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https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/21304
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acceso: | Acesso Aberto |
Título: | Princípio de ordem no mundo: uma análise dos argumentos dos Diálogos de David Hume |
Título (s) alternativo (s): | Principle of order in the world: an analysis of the arguments of the Dialogues of David Hume |
Autor: | Queiroz, Rafael Gonçalves |
Primer orientador: | Seneda, Marcos César |
Primer miembro de la banca: | Ferraz, Marília Côrtes de |
Segundo miembro de la banca: | Bonella, Alcino Eduardo |
Resumen: | O objetivo deste trabalho é estudar o princípio de organização do mundo, argumento utilizado pelo personagem Cleantes, nos Diálogos sobre a religião natural de David Hume, para tentar provar a existência de um desígnio divino na criação e organização das coisas. No primeiro capítulo analisamos a argumentação de Cleantes, Demea e Filo, personagens dos Diálogos sobre a religião natural. Demea defende que para provar a existência de Deus é preciso utilizar argumentos a priori, ou seja, que isso precisaria ser feito através de argumentos formais e dedutivos. Ele também defende que não é possível conhecer a natureza divina e tentar conhecê-la é profanação. Cleantes se posiciona de forma diferente e afirma que só é possível provar a existência de Deus pelo argumento a posteriori, que seria o argumento do desígnio. Por isso ele tenta provar que toda a ordem no mundo é produto de um planejamento divino. O personagem Filo não concorda com Cleantes e tenta desacreditar a hipótese que este defende. No segundo capítulo trabalhamos a questão do princípio de organização do universo. Cleantes propõe a hipótese de que o princípio de organização das coisas é originado pelo desígnio de uma mente inteligente, de natureza divina, já Filo propõe que o princípio de ordem é intrínseco à matéria, ou seja, ela mesma já possui o princípio de sua organização. Neste capítulo também analisamos se a hipótese de Filo seria uma alternativa viável à de Cleantes. No terceiro capítulo, examinamos a analogia feita por Cleantes, a saber, de que a mente e o engenho humanos se assemelhariam aos divinos. Com essa analogia surge a questão do antropomorfismo, que é amplamente criticada por seus interlocutores, por isso também examinamos brevemente esse problema, e finalizamos com a mudança de posição de Filo em relação ao argumento do desígnio, pois ele dá mostras de concordar que existe um desígnio em relação ao ajuste das coisas. Devido a essa mudança de posição, apresentamos uma interpretação seguida por muitos comentadores de Hume, que defendem que o autor na verdade estava usando uma estratégia para fugir da censura no momento em que mudou o posicionamento de Filo em relação ao argumento do desígnio. Após a investigação de todos os pontos apresentados aqui, concluímos que quando examinamos a analogia feita por Cleantes, a mesma servia ao propósito de provar a existência de Deus, estabelecendo uma semelhança entre as coisas criadas pelos homens e a ordenação das coisas encontradas no mundo criado por Deus. Porém, como foi mostrado no último capítulo, Cleantes não conseguiu sustentar seus argumentos e provar sua hipótese. Concluímos o trabalho, por conseguinte, retratando nossa leitura dos Diálogos como se ele tivesse sido escrito objetivando uma crítica ao argumento do desígnio, apesar de, ao cabo da obra, o autor ter dado a entender, pela alteração do posicionamento de Filo, que defendia este argumento. |
Abstract: | The aim of this study is to analyze the principle of organization of the world, an argument used by the character of Cleanthes in the Dialogues Concerning Natural Religion of David Hume, to try to prove the existence of divine design in the creation and organization of things. In the first chapter, we analyze the argumentation of Cleanthes, Demea, and Philo, characters in the Dialogues Concerning Natural Religion. Demea defends that to prove the existence of God, it is necessary to use a priori arguments, i.e., this would need to be done through formal and deductive arguments. He also defends that it is not possible to know the divine nature, and to try to know it is profanation. Cleanthes takes a different position and affirms that it is possible to prove the existence of God by the a posteriori argument, which would be the argument of design. Thus, he tries to prove that all order in the world is a product of divine planning. The Philo character does not agree with Cleanthes and tries to discredit the hypothesis that Cleanthes defends. In the second chapter, we work with the question of the principle of organization of the universe. Cleanthes proposes the hypothesis that the principle of organization of things arises from the design of an intelligent mind, of a divine nature. Philo, for his part, proposes that the principle of order is intrinsic to matter, i.e., it already has in itself the principle of its organization. In this chapter, we also analyze whether the hypothesis of Philo would be a true alternative to that of Cleanthes. In the third chapter, we examine the analogy made by Cleanthes, namely, that the human mind and ingenuity resemble those of the divine. From this analogy arises the question of anthropomorphism, which is widely criticized by his interlocutors and, for that reason, we also briefly examine this problem and finalize with the change in position of Philo in relation to the argument from design, because he shows signs of agreeing that there is design in relation to the arrangement of things. Due to this change in position, we present an interpretation followed by many commentators of Hume, who defend that the author in fact was using a strategy to avoid censorship at the time in which he changed the position of Philo in relation to the argument from design. After investigation of all the points presented here, we conclude that when we examine the analogy made by Cleanthes, this same analogy served the purpose of proving the existence of God, establishing a similarity between the things created by humans and the ordering of things found in the world created by God. However, as was shown in the last chapter, Cleanthes was not able to uphold his arguments and prove his hypothesis. Consequently, we conclude the study portraying our reading of the Dialogues;it is as if the work had been written with the aim of critiquing the argument from design, in spite of the fact that, at the end of the work, the author led one to believe that he defended that argument through the change in Philo’s position. |
Palabras clave: | Argumento do Desígnio Argument of Design Organização do mundo World Organization David Hume David Hume Filosofia da Religião Philosophy of Religion Deus God Filosofia Philosophy Crítica e interpretação Criticism and interpretation Filosofia e Religião Philosophy and Religion |
Área (s) del CNPq: | CNPQ::CIENCIAS HUMANAS CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editora: | Universidade Federal de Uberlândia |
Programa: | Programa de Pós-graduação em Filosofia |
Cita: | QUEIROZ, Rafael Gonçalves. Princípio de ordem no mundo: uma análise dos argumentos dos Diálogos de David Hume. 2018. 100 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2018. |
Identificador del documento: | http://dx.doi.org/10.14393/ufu.di.2018.402 |
URI: | https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/21304 |
Fecha de defensa: | 16-mar-2018 |
Aparece en las colecciones: | DISSERTAÇÃO - Filosofia |
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