of reading literature? Towards what type of truth (or inciting to search for it) the literary works may impel their readers? While trying some answers, criticism meets the essay and practices diverse approaches of incorporating literary resources into the varieties of critical commentary. In addition to those authors already mentioned, the essay encounters many other poets and fiction writers, such as Ida Vitale, Vergílio Ferreira, Leonardo Fróes, Ruy Proença, Maria Gabriela Llansol, Alberto Pimenta, Hayan Charara, Ricardo Aleixo, Alejandra Pizarnik, Ricardo Piglia, John Keats and William Butler Yeats, as well as two film directors, Joris Ivens and Marceline Loridan-Ivens. Encounters, moreover, ideas presented by Joana Matos Frias, Roland Barthes, Jean-Luc Nancy, Jorge Larrosa, Silvina Rodrigues Lopes, Marcos Siscar, Eneida Maria de Souza, Leyla Perrone-Moisés, Guilherme Gontijo Flores, Alexandre Nodari, Johan Huizinga, Jacques Rancière, Paul Zumthor, Victor Chklóvski, Hans Robert Jauss, Wolfgang Iser, Umberto Eco, Samuel Taylor Coleridge, Francis Ponge, among others. The main idea defended, predictable since the very title of the essay, consists in that the reading of literary works produces some sort of sensitive truth, hence contingent and impossible to share with others in its wholeness. The principal outcome of considering so is the need of raising the question of what goals literary criticism can set to itself and under what figure should its writings be presented to the public.pt_BR
dc.description.sponsorshipCAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superiorpt_BR
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal de Uberlândiapt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/us/*
dc.subjectLeiturapt_BR
dc.subjectReadingpt_BR
dc.subjectVidas leitoraspt_BR
dc.subjectReading livespt_BR
dc.subjectVerdade sensívelpt_BR
dc.subjectSensitive truthpt_BR
dc.subjectEnsaiopt_BR
dc.subjectEssaypt_BR
dc.subjectCrítica literáriapt_BR
dc.subjectLiterary criticismpt_BR
dc.subjectLiteraturapt_BR
dc.subjectLiteraturept_BR
dc.titleUma verdade meramente sensível: ensaio sobre a modéstia da crítica literáriapt_BR
dc.title.alternativeA merely sensitive truth: an essay on the modesty of literary criticismpt_BR
dc.title.alternativeUna verdad meramente sensible: ensayo sobre la modestia de la crítica literariapt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.contributor.advisor1Gama-Khalil, Marisa Martins-
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/9430138689219946pt_BR
dc.contributor.referee1Fernandes Júnior, Antônio-
dc.contributor.referee1Latteshttp://lattes.cnpq.br/9030434824436730pt_BR
dc.contributor.referee2Soares, Leonardo Francisco-
dc.contributor.referee2Latteshttp://lattes.cnpq.br/8507310300864306pt_BR
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/2661130552700420pt_BR
dc.description.degreenameDissertação (Mestrado)pt_BR
dc.description.resumoO acúmulo de textos é uma constante ao longo das vidas leitoras. Formamos nossas pilhas de leituras adiadas a partir das circunstâncias de nosso encontro com novos textos e do trajeto que percorremos até abandoná-los para exploração futura. Uma primeira aproximação ao tema se baseia nos acasos que reorganizam as pilhas de textos dos leitores, representados aqui, inicialmente, por narradores e personagens da ficção de Jorge Luis Borges. Junto a eles aparece Zenóbia, um dos cenários ficcionais n’As cidades invisíveis de Italo Calvino. A descrição dessa cidade pelo narrador de Calvino, Marco Polo, é capaz de oferecer um excelente modelo metafórico dos caminhos algo desordenados que uma vida leitora percorre. Daí em diante, dois livros darão lastro para um pensamento sobre o evento da leitura: o Parque das ruínas, de Marília Garcia, e o Manual do condutor de máquinas sombrias, de Rui Pires Cabral. A leitura é tratada como situação irrepetível e indizivelmente pessoal, mas já carregada de sentidos prefigurados. Uma vez que o ato de ler chegue ao fim, isto é, uma vez que o presente da leitura se esgote, ela tende à negociação coletiva da interpretação. Para aqueles dois livros, uma pergunta a se fazer é: o quanto uma interpretação metapoética se apoia no grau de explicitude com que a poesia se torna tema? É o caso do Parque das ruínas. Mas nem por isso a intervenção leitora se torna incapaz de alcançar resultados similares, de outra forma, por meio duma formulação interpretativa refletida e particular: é um caso possível para o Manual de Rui Pires Cabral. A partir daí, com uma atenção maior depositada na figura do leitor empírico, o olhar recai sobre os modos de relação entre a leitura literária e a escrita que se faz a respeito da literatura. É possível que a redação de uma pesquisa voltada à literatura, levada a cabo por alguém que é seu leitor habitual, se aproxime do texto literário em termos de recursos criativos? Se sim, de que modo fazê-lo? A literatura e os textos que tratam dela (críticos, jornalísticos, publicitários) mantêm “em jogo” os critérios que norteiam a eles próprios? Caso afirmativo, são capazes de dilatar também o alcance das interpretações feitas por seus leitores? O que significa considerar o leitor um coautor do texto literário que lê? Existe algo de arriscado, talvez até mesmo um perigo iminente, na atividade de ler literatura? Que tipo de verdade, ou de incitação a buscá-la os textos literários podem desdobrar a seus leitores? Ao testar respostas, a escrita crítica encontra a escrita ensaística, exercitando diversos modos de incorporação dos recursos literários e das variedades de comentário sobre os textos. Além dos autores já citados, o ensaio passa por diversos poetas e ficcionistas, como Ida Vitale, Vergílio Ferreira, Leonardo Fróes, Ruy Proença, Maria Gabriela Llansol, Alberto Pimenta, Hayan Charara, Ricardo Aleixo, Alejandra Pizarnik, Ricardo Piglia, John Keats e William Butler Yeats, além dos cineastas Joris Ivens e Marceline Loridan-Ivens. Se encontra também com ideias apresentadas por Joana Matos Frias, Roland Barthes, Jean-Luc Nancy, Jorge Larrosa, Silvina Rodrigues Lopes, Marcos Siscar, Eneida Maria de Souza, Leyla Perrone-Moisés, Guilherme Gontijo Flores, Alexandre Nodari, Johan Huizinga, Jacques Rancière, Paul Zumthor, Victor Chklóvski, Hans Robert Jauss, Wolfgang Iser, Umberto Eco, Samuel Taylor Coleridge, Francis Ponge, dentre outros. Previsível desde o título, a ideia principal deste ensaio é que a leitura literária produz uma verdade sensível, portanto contingencial e não compartilhável em sua totalidade. Pensá-la traz como consequência levantar a questão dos objetivos da crítica literária e do modo como ela apresenta seus textos ao público leitor.pt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.programPrograma de Pós-graduação em Estudos Literáriospt_BR
dc.sizeorduration273pt_BR
dc.subject.cnpqCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::TEORIA LITERARIApt_BR
dc.identifier.doihttp://doi.org/10.14393/ufu.di.2021.5531pt_BR
dc.orcid.putcode97384025-
dc.crossref.doibatchidd6753981-8e41-42fb-9dfa-f52cb5852ff1-
dc.subject.autorizadoLiteraturapt_BR
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