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Tipo do documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Título: Risorgimento, americanismo e fordismo: o conceito de revolução passiva como categoria interpretativa da modernização no mundo da produção capitalista
Título(s) alternativo(s): Risorgimento, americanism and fordism: the concept of passive revolution as an interpretive category of modernization in the world of capitalist production
Autor(es): Nicodemos, Carlos Eduardo
Primeiro orientador: Said, Ana Maria
Primeiro membro da banca: Schlesener, Anita Helena
Segundo membro da banca: Fresu, Giovanni
Resumo: A presente dissertação é um estudo do Risorgimento, americanismo e fascismo à luz dos conceitos do filósofo italiano, Antonio Gramsci (1891 – 1937). Nesta pesquisa investigou-se como esses eventos interconectam com todo arcabouço intelectual desenvolvido pelo filósofo, principalmente, com os conceitos de hegemonia e revolução passiva. Para esse fim, a metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica e documental, bem como livros de pesquisadores e artigos. Nesses limites, fixamo-nos na pesquisa, obras escritas antes e depois do período em que o autor esteve preso (1926 – 1937), sendo as principais fontes: os Escritos políticos e os Cadernos do cárcere. Gramsci caracteriza o Risorgimento, o americanismo e o fascismo, no conceito interpretativo conhecido por revolução passiva. Mesmo que distintos, os fenômenos se interconectam a partir do critério histórico-político de análise. Igualmente, o conceito de revolução passiva interconecta-se com o de hegemonia, guerra de posição, transformismo e subalternidade. Assim, é correto afirmar que o Risorgimento foi a resposta dada pelas classes dirigentes tradicionais italianas, sob a hegemonia dos Moderados, na busca por unificar a Itália, sem grandes abalos na estrutura de classes, herdeiras de resíduos feudais. Os Moderados, sob a influência de Cavour (1810 – 1861), conduziram a unificação da península, bem como a aplicação das relações burguesas na estrutura econômica italiana, sem passar por uma revolução ativa, como a desencadeada na França, sob a tutela radical dos jacobinos. Por outro lado, em conjunturas diferentes, o americanismo e o fascismo são respostas ao processo revolucionário iniciado com a Revolução Bolchevique (1917), como, também, pela “crise orgânica” aberta pela I Guerra Mundial. Neste contexto, a hegemonia das classes dominantes estava fragmentada, sendo que as duas forças sociais, a burguesia e o proletariado, disputavam a direção econômico-cultural no mundo ocidental. Mas, a corrida pela hegemonia se dava de modo desigual, onde as classes dominantes possuíam inesgotáveis mecanismos para a manutenção da sua dominação; por outro lado, as classes dominadas deveriam se unificar para poderem conquistar a hegemonia produtiva, enterrando, assim, o modo de produção capitalista em conjunto com as suas relações de classes. Portanto, nessas condições, as classes dominantes utilizaram as revoluções passivas para reforçarem a sua direção fragilizada, retomando o consenso, e desarticulando as classes subalternas em processo de sublevação social. Assim, este estudo apresenta os conceitos centrais da análise de Gramsci, pretendendo compreender as reais causas que levaram ao Risorgimento, como, décadas depois, aos outros dois eventos burgueses — americanismo e o fascismo —, que mudou a face das lutas de classes ocidentais para sempre.
Abstract: This dissertation is a study of Risorgimento, Americanism and fascism in the light of the concepts of the italian philosopher Antonio Gramsci (1891 – 1937). In this research it was investigated how these events interconnect with all intellectual frameworks developed by the philosopher, mainly, with the concepts of hegemony and passive revolution. For this purpose, the methodology used was bibliographic and documentary research, as well as books by researchers and articles. Within these limits, we focus on research, works written before and after the period in which the author was imprisoned (1926 – 1937), being the main sources: “Political Writings” and Prison Notebooks. Gramsci characterizes Risorgimento, Americanism and fascism, in the interpretive concept known as passive revolution. Although distinct, the phenomena are interconnected based on the historical-political criterion of analyses. Likewise, the concept of passive revolution is interconnected with of hegemony, war of position, transformation and subordination. Thus, it is correct to say that the Risorgimento was the answer given by the traditional italian ruling classes, under the hegemony of the Moderates, in the quest to unify Italy, without major shakes in the class structure, heirs of feudal residues. The Moderates, under the influence of Cavour (1810 – 1861), led the unification of the peninsula, as well as the application of bourgeois relations in the italian economic structure, without going through an active revolution, such as the one unleashed in France, under the radical tutelage of the Jacobins. On the other hand, in different circumstances, Americanism and fascism are responses to the revolutionary process started with the Bolshevik Revolution (1917), as well as to the “organic crises” opened by World War I. In this context, the hegemony of the ruling classes was fragmented, with the two social forces, the bourgeoisie and the proletariat, disputing the economic-cultural in the Western World. However, the race for hegemony was uneven, where the ruling classes had inexhaustible mechanisms for maintaining their domination; on the other land, the dominated classes should unify themselves in order to conquer productive hegemony, thus burying the capitalist mode of production together with their class relations. Therefore, in these conditions, the ruling classes used passive revolutions to reinforce the weakened leadership, resuming consensus, and dismantling the subordinate classes in the process of social upheaval. Thus, this study presents the central concept of Gramsci’s analysis, intending to understand the real causes that led to Risorgimento, as, decades later, to the other two bourgeois events – Americanism and fascism –, which changed the face of the struggles of Western classes to ever.
Palavras-chave: Risorgimento
Americanismo
Fascismo
Revolução passiva
Hegemonia
Partido político
Luta de classes
Subalternos
Crise orgânica
Risorgimento
Americanism
Fascism
Passive revolution
Hegemony
Political party
Class struggles
Subordinates
Organic crises
Área(s) do CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS
Assunto: Filosofia
Idioma: por
País: Brasil
Editora: Universidade Federal de Uberlândia
Programa: Programa de Pós-graduação em Filosofia
Referência: NICODEMOS, Carlos Eduardo. Risorgimento, Americanismo e fascismo: o conceito de revolução passiva como categoria interpretativa da modernização no mundo da produção capitalista. 2021. 140 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2021. DOI http://doi.org/10.14393/ufu.di.2021.6032
Identificador do documento: http://doi.org/10.14393/ufu.di.2021.6032
URI: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/31735
Data de defesa: 24-Fev-2021
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