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dc.creatorSilva, Jiuvan Tadeu da-
dc.date.accessioned2018-04-16T17:29:18Z-
dc.date.available2018-04-16T17:29:18Z-
dc.date.issued2017-02-16-
dc.identifier.citationSILVA, Jiuvan Tadeu da. O mito do judeu errante em Machado de Assis : entre a errância e a redenção - a reinvenção do imaginário e a subversão da cultura . 2017. 142 f. Dissertação (Mestrado em Estudos Literários) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2017. DOI http://doi.org/10.14393/ufu.di.2017.535pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufu.br/handle/123456789/21153-
dc.description.abstractThis work aims to investigate the myth of the Wandering Jew in Machado de Assis. This myth, which has populated the Judeo-Christian imaginary of the West, had its origins in the popular belief of the Middle Ages. Ahasverus is the name of the Jew, who in Jerusalem would have mistreated Jesus Christ. As punishment, Ahasverus had been condemned to walk the world until the end of time. The religious discourse has used of this myth to justify the segregation of the Jews, accused of deicides by the death of Jesus. Catholic anti-Judaism culminated in the Inquisition created in the thirteenth century in Europe, which lasted until the 19th century in Portugal and Spain. The artistic and literary use of the myth has generated poems, novels, chronicles, plays, films and operas, prints and paintings. The wandering of Ahasverus as a metaphor for the Jewish diaspora became a genre of the popular imaginary, constituting itself in a cultural text. Some literary productions had anti- Semitic character, like the novel Le Juif Errant, of Eugène Sue, published in 1844. The Portuguese writer Almeida Garrett disputed the work of Sue, who associated the Jesuits with the Wandering Jew, considering them the cholera-morbus of society. In Viagens na Minha Terra [Travels in My Land], Garrett claims that Sue erred and that it was necessary to remake the Wandering Jew. The life of Ahasverus was valorize by Romanticism, rebellion and wandering were synonymous of freedom that generated imagination, dream and fantasy. British Romantic poet Percy Shelley has identified Ahasverus with Prometheus, the Greek tragic myth that rebelled against Zeus in favor of mankind. Machado de Assis seems to have complied with Garrett's recommendation, for he has remade the Wandering Jew stripped of the malignant macula. Reader of the Bible and scholar of the Jewish question, Machado redeemed Ahasverus in the short story “Viver!” (to Live!) of the collection Several Stories, of 1896. The tale, in the form of a dialogue of biblical-philosophical conceptual density between Prometheus and Ahasverus, reveals the secrets of the human condition, love for life, hope and longing for redemption. In a cultural symbiosis, in which History, Philosophy, Religion and Literature intersect, our author has represented the myths with the elements of the tragic-Dionysian and Judeo-Christian mystics. The tale “Viver!” is, therefore, a kind of transcendent utopia of the reinvention of the imaginary and subversion of culture.pt_BR
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal de Uberlândiapt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectLiteraturapt_BR
dc.subjectLiteratura brasileira - História e críticapt_BR
dc.subjectJudeus - Segregação - Literaturapt_BR
dc.subjectAssis, Machado de, 1839-1908 - Crítica e interpretaçãopt_BR
dc.subjectImagináriopt_BR
dc.subjectCulturapt_BR
dc.subjectMachado de Assispt_BR
dc.subjectJudeu Errantept_BR
dc.subjectRedençãopt_BR
dc.subjectImaginarypt_BR
dc.subjectCulturept_BR
dc.subjectMachado de Assispt_BR
dc.subjectWandering Jewpt_BR
dc.subjectRedemptionpt_BR
dc.titleO mito do judeu errante em Machado de Assis : entre a errância e a redenção - a reinvenção do imaginário e a subversão da culturapt_BR
dc.title.alternativeThe myth of the wandering Jew in Machado de Assis: between wandering and redemption - the reinvention of the imaginary and the subversion of culturept_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.contributor.advisor-co1Saltarelli, César Viana Lopes-
dc.contributor.advisor-co1Latteshttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4233485J0pt_BR
dc.contributor.advisor1Pereira, Kênia Maria de Almeida-
dc.contributor.advisor1Latteshttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727342A7pt_BR
dc.contributor.referee1Borges, Valdeci Rezende-
dc.contributor.referee1Latteshttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4708063P1pt_BR
dc.contributor.referee2Sylvestre, Fernanda Aquino-
dc.contributor.referee2Latteshttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4768609E9pt_BR
dc.creator.Latteshttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4218868T6pt_BR
dc.description.degreenameDissertação (Mestrado)pt_BR
dc.description.resumoO objetivo deste trabalho é investigar o mito do Judeu Errante em Machado de Assis. Esse mito, que povoa o imaginário judaico-cristão do Ocidente, teve sua origem na crendice popular da Idade Média. Ahasverus é o nome do judeu que, em Jerusalém, teria maltratado Jesus Cristo. Como castigo, Ahasverus fora condenado a caminhar pelo mundo até os fins dos tempos. O discurso religioso serviu-se do mito para justificar a segregação dos judeus, acusados de deicidas pela morte de Jesus. O antijudaísmo católico culminou na Inquisição, criada no século XIII na Europa e que vigorou até o século XIX em Portugal e Espanha. A errância de Ahasverus como metáfora da diáspora dos judeus tornou-se um gênero da imaginária popular, constituindo-se num texto cultural. O aproveitamento artístico e literário do mito gerou poemas, romances, crônicas, peças de teatro, filmes e óperas, gravuras e pinturas. Algumas produções literárias tiveram caráter antissemita, como o romance Le Juif Errant, de Eugène Sue, publicado em 1844. O escritor português Almeida Garrett contestou a obra de Sue, que associava os jesuítas ao Judeu Errante, considerando-os a cholera-morbus da sociedade. Em Viagens na minha terra, Garrett reclamara que Sue errou e que era preciso refazer o Judeu Errante. A vida de Ahasverus foi valorizada pelo Romantismo, rebeldia e errância eram sinônimos de liberdade que gerava imaginação, sonho e fantasia. O poeta britânico Percy Shelley identificou Ahasverus com Prometeu, o mito trágico grego que se rebelou contra Zeus em favor da humanidade. Machado de Assis parece ter acatado a recomendação de Garrett, pois, refez o Judeu Errante despojado da pecha maldita. Leitor da Bíblia e cultor da questão judaica, Machado redimiu Ahasverus em Viver!, da coletânea Várias histórias, de 1896. O conto, em forma de diálogo de densidade conceitual bíblico-filosófica entre Prometeu e Ahasverus, desvela os recônditos da condição humana, o amor pela vida, a esperança e o anseio de redenção. Numa simbiose cultural, em que cruzam História, Filosofia, Religião e Literatura, nosso autor representou os mitos com os elementos das místicas trágico-dionisíaca e judaico-cristã. Viver! é, portanto, uma espécie de utopia transcendente da reinvenção do imaginário e subversão da cultura.pt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.programPrograma de Pós-graduação em Estudos Literáriospt_BR
dc.sizeorduration142pt_BR
dc.subject.cnpqCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICApt_BR
dc.identifier.doihttp://doi.org/10.14393/ufu.di.2017.535pt_BR
dc.orcid.putcode81766009-
dc.crossref.doibatchid346e3418-c190-4110-8517-756f37a83f9f-
Appears in Collections:DISSERTAÇÃO - Estudos Literários

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