Use este identificador para citar ou linkar para este item:
https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/21157
Tipo do documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
Título: | Experiências de pessoas trans - ensino de biologia |
Título(s) alternativo(s): | Trans people experiences - biology teaching |
Autor(es): | Santos, Sandro Prado |
Primeiro orientador: | Silva, Elenita Pinheiro de Queiroz |
Primeiro membro da banca: | Cicillini, Graça Aparecida |
Segundo membro da banca: | Teixeira, Flávia do Bonsucesso |
Terceiro membro da banca: | Castro, Roney Polato de |
Quarto membro da banca: | Barcelos, Tânia Maia |
Resumo: | Os encontros com as experiências de pessoas trans produziram buracos, confrontos, borramentos, brechas, desorganizações e fricções no modo de pensar dominante de corpos, gêneros e sexualidades, apontando-me pistas de que outras narrativas podem existir para além de um mapa estático do ensino de Biologia. Aspectos que foram relevantes para insistir na aproximação das experiências de pessoas trans e Biologia, por produzirem um deslocamento do meu olhar daquilo que sempre foi considerado como central, nuclear, essencial para se entender o funcionamento da Biologia, para aquilo que era descrito como marginal, menor, patológico, anormal e fronteiriço. Com isso, realizei uma hibridação e criei o que chamo de Experiências de pessoas trans – Ensino de Biologia. Para tanto, optei pela cartografia para acompanhar os movimentos dessa criação como um mapa aberto dos seus dispositivos, linhas, saberes, poderes e (des)territorialização. Deste modo, dispus-me a cartografar/mapear os agenciamentos do encontro Experiências de pessoas trans – Ensino de Biologia observando as possíveis ressonâncias que essa aliança pode produzir na expansão, experimentação e abertura a modos de vida outros no ensino de Biologia. A viagem percorreu os espaços educativos escolares da Educação Básica ao Ensino Superior. Os encontros na Educação Básica foram com professoras de Biologia (trans e não trans), uma aluna que se autoidentificava como trans na escola básica; e, no ensino superior com professores/as (trans e não trans) que atuam ou possuem formação em Ciências Biológicas e uma graduanda trans dessa mesma área. Os apontamentos (in)conclusivos trazidos pela viagem aos territórios do ensino de Biologia indicam durezas da lógica binária e a oposição da diferença sexual aprisionadas num cárcere genético, orgânico e fisiológico, que captura, naturaliza e homogeneiza as experiências das pessoas trans dentro das narrativas e fronteiras da Ciência, tomando-as de assalto pelo significante. Encontros com causalidades, pontos, clarezas, setas, adjetivos, formas, corpos cheios de órgãos com organizações prévias e regulados pela Biologia. Embora um caminho custoso, penoso, demorado e árduo de se retornar, foi possível cartografar tempestades, vazamentos, linhas de fuga e esburacamentos nesses mesmos territórios. Ressonâncias que transbordaram com o ensino de Biologia sexualidades, sexos, corpos e gêneros como fluxos de um regime de ex-periment(ações), oper(ações), afet(ações), lig(ações), conjunções entre superfícies, forças, energias do campo biológico, social, histórico e político, desfazendo uma totalidade orgânica que encerra subjetividades e experiências das pessoas. Uma viagem que foi me transmutando a cada movimento da tese ao me implicar nos encontros com o outro, abertos aos acontecimentos, sensibilidades, discursos e afetos, passando por uma experimentação que potencializou deslocamentos, aberturas e o engendramento da instabilidade da ideia de Sandro como algo produzido, provisório e (in)constante. Resisti, chorei e sorri. |
Abstract: | Meetings with trans people experiences produced empty spaces, confrontations, blurrings, gaps, unorganization and conflicts about the dominant thoughts about bodies, genders and sexualities, revealing to me hints that other narratives may exist beyond a static map in teaching Biology. Aspects that were relevant to insist in the approximation of trans people experiences and Biology because they had made a change in my view from what was always considered as central, nuclear, essential to understand the functioning of Biology and for what was described as periferic, less important, pathologic, abnormal and at borders. With that, I made a hibridation and created what I name trans people experiences - Biology teaching -. For that I opted for using cartography to accompany the movements of this creation, as an open map of its sets, lines, knowledges, powers and deterritorialization. On this way, I made efforts to cartograph and map the agency of the trans people experiences - Biology teaching meetings, observing the possible resonances that this alliance could produce on the expansion, experimentation and opening to other ways of life to the teaching of Biology. The venture ran along education spaces, from high school to graduation. At schools there were meetings with (trans and not trans) Biology teachers and a student who has declared as being trans. In colleges, teachers (trans and not trans) that work with or have a graduation in Biological Sciences. A graduation student, trans, was also in the group. The discussion, inconclusive, brought by this travel to the territory of Biology teaching reveal the hardness of the traditional binary logic. Also, the opposition to sexual differences jailed in a genetic, organic and phisiological cage, which captures, naturalize and make homogeneous trans people experiences inside the narratives and borders of Science. It brings to the subject great agitation because of their meanings. Meetings with casualties, points, necessity of clarifying arrows, adjectives, forms, bodies full of organs all previously organized and regulated through Biology. Although it being a harsh way, a slow one, hard to come back, it was possible to cartograph the tempests, leakings, flight lines and several blank spaces on these territories. Resonances that flooded with the teaching in Biology of sexuality, sex, bodies and genders, as a regime flow all in experimentation, operations, affectations, relations, connections among surfaces, powers, biological, historical and political area energies, undoing the organic totality, putting an end to subjectivities and people experiences. A travel that was changing me at every movement of the thesis progression when implicating me in the meetings, speeches and affects, passing by an experimentation that potentialized dislocations, openings and the generating of unstability of Sandro’s idea as something produced, temporary and inconstant. I resisted, I cried and I smiled. |
Palavras-chave: | Ensino de biologia Cartografia Transexperiências Biology teaching Cartography Transexperiences Educação Biologia - Estudo e ensino Professores de biologia |
Área(s) do CNPq: | CNPQ::CIENCIAS HUMANAS |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editora: | Universidade Federal de Uberlândia |
Programa: | Programa de Pós-graduação em Educação |
Referência: | SANTOS, Sandro Prado. Experiências de pessoas trans - ensino de Biologia. 2018. 289 f. Tese (Doutorado em Educação) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2018. Programa de Pós-Graduação em Educação. |
Identificador do documento: | http://dx.doi.org/10.14393/ufu.te.2018.302 |
URI: | https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/21157 |
Data de defesa: | 29-Mar-2018 |
Aparece nas coleções: | TESE - Educação |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
ExperiênciasPessoasTrans.pdf | 3.95 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.