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https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/29291
Tipo do documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
Título: | Gênero e branquitude: representações docentes no Brasil |
Título(s) alternativo(s): | Gender and branchitude: teaching representations in Brazil |
Autor(es): | Nunes, Ana Tereza da Silva |
Primeiro orientador: | Danelon, Márcio |
Primeiro membro da banca: | Almeida, Ivete Batista da Silva |
Segundo membro da banca: | Gonzaga, Yone Maria |
Resumo: | A discussão se articula a partir das noções de patriarcado e colonialidade em relação à naturalização de uma ordem hegemônica reafirmada em desvalores sociais de gênero, raça e classe perpetrados nas práticas e teorias constituintes e mantenedoras do campo da Educação no Brasil. Considerando as interseccionalidades de gênero e raça nas estratificações de classes como estruturantes de nossas experiências, as reflexões quanto ao campo da Educação brasileiro desvelam ideais políticos pedagógicos definidos por uma norma eurocentrada, (hétero) patriarcal, associada à branquitude e conservação de colonialidade dos saberes e poderes em exercício. Tais relações produzem e reproduzem hierarquias valorativas conformadoras de um capital simbólico de gênero negativado, que atua concomitante e articulado à racialização assimétrica de nossas representações identitárias, indissociadas de um capital racial arbitrário, considerando reminiscências de uma sociedade colonialista e escravagista em sua gênese. Essa ordem socialmente reconhecida, enquanto permanente mercado de trocas simbólicas segrega as mulheres, ao mesmo tempo em que as segmenta também entre si, por condicionantes historicamente garantidos em capitais simbólicos distintos e distintivos que promovem a incorporação das categorias gênero e raça enquanto produtoras de posições e representações de desvalor social que se atualizam no tempo. A exploração do conceito de branquitude em relação ao campo da Educação brasileiro, e quanto aos processos de feminização da docência escolar, teórica e empiricamente, questiona a conservação de privilégios de raça e classe intragênero nos sistemas formais de ensino, bem como permite questionar os sentidos de uma feminização do magistério como possível reforço sistematizado de normas hegemônicas pela reprodução de desigualdades de gênero, raça e classe institucionalizadas por um paradigma educacional fundado em dominação. O trabalho de campo se deu a partir de entrevistas realizadas com professoras da educação básica, no município de São Gotardo, pensando o recorte e seleção das interlocutoras a partir da condição de gênero feminino, cis, e articulando as experiências das mesmas às questões reflexivas propostas na pesquisa quanto à formação e inserção docente nas trajetórias narradas. |
Abstract: | The discussion is based on the notions of patriarchy and coloniality in relation to the naturalization of a hegemonic order reaffirmed in social devaluations of gender, race and class perpetrated in the practices and theories that support and maintain the field of education in Brazil. Considering the intersectionalities of gender and race in class stratifications as structuring of our experiences, the reflections on the field of Brazilian Education unveil pedagogical political ideals defined by a Eurocentered (straight) patriarchal norm, associated with the whiteness and conservation of coloniality of knowledge and knowledge. powers in exercise. Such relations produce and reproduce value hierarchies that conform to a negative gender symbolic capital, which acts concurrently and articulated with the asymmetric racialization of our identity representations, inseparable from an arbitrary racial capital, considering reminiscences of a colonialist and slave society in its genesis. This socially recognized order, as a permanent market for symbolic exchanges, segregates women, while also segmenting them among themselves, by historically guaranteed constraints in distinctive and distinctive symbolic capitals that promote the incorporation of gender and race categories as producers of positions and representations of social devaluation that update in time. The exploration of the concept of whiteness in relation to the field of Brazilian Education, and regarding the feminization processes of school teaching, theoretically and empirically, questions the preservation of race and intragender class privileges in formal education systems, as well as allows to question the senses. of a feminization of teaching as a possible systematized reinforcement of hegemonic norms by the reproduction of gender, race and class inequalities institutionalized by an educational paradigm founded on domination. The fieldwork was based on interviews with teachers of basic education in the city of São Gotardo, thinking about the cutting and selection of interlocutors from the condition of female gender, cis, and articulating their experiences to the proposed reflective questions. in research regarding teacher education and insertion in narrated trajectories. |
Palavras-chave: | Gênero Branquitude Docência Gender Whiteness Teaching |
Área(s) do CNPq: | CNPQ::CIENCIAS HUMANAS CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO::FUNDAMENTOS DA EDUCACAO CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::HISTORIA::HISTORIA DO BRASIL CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO::FUNDAMENTOS DA EDUCACAO::SOCIOLOGIA DA EDUCACAO CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editora: | Universidade Federal de Uberlândia |
Programa: | Programa de Pós-graduação em Educação |
Referência: | NUNES, Ana Tereza da Silva. Gênero e branquitude: representações docentes no Brasil. 2019. 354 f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2019. DOI http://dx.doi.org/10.14393/ufu.di.2019.2426. |
Identificador do documento: | http://dx.doi.org/10.14393/ufu.di.2019.2426 |
URI: | https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/29291 |
Data de defesa: | 19-Ago-2019 |
Aparece nas coleções: | DISSERTAÇÃO - Educação |
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