Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/24836
ORCID:  http://orcid.org/0000-0002-4297-4984
Tipo do documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Título: Efeitos de métodos de preparação perineal isolados versus combinados sobre a distensibilidade perineal e força muscular: ensaio clínico randomizado controlado
Título(s) alternativo(s): Effects of isolated versus combined perineal preparation methods on perineal compliance and muscle strength: randomized controlled trial
Autor(es): Cabral, Alana Leandro
Primeiro orientador: Baldon, Vanessa Santos Pereira
Primeiro membro da banca: Resende, Ana Paula Magalhães Resende
Segundo membro da banca: Driusso, Patricia
Resumo: Introdução: O trauma perineal é um agravo muito comum e é responsável por morbidades, tanto a curto quanto em longo prazo, na vida das mulheres. Existem algumas estratégias desenvolvidas com o objetivo de prevenir essa lesão. Entre elas, temos a massagem perineal e o alongamento perineal assistido por instrumento. Entretanto, a literatura afirma os efeitos da massagem perineal apenas em relação às variáveis pós-parto e ainda é muito controversa sobre a efetividade do alongamento perineal assistido por instrumento e o seu tempo de aplicação. Objetivo: Comparar os efeitos da técnica de alongamento perineal assistido por instrumento com diferentes tempos de aplicação, somada a massagem perineal, e as técnicas isoladas, em relação às variáveis musculares e desfechos de parto. Material e métodos: Este foi um ensaio clínico randomizado controlado, com alocação oculta e avaliador cego. Foram randomizadas 96 gestantes, entre 18 a 40 anos, com idade gestacional de 33 semanas, primigestas ou com gestações anteriores encerradas antes da 21ª semana e que apresentavam grau de força >1 na Escala de Oxford modificada. As participantes foram submetidas a três avaliações: antes da intervenção, após quatro sessões e após oito sessões. Foram analisados o desfecho primário, distensibilidade da região perineal (através do Epi-No Delphine Plus®), e desfecho secundário, capacidade de contração da musculatura do assoalho pélvico (por meio do Peritron®). Além disso, após a parição, foram avaliados desfechos secundários relacionados ao parto (via de parto e laceração), através de um questionário. Após a avaliação inicial, as voluntárias foram designadas, aleatoriamente, em quatro grupos amostrais: grupo PnM (n= 24) que realizou a massagem perineal (por 10 minutos); grupo IStr (n= 24) que foi submetido ao alongamento perineal assistido por instrumento (por 15 minutos); grupo PnM + IStr 15’ (n= 24) que utilizou os dois procedimentos anteriores e grupo PnM + IStr 2’ (n= 24) que fez uso da massagem perineal (por 10 minutos) e do alongamento perineal assistido por instrumento (por 2 minutos). Foram executadas oito intervenções. Resultados: Para a distensibilidade perineal, houve interação entre grupo e tempo [F(6,142) = 2,439; p=0,028]. Na segunda avaliação, foi observado aumento significativo dessa variável no grupo PnM + IStr 2’ quando comparado aos grupos de técnicas isoladas. Já na terceira avaliação, os grupos IStr 15’, PnM + IStr 15’ e PnM + IStr 2’ demonstraram valores superiores ao PnM. Não foi observada interação entre grupo e tempo, na avaliação de força muscular, mas foi identificado efeito do tempo [F(2,152) = 10,507; p<0,001] e do grupo [F(3,152) = 13,528; p<0,001] sobre essa variável, sendo que o grupo PnM foi o que apresentou maior força de contração. Não foram encontradas diferenças quanto à via de parto (p=0,87) e quanto ao grau de laceração perineal (p=0,19). Conclusão: A massagem perineal e o alongamento perineal assistido por instrumento, tanto com aplicação por 15 minutos quanto por 2 minutos, são capazes de aumentar a distensibilidade perineal e a força dos MAPs. A combinação dos métodos parece ser a forma mais eficaz de gerar resultados.
Abstract: Introduction: Perineal trauma is a very common condition and is responsible for morbidities, both in the short and long term, in women. Some strategies were developed with the aim of preventing this injury. These include perineal massage and instrument-assisted perineal stretching. However, the literature states only the effects of perineal massage in relation to postpartum variables and is still very controversial about the effectiveness of instrument-assisted perineal stretching and its application time. Objective: Comparing the effects of the instrument-assisted perineal stretching technique with different application times, in combination to perineal massage, and of the isolated techniques in relation to muscle variables and delivery endpoints. Material and methods: This was a controlled, randomized, investigator-blind, clinical trial, with concealed allocation. Ninety-six pregnant women between 18 and 40 years of age, with a gestational age of 33 weeks, pregnant for the first time or with previous pregnancies that ended before the 21st week and with a degree of strength >1 on the modified Oxford Scale, were randomized. The participants were submitted to three evaluations: before the intervention, after four sessions, and after eight sessions. The primary endpoint, distensibility of the perineal region (through Epi-No Delphine Plus®), and secondary endpoint, pelvic floor muscle contraction capacity (through Peritron®), were analyzed. In addition, after childbirth, secondary endpoints related to childbirth (route of delivery and laceration) were evaluated through a questionnaire. After the initial evaluation, the volunteers were randomly assigned to four sample groups: PnM group (n= 24), that underwent perineal massage (for 10 minutes); IStr group (n= 24), that underwent instrument-assisted perineal stretching (for 15 minutes); PnM + IStr 15’ group (n= 24), that used the two previous procedures; and PnM + IStr 2’ group (n= 24), that used perineal massage (for 10 minutes) and instrument-assisted perineal stretching (for 2 minutes). Eight interventions were carried out. Results: For perineal distensibility, an interaction occurred between group and time [F(6.142) = 2.439; p=0.028]. In the second evaluation, a significant increase of this variable was observed in the PnM + IStr 2’ group when compared to the groups that used isolated techniques. In the third evaluation, the IStr 15’, PnM + IStr 15’ and PnM + IStr 2’ groups showed higher values than the PnM group. No interaction between group and time was observed in the muscle strength evaluation, but an effect of the time [F(2.152) = 10.507; p<0.001] and the group [F(3.152) = 13.528; p<0.001] on this variable was identified, and the PnM group was the one that presented the greatest contraction strength. No differences were found regarding the route of delivery (p=0.87) and the degree of perineal laceration (p=0.19). Conclusion: Perineal massage and instrument-assisted perineal stretching, both for 15-minute and 2-minute applications, are capable of increasing the perineal distensibility and PFM strength. The combination of methods seems to be the most effective way to promote results.
Palavras-chave: Assoalho pélvico
Massagem perineal
Alongamento muscular
Parto natural
Fisioterapia
Ciências médicas
Parto normal
Alongamento (Fisiologia)
Pelvic floor
Perineal massage
Muscle stretching
Natural childbirth
Physiotherapy
Área(s) do CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE
Idioma: por
País: Brasil
Editora: Universidade Federal de Uberlândia
Programa: Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde
Referência: CABRAL, Alana Leandro. Efeitos de métodos de preparação perineal isolados versus combinados sobre a distensibilidade perineal e força muscular: ensaio clínico randomizado controlado. 2019. 49 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2019. DOI http://dx.doi.org/10.14393/ufu.di.2019.1275.
Identificador do documento: http://dx.doi.org/10.14393/ufu.di.2019.1275
URI: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/24836
Data de defesa: 25-Fev-2019
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