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Tipo do documento: Trabalho de Conclusão de Curso
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Título: Estudo comparativo das toxinas termoestáveis presentes nas peçonhas de algumas serpentes brasileiras e abelhas africanizadas
Autor(es): Izidoro, Luiz Fernando Moreira
Primeiro orientador: Brandeburgo, Maria Inês Homsi
Primeiro membro da banca: Hamaguchi, Amélia
Segundo membro da banca: Rodrigues, Veridiana de Melo
Resumo: Serpentes constituem um grupo de répteis que se divide em peçonhentos e não peçonhentos a partir da capacidade de inocular sua secreção tóxica de maneira ativa.As serpentes estão compreendidas em quatro famílias principais, sendo que as de principais interesses para este trabalho estão compreendidas nos gêneros Bothrops, Lachesis. Como os venenos são constituídos de uma complexa mistura de proteinas,que podem atuar sozinhas ou simultâneamente com outras, apresemtam efeitos diversos onde se destacam a hemorragia , necrose,e coagulação sanguínea. Também os acidentes botrópicos são similares a acidentes laquéticos quanto a efeitos locais ou sistêmicos. Por outro lado acidentes com abelhas africanizadas(Apis mellifera) causam no local da picada apenas um discreto inchaço, vermelhidão e uma desconfortável dor, caso a vítima não seja sensível ao veneno. O quadro clínico de pessoas sensíveis evoluirá para edema de glote, choque anafilático e morte. A estabilidade das toxinas em relação a duas atividades enzimáticas relevantes das peçonhas, foi analisada em três diferentes pHs ( ácido, neutro e alcalino ) e em duas temperaturas (ambiente de aproximadamente 28 graus celsius e após aquecimento a 100 graus celsius) Um dos principais efeitos das peçonhas de serpentes botrópicas e laquéticas é a sua ação coagulante.Estes venenos apresentam várias toxinas que atuam em locais diferentes sobre a cascata de coagulação sanguínea, sendo as enzimas com ação "thrombin-like", isto é , com capacidade de atuar diretamentesobre o fibrinogênio, transformando-o em fibrina , as mais expressivas. A análise da ação coagulante sobre o plasma bovino nas cinco peçonhas estudadas, mostrou que esta atividade foi sempre maior para a peçonha de Lachesis em qualquer condição de temperatura e pH estudados, e não estava presente na peçonha de abelhas africanizadas. Das 3 peçonhas botrópicas estudadas (jararaca, alternatus neuwiedi) a de B. alternatus mostrou menor atividade coagulante , que foi significativa somente em pH 7.0 sem aquecimento e representou cerca de 48%da atividade coagulante de Lachesis muta nas mesmas condições. A peçonha de B. jararaca interessantemente mostrou melhor atividade em pH 3.5sem aquecimento, enquanto B. neuwiedi foi mais ativa quando tratada em pH neutro e temperatura ambiente. Por outro lado muitos dos efeitos lesivos causados por peçonhas animais, tais como miotoxicidade, formação de edema, neurotoxicidade e citotoxicidade, estão diretamente relacionados com a enzima fosfolipáse A2 (PLA2), que geralmente é expressa em diversas isoformas num mesmo veneno. Esta atividade enzimática foi determinada por titulação potenciométrica em pH 8.0 inicial, usando- se como substrato a gema do ovo que é rica em fosfolipídeo. Das cinco peçonhas estudadas, a de Apis mellifera foi a mais ativa em todas as condições analisadas, tendo apresentado a maior atividade em pH 9.0 sem aquecimento. Dentre os venenos de serpentes o mais ativo foi o de Lachesis mula, cuja atividade foi bastante significativa e próxima nos três pHs analisados sem aquecimento, após aquecimento a 100 graus celsius perdeu 40%da atividade em pH 7.0 e foi totalmente inativado em pH 9.0. Das três peçonhas botrópicas, a de neuwidi foi a mais ativa quando tratada em pH 7.0 e temperatura ambiente. Já a de alternatus foi menos ativa , apresentando os melhores resultados nas mesmas condições que a de neuwiedi. Enquanto a de jararaca mostrou melhor atividade em pH 3.5 sem aquecimento. Embora tenham sido observadas variações significativas nestas duas atividades para uma mesma peçonha quanto ao pH e temperatura estabelecidos, em geral pH 7.0 e temperatura ambiente representam as melhores condições para ambas atividades analisadas. Foram excessões a peçonha de B. jararaca que foi sempre mais ativa em p H 3.5 sem aquecimento e a de abelhas quanto à atividade PLA2, que foi mais elevada em pH 9.0 também sem aquecimento.
Palavras-chave: Toxina
Coagulação sanguínea
pH
Área(s) do CNPq: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::BIOQUIMICA
Idioma: por
País: Brasil
Editora: Universidade Federal de Uberlândia
Referência: IZIDORO, Luiz Fernando Moreira. Estudo comparativo das toxinas termoestáveis presentes nas peçonhas de algumas serpentes brasileiras e abelhas africanizadas. 38 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas) – Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 1997.
URI: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/25694
Data de defesa: 9-Dez-1997
Aparece nas coleções:TCC - Ciências Biológicas (Uberlândia)

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