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Tipo do documento: Trabalho de Conclusão de Curso
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Título: Avaliação dos efeitos diretos de Aloxana e Estreptozotocina sobre neurônios nociceptivos em culturas primárias de gânglios da raiz dorsal de ratos
Autor(es): Lemos, Bruna Moreira Silva
Primeiro orientador: Lotufo, Celina Monteiro da Cruz
Primeiro membro da banca: Miguel, Tarciso Tadeu
Segundo membro da banca: Balbi, Ana Paula Coelho
Resumo: O diabetes melito é uma das complicações mais prevalentes no mundo. Os modelos animais de estudo do diabetes em nível experimental são fundamentais para entender a patogênese do diabetes e de suas complicações crônicas, como a neuropatia diabética. Para a indução do diabetes em ratos, usualmente utilizam-se substâncias como a estreptozotocina ou aloxana, que destroem as células β pancreáticas, produtoras de insulina. A estroptozotocina é a substância mais utilizada nos estudos envolvendo diabetes e, em especial, em estudos relacionados ao desenvolvimento de dor neuropática diabética. Entretanto, há evidências que indicam que a estreptozotocina altera a sensibilidade dolorosa dos animais de maneira independente do estado glicêmico. Estes dados sugerem que o modelo de estreptozotocina pode não ser adequado para o estudo de neuropatia diabética. Por este motivo, em um estudo prévio de nosso grupo, comparamos a sensibilidade nociceptiva em animais tratados com estreptozotocina ou aloxana. Assim como nos estudos de outros autores, também foi verificado que a estreptozotocina parece induzir aumento de sensibilidade dolorosa independente do diabetes. Por outro lado, os animais tratados com aloxana tiveram uma resposta que parece dependente do estado glicêmico. O objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito direto de esptreptozotocina e aloxana sobre os neurônios nociceptivos primários, para testar se estas substâncias podem ter efeitos que seriam independentes do diabetes. Para tanto, foram utilizadas culturas primárias de gânglios da raiz dorsal de ratos avaliando-se as concentrações de cálcio intracelular e o potencial de repouso da membrana através de ensaios funcionais com indicadores fluorescentes. Em ambos os testes foram avaliadas as respostas diretas às substâncias diabetogênicas e a resposta à capsaicina, substância que ativa o receptor TRPV1 característico de nociceptores. Foi observado que a estreptozotocina causa uma diminuição nos níveis intracelulares de cálcio e reduz o aumento de cálcio induzido por capsaicina, enquanto que a aloxana não alterou nenhuma das respostas. Nenhuma das substâncias diabetogênicas parece alterar diretamente o potencial de membrana neuronal, enquanto que novamente foi observada uma diminuição da resposta à capsaicina na presença de estreptozotocina. Deste modo, estes resultados, em conjunto com os resultados in vivo, obtidos anteriormente, sugerem que a estreptozotocina tem um efeito direto sobre os neurônios nociceptivos, provavelmente por atuar sobre o receptor TRPV1. A aloxana não parece atuar diretamente sobre os neurônios nociceptivos de forma que esta substância é uma alternativa melhor para estudos que visem analisar a dor neuropática diabética através de modelos experimentais.
Palavras-chave: Aloxana
Diabetes experimental
Estreptozotocina
Gânglio da raiz dorsal
Neuropatia diabética
Área(s) do CNPq: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::FISIOLOGIA::FISIOLOGIA GERAL
Idioma: por
País: Brasil
Editora: Universidade Federal de Uberlândia
Referência: LEMOS, Bruna Moreira Silva. Avaliação dos efeitos diretos de aloxana e estreptozotocina sobre neurônios nociceptivos em culturas primárias de gânglios da raiz dorsal de ratos. 2019. 48 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Biotecnologia) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2019.
URI: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/27362
Data de defesa: 31-Out-2019
Aparece nas coleções:TCC - Biotecnologia (Uberlândia)

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