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https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/24308
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acceso: | Acesso Aberto |
Título: | Vivência e lembrança na voz poética de Juca da Angélica |
Título (s) alternativo (s): | Experience and memory in the poetic voice of Juca da Angélica |
Autor: | Paula, Andréa Cristina de |
Primer orientador: | Arantes, Luiz Humberto Martins |
Primer miembro de la banca: | Pereira, Kênia Maria de Almeida |
Segundo miembro de la banca: | Santos, Regma Maria dos |
Tercer miembro de la banca: | Nepomuceno, Luís André |
Cuarto miembro de la banca: | Dias, Saulo Sandro Alves |
Resumen: | Este trabalho tem por objetivo analisar alguns poemas de José Joaquim de Sousa, conhecido popularmente como Juca da Angélica, partindo inicialmente do repertório poético constituinte do livro Meu canto é saudade (2001 e 2011), que contém parte da produção lírica do autor. Nosso propósito é refletir acerca da representação que este poeta da literatura oral faz de suas experiências de vida, sob o olhar mnemônico de um indivíduo, cuja identidade é caracterizada por sua relação íntima com o espaço em que habita (a roça) e as atividades cotidianas inerentes a esse local no qual nasceu e foi criado. Como lhe faltou o contato íntimo com a escrita, o repertório literário do mineiro Juca é composto basicamente de suas memórias, numa espécie de “autobiografia lírica” (NEPOMUCENO, 2001, p. 13), na qual se podem localizar “informações precisas sobre a sociedade mineira, a família, a organização da comunidade, os valores, a ética, um registro de vida, enfim” (NEPOMUCENO, 2001, p. 19). Trata-se, nesse sentido, de uma poética oral apoiada nas lembranças que o poeta possui de fatos passados – acontecimentos referentes às ações de seu cotidiano, que são registradas em sua poesia na qual “o relato, feixe de histórias a que se somam acidentes, desilusões, aventuras, esperanças, saudades, engendra-se pelo exercício da atividade do olhar” (FERNANDES, 2007). É, por conseguinte, o olhar que Juca lança para as atividades que permeiam a sociedade rural em que está inserido que interessa a este estudo. Um olhar que constitui a sua identidade, formada pela memória da vida/tempo, na qual se encontra a dicotomia simbólica entre o jovem e o velho; a memória do espaço, em que se localizam as lembranças do poeta quanto à sua rotina de trabalho no âmbito rural; e a memória dos ritos, formada pelas práticas festivo-religiosas que também pertencem ao cenário social do qual o autor faz parte. Tal estudo ergueu-se à luz de estudiosos da memória, como Ecléa Bosi (1994), Agamben (2009), Benjamim (1994), Gagnebin (2014), dentre outros teóricos da área; buscamos, ainda, amparo bibliográfico em estudiosos da poesia oral, como Paul Zumthor (2005 e 2007) e Frederico Fernandes (2003 e 2007), além de autores que se dedicaram à publicação de textos que versam sobre a cultura popular do interior mineiro, como Maria Clara Machado (2006), bem como sobre estudos acerca da poesia, tal como a define Octávio Paz (1982). Cabe, por fim, delimitar o caminho críticometodológico adotado no desenvolvimento desta pesquisa, a saber: uma análise reflexiva da poética de Juca da Angélica, de modo a transcender uma postura meramente “descritivista” ou “impressionista”, indo ao encontro de um equilíbrio que leve em conta as particularidades da obra, respeitando-se o contexto sócio-histórico em que ela está inserida. Logo, este estudo assume o compromisso de analisar a voz (individual e coletiva) de Juca da Angélica, com foco no olhar que este lança para a sua vida e para a relação desta com o Outro, reconstituindo, por meio da memória, o “ser vivido no ser lembrado”, numa atividade em que se revelam as suas mais variadas facetas e na qual o tempo presente remete à procura de um “tempo perdido” (PROUST, 2004) que somente pela memória poética pode ser resgatado. |
Abstract: | This work aims to analyze some poems by José Joaquim de Sousa, popularly known as Juca da Angélica, starting from the poetic repertoire constituent of the book Meu canto é saudade (2001 and 2011), which contains part of the lyrical production of the author. Our purpose is to reflect on the representation that this poet of oral literature makes of his life experiences, under the mnemonic look of an individual, whose identity is characterized by its intimate relationship with the space in which it inhabits (the farm) and daily activities inherent to the place where he was born and raised. As he lacked close contact with writing, Juca's literary repertoire is basically composed of his memories, in a kind of "lyrical autobiography" (NEPOMUCENO, 2001, page 13), in which "precise information about the society of Minas Gerais, the family, the organization of the community, values, ethics, a register of life, finally "(NEPOMUCENO, 2001, 19). In this sense, it is an oral poetics based on the poet's recollections of past events - events related to the actions of his daily life, which are recorded in his poetry in which "the story, a bundle of stories to which are added accidents, disappointments, adventures, hopes, homesickness, is engendered by the exercise of the activity of the eye "(FERNANDES, 2007). It is, therefore, the look that Juca throws to the activities that permeate the rural society in which it is inserted that interests to this study. A look that constitutes its identity, formed by the memory of life / time, in which is the symbolic dichotomy between the young and the old; the memory of space, in which are located the memories of the poet as to his routine of work in the rural scope; and the memory of the rites, formed by festive-religious practices that also belong to the social scene of which the author is a part. Such a study has arisen in the light of memory scholars such as Ecléa Bosi (1994), Agamben (2009), Benjamim (1994), Gagnebin (2014), among other theorists of the area; (2005 and 2007) and Frederico Fernandes (2003 and 2007), as well as authors dedicated to the publication of texts that deal with the popular culture of the interior of Minas Gerais, such as Maria Clara Machado (2006), as well as on studies about poetry, as defined by Octávio Paz (1982). Finally, it is necessary to delimit the critical-methodological path adopted in the development of this research, namely: a reflexive analysis of the poetics of Juca da Angélica, in order to transcend a merely "descriptivist" or "Impressionist" posture, balance that takes into account the particularities of the work, respecting the socio-historical context in which it is inserted. Therefore, this study assumes the commitment to analyze the voice (individual and collective) of Juca da Angélica, focusing on the look he throws into his life and his relationship with the Other, reconstituting, through memory, the " being lived in being remembered ", in an activity in which its most varied facets are revealed and in which the present time refers to the search for a “lost time” (PROUST, 2004) that only by poetic memory can be rescued. |
Palabras clave: | Cultura caipira Literatura brasileira - História e crítica Memória Voz poética Juca da Angélica Juca da Angélica, 1918-2016 - Crítica e interpretação Literatura |
Área (s) del CNPq: | CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editora: | Universidade Federal de Uberlândia |
Programa: | Programa de Pós-graduação em Estudos Literários |
Cita: | PAULA, Andréa Cristina de. Vivência e lembrança na voz poética de Juca da Angélica. 2018. 257 f. Tese (Doutorado em Estudos Literários) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2018. DOI http://dx.doi.org/10.14393/ufu.te.2019.604 |
Identificador del documento: | http://dx.doi.org/10.14393/ufu.te.2019.604 |
URI: | https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/24308 |
Fecha de defensa: | 20-dic-2018 |
Aparece en las colecciones: | TESE - Estudos Literários |
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