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https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/28609
ORCID: | http://orcid.org/0000-0003-4009-5270 |
Tipo do documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
Título: | Recidiva em hanseníase após o término da poliquimioterapia padrão entre 2013-2018 em um centro de referência brasileiro: introduzindo e atualizando conceitos |
Título(s) alternativo(s): | Leprosy relapse: A retrospective study on epidemiological, clinical and therapeutics aspects in a brasilian reference center of leprosy. |
Autor(es): | Nascimento, Ana Cláudia Mendes do |
Primeiro orientador: | Goulart, Isabela Maria Bernardes |
Primeiro membro da banca: | Lugão, Helena Barbosa |
Segundo membro da banca: | Santos, Diogo Fernandes dos |
Resumo: | Introdução: A recidiva em hanseníase é definida como o surgimento de novos sintomas após o término do tratamento medicamentoso padrão, porém ainda não é bem caracterizada, o que provavelmente acarreta o subdiagnóstico de casos, levando a tratamento inadequado e persistência da cadeia de transmissão da doença. É importante identificar esta condição, e diferenciá-la de falências e insuficiências terapêuticas. Objetivos: Analisar o perfil dos casos de recidiva de hanseníase diagnosticados em um centro de referência nacional, investigar a influência do tipo de tratamento prévio e forma clínica inicial para o desenvolvimento da recidiva, estabelecendo um algoritmo para o acompanhamento dos pacientes após a alta medicamentosa. Material e métodos: Estudo retrospectivo realizado no Centro de Referência em Dermatologia Sanitária e Hanseníase (CREDESH), que identificou os pacientes notificados como recidiva entre janeiro de 2013 e dezembro de 2018. As características clínicas, epidemiológicas e laboratoriais no momento do diagnóstico de recidiva foram analisadas. Foi utilizada a análise de sobrevivência através do método de Kaplan Meier para avaliar o tempo para a recidiva e sua variação de acordo com o tipo de poliquimioterapia (PQT) prévia e forma clínica inicial. Resultados: Foram identificados 126 pacientes, que corresponderam a 11,89% (126/1059) do total de pacientes notificados com hanseníase no período. Houve um predomínio de pacientes multibacilares (96,03% - 121/126), com forma clínica predominante dimorfo-tuberculoide (40,47% - 51/126). A maioria dos pacientes de recidiva utilizou a PQT–multibacilar (MB) padrão 12 doses no tratamento inicial (40,47% - 51/126). O tempo mediano para a recidiva entre todos os pacientes foi de 10 anos, com tempos mais curtos para os pacientes tratados com PQT- paucibacilar seis doses e multibacilar12 doses (mediana de oito anos), e mais longo para o tratamento com 24 doses, este estando estatisticamente associado a melhor prognóstico para o evento na análise de sobrevivência (mediana de 14 anos). Na curva que agrupou os pacientes de acordo com a forma clínica inicial, o tempo foi menor para a recidiva nos pacientes dimorfo-tuberculoides (média de 5 anos) e portadores de hanseníase neural primária (média de 8,6 anos). Conclusão: A recidiva de hanseníase em nosso serviço apresenta maior incidência do que a relatada na maior parte da literatura, com longo tempo para a recidiva, o que justifica manter seguimento prolongado nos pacientes após alta medicamentosa. É importante diferenciar as recidivas de falências e insuficiências terapêuticas. As formas clínicas no tratamento inicial e os diferentes tipos de PQT prévia influenciaram o tempo para recidiva, com melhor prognóstico na curva de sobrevivência para os pacientes tratados inicialmente com 24 doses da PQT-MB. |
Abstract: | Introduction: Leprosy relapse refers to situations in wich patients who underwent regular treatment with standardized official multidrug therapy (MDT) regimens, and were discharged by cure, present new signs and symptoms of disease activity. Such cases generally occur more than five years after cure, although they can occur at any time after release from treatment. It is important to recognize this condition, and to differentiate it from therapeutic failure and therapeutic insufficiency. Objectives: To analyze the profile of leprosy relapse cases diagnosed in the service, and to investigate the influence of the type of previous MDT and initial clinical form for the development of relapse, establishing an algorithm for the follow-up of patients after release from treatment. Material and methods: A retrospective study carried out at the Center of Reference in Sanitary Dermatology and Leprosy (CREDESH), which identified all patients reported as leprosy relapse between January 2013 and December 2018. The patients had their clinical, epidemiological and laboratory characteristics at relapse diagnosis evaluated. Time to relapse and its variation according to the type of previous MDT and initial clinical form were analyzed using the survival curve with the Kaplan Meier method. Results: A total of 126 patients were identified, corresponding to 11.89% (126/1059) of the total number of patients with leprosy at the same period. There was a predominance of multibacillary (MB) patients (96.03% - 121/126), with the predominant clinical form of borderline-tuberculoid (BT) (40.47% - 51/126). The majority of relapsed patients used the 12-dose MDT-MB at baseline. The median time to relapse was 10 years among all patients, with shorter time among patients treated with 6 dose MDT-paucibacillary and 12-dose MDT-MB (median of 8 years), and 24-dose MDT-MB treatment being statistically associated with a better prognosis for relapse in survival analysis (median of 14 years). At the curve that grouped the patients according to the initial clinical form, the time for relapse was shorter in BT patients (mean 5 years) and patients with primary neural leprosy (mean 8.6 years). Conclusion: Leprosy relapse in our service had a higher incidence than reported in most of the literature, with a long time for relapse, which justifies the recommendation of prolonged follow-up in patients after MDT, with emphasis at the importance of differentiation from therapeutic failure and therapeutic insufficiency. Clinical forms at initial treatment and the different types of previous MDT appear to influence the time for relapse, with a better prognosis for patients treated with 24-dose MDT-MB. |
Palavras-chave: | Hanseníase Mycobacterium leprae Poliquimioterapia Recidiva Leprosy Polychemotherapy Recurrence |
Área(s) do CNPq: | CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA::CLINICA MEDICA::DERMATOLOGIA CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA::CLINICA MEDICA::NEUROLOGIA CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA::EPIDEMIOLOGIA |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editora: | Universidade Federal de Uberlândia |
Programa: | Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde |
Referência: | NASCIMENTO, Ana Cláudia Mendes do. Recidiva em hanseníase após o término da poliquimioterapia padrão entre 2013-2018 em um centro de referência brasileiro: introduzindo e atualizando conceitos. 2019. 76 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2019. DOI http://dx.doi.org/10.14393/ufu.di.2019.1358. |
Identificador do documento: | http://dx.doi.org/10.14393/ufu.di.2019.1358 |
URI: | https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/28609 |
Data de defesa: | 31-Mai-2019 |
Aparece nas coleções: | DISSERTAÇÃO - Ciências da Saúde |
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