Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/29192
ORCID:  http://orcid.org/0000-0003-3101-3894
Tipo do documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Término do embargo: 2022-02-14
Título: Prevalência do aleitamento materno exclusivo e sua associação com trabalho materno em países da América Latina
Título(s) alternativo(s): Prevalence of exclusive breastfeeding and the association with maternal work in countries of Latin America
Autor(es): Santos, Marília Neves
Primeiro orientador: Rinaldi, Ana Elisa Madalena
Primeiro coorientador: Azeredo, Catarina Machado
Primeiro membro da banca: Silva, Luciana Saraiva
Segundo membro da banca: Carvalhaes, Maria Antonieta de Barros Leite
Resumo: Introdução: As políticas que garantem às mulheres uma pausa no trabalho por pelo menos seis meses após o parto aumentam a probabilidade de aleitamento materno exclusivo (AME) pelo mesmo período. Para mulheres que trabalham fora do lar, o retorno ao trabalho representa um momento determinante que pode interferir diretamente na exclusividade e na continuidade ou não da amamentação. A maioria dos países da América Latina desenvolveu suas legislações de proteção à maternidade entre 1940 e 1970, porém ainda necessitam de aprimoramento. Objetivo: Analisar a prevalência do AME e sua associação com trabalho materno na América Latina. Métodos: Estudo transversal, realizado com dados das Pesquisas de Demografia e Saúde realizadas na Bolívia(2008), Brasil(2006), Colômbia(2010), Guatemala(2015), Haiti(2017), Honduras(2011), Peru(2011) e República Dominicana(2007). A amostra foi composta por crianças vivas menores de seis meses e suas respectivas mães. O desfecho foi a situação do AME(sim/não) e as principais variáveis preditoras foram trabalho materno atual (sim/não), tipo de ocupação (gerencial; administrativo; vendas; agricultura; doméstica; trabalho manual) e modalidade do trabalho (formal/informal). Informações sobre licença maternidade foram coletadas a partir de documentos e legislações trabalhistas específicas de cada país. A associação entre AME e trabalho foi realizada por regressão de Poisson, ajustada por escolaridade materna, presença do companheiro, local de residência, idade materna, tipo de parto, primiparidade, índice de riqueza e aleitamento materno na primeira hora. Resultados: A prevalência de AME foi de 58,0% na Bolívia, 41,1% no Brasil, 39,2% na Colômbia, 50,8% na Guatemala, 39,7% no Haiti, 31,1% em Honduras, 68,1% no Peru e 7,6% na República Dominicana. O percentual de mulheres que declarou trabalhar no momento da entrevista foi de 46,1% na Bolívia, 24,1% no Brasil, 28% na Colômbia, 19,5% na Guatemala, 21,3% no Haiti, 23,3% em Honduras, 35,4% no Peru e 19,1% na República Dominicana. Dentre as mulheres que declararam trabalhar, o percentual de mulheres em trabalho formal foi de 43,9% na Bolívia, 87,4% na Colômbia, 60,5% na Guatemala, 83,3% no Haiti, 72,2% em Honduras, 56,8% no Peru e 64,7% na República Dominicana. O tipo de ocupação mais prevalente foi na área de vendas, exceto na Bolívia, onde a maioria trabalha na agricultura. A licença maternidade variou de 12 a 18 semanas nesses países. O trabalho materno se associou negativamente com AME na Guatemala (RP=0,80; IC95%=0,64;0,98), Haiti (RP=0,68;IC95%=0,51;0,90) e Honduras (RP=0,65;IC95%= 0,46;0,91). Esses três países possuíam o menor tempo de licença maternidade, sendo que na Guatemala e em Honduras, 2/3 do subsídio era de responsabilidade da seguridade social e 1/3 do empregador. No Haiti, 100% do subsídio era de responsabilidade do empregador. O trabalho informal se associou negativamente com AME em Honduras (RP=0,74;IC95%=0,55;0,99). Quanto à modalidade de emprego, o trabalho doméstico se associou negativamente ao AME na República Dominicana (RP=0,28;IC95%=0,08;0,93). Conclusão: A prevalência de AME foi inferior para mulheres que estavam trabalhando em três países da América Latina, que também apresentaram menores durações da licença maternidade. O trabalho materno na economia informal precisa ser melhor investigado haja vista que esta modalidade de emprego esteve associada negativamente ao AME em um dos países analisados.
Abstract: Introduction: Policies that guarantee women a break from work for at least six months after delivery increase the probability of exclusive breastfeeding for the same period. For women who work outside home, the return to work represents a determining moment that can directly interfere with the exclusivity and continuity or not breastfeeding. Most countries in Latin America developed their maternity protection laws between 1940 and 1970, but they still need improvement. Objective: To analyze the prevalence of EBF and the association with maternal work in Latin America. Methods: Cross-sectional study, conducted with data from the Demography and Health Surveys carried out in Bolivia(2008), Brazil(2006), Colombia(2010), Guatemala(2015), Haiti(2017), Honduras(2011), Peru(2011) and Dominican Republic(2007). The sample consisted of live children under six months of age and their mothers. The outcome was the EBF situation(yes/no) and the main predictor variables were maternal work(yes/no), type of occupation (managerial; administrative; sales; agriculture; domestic; manual labor) and employment modality (formal/informal). Information on maternity leave was collected form country-specific documents and labor laws. The association between EBF and predictor variables was performed using Poisson regression, adjusted for maternal education, presence of partner, place of residence, maternal age, type of delivery, primiparity, wealth índex and breastfeeding in the first hour. Results: The prevalence of EBF was 58.0% in Bolivia, 41.1% in Brazil, 39.2% in Colombia, 50.8% in Guatemala, 39.7% in Haiti, 31.1% in Honduras, 68.1% in Peru and 7.6% in the Dominican Republic. The percentage of women who declared to work was 46.1% in Bolivia, 24.1% in Brazil, 28% in Colombia, 19.5% in Guatemala, 21.3% in Haiti, 23.3% in Honduras, 35.4% in Peru and 19.1% in the Domican Republic. Among the women who declared to work, the percentage of women in formal work was 43.9% in Bolivia, 87.4% in Colombia, 60.5% in Guatemala, 83.3% in Haiti, 72.2% in Honduras, 56.8% in Peru and 64.7% in the Dominican Republic. The most prevalent type of occupation was in the sales área, except in Bolivia, where the majority work in agriculture. Maternity leave ranged from 12 to 18 weeks in these countries. Maternal work was negatively associated with EBF in Guatemala (PR:0.80; CI95%:0.65;0.98), Haiti (PR:0.68; CI95%:0.51;0.90) and Honduras (PR:0.65; CI95%: 0.46;0.91). These three countries had the shortest maternity leave, while in Guatemala and Honduras, 2/3 of the subsidy was the responsability of social security and 1/3, of the employer. In Haiti, 100% of the subsidy was the responsability of the employer. Informal work was negatively associated with EBF in Honduras (0.74; CI: 0.55; 0.99). As for the type of employment, domestic work was negatively associated with EBF in the Dominican Republic (0.28; CI: 0.08; 0.93). Conclusion: The prevalence of EBF was lower in women who were working in three countries in Latin America, which also had shorter duration of maternity leave. Maternal work in the informal economy needs to be further investigated since this type of employment was negatively associated with EBF in one of the countries analyzed.
Palavras-chave: Aleitamento materno exclusivo
Amamentação
Trabalho materno
Licença maternidade
América Latina
Pesquisas de demografia e saúde
Proteção à maternidade
Breastfeeding
Maternal work
Maternity leave
Latin America
Demography Health and Survey
Maternity protection
Área(s) do CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE
Idioma: por
País: Brasil
Editora: Universidade Federal de Uberlândia
Programa: Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde
Referência: SANTOS, Marília Neves. Prevalência do aleitamento materno exclusivo e sua associação com trabalho materno em países da América Latina. 2020. 52 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2020. DOI http://doi.org/10.14393/ufu.di.2020.3615.
Identificador do documento: http://doi.org/10.14393/ufu.di.2020.3615
URI: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/29192
Data de defesa: 14-Fev-2020
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