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https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/18822
Tipo do documento: | Trabalho de Conclusão de Curso |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
Título: | Capoeira Angola: mandingas de criação e representações de luta |
Autor(es): | Braga, Pedro Paulo de Freitas |
Primeiro orientador: | Carneiro, Maria Elizabeth Ribeiro |
Primeiro membro da banca: | Nascimento, Mara Regina do |
Segundo membro da banca: | Ribeiro Júnior, Florisvaldo Paulo |
Resumo: | A Capoeira Angola é uma luta e uma dança, é um jogo e uma brincadeira, é a música e o movimento, é o amigo, mas também adversário, é a arte, o risco, a vida e a inspiração. Nesse conjunto de dicotomias múltiplas, os jogadores são sujeitos e objetos da linguagem e da narrativa, lutam e aprendem a forjar o gesto, a ginga, a mandinga e a identidade, a sobreviver e a perpetuar sua história. Percorrer alguns dos caminhos trilhados pela Capoeira e as pistas deixadas por ela nos registros da memória, foi a estratégia dessa pesquisa. Percebemos símbolos e identificamos significados e, através deles, o surgimento de um ritual. Destacamos a música como elemento responsável por pautar, organizar, encadear, coordenar e fazer emergir um conjunto desses signos e também despejar significados, sejam emitidos por instrumentos musicais que compõem a orquestra ou bateria, ou pelas cantigas entoadas no momento ritual da roda. Na pesquisa, a música revela seu valor central. Ela sugere a preservação de padrões culturais difusos da memória de populações africanas, que são trazidos e historicamente resinificados no cotidiano de uma prática que, até mesmo pelo lugar negado e perseguido no século XIX e primeira metade do XX, construía seu espaço no meio social brasileiro. No ritual, um sistema de regras é engendrado em uma dinâmica musical, cuja dimensão simbólica confere um caráter ritualístico para a Capoeira Angola, retomando a ligação com a cultura e o passado africano. Durante o trabalho, vimos o quanto a Capoeira Angola é complexa. O conjunto de elementos que a compõem são universos inesgotáveis de trocas culturais, ou de saberes sobre sua/nossa história. Eles nos ajudam a conhecer, pensar e questionar o passado e o presente, bem como os métodos utilizados para desvendá-lo. Para isso, nos valemos da história cultural na tentativa de estreitar o hiato metodológico existente entre a pesquisa e o objeto, buscando, assim, aproximação com uma história vista de baixo. Essa perspectiva nos permitiu travar um diálogo com práticas e representações que evidenciam sujeitos anônimos, porém reconhecidos nos redutos onde se exercita a arte da capoeiragem. Buscamos, assim, iluminar as lutas desses sujeitos que viveram nas ruas, nas praças, geralmente fora da cidadania, dos cânones ou dos livros de história, mas que muitas vezes foram chamados de mestres por aqueles que, com eles, compartilham da mesma prática. São eles que aqui vêm mostrar o quanto é ampla a sabedoria do povo e o quanto podem ser valiosas suas experiências. |
Palavras-chave: | Capoeira Angola Música História Cultural |
Área(s) do CNPq: | CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::HISTORIA |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editora: | Universidade Federal de Uberlândia |
Referência: | BRAGA, Pedro Paulo de Freitas. Capoeira Angola: mandingas de criação e representações de luta. 2009. 79 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em História) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2009. |
URI: | https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/18822 |
Data de defesa: | 2009 |
Aparece nas coleções: | TCC - História |
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Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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