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Document type: Trabalho de Conclusão de Curso
Access type: Acesso Aberto
Title: Saúde pública no Brasil: do “controle do Estado” ao “jeitinho brasileiro”. Uma abordagem sobre a identidade social
Author: Lima, Raquel Fernandes de
First Advisor: Almeida, Antônio de
Summary: O presente estudo enfoca de forma similar a história da saúde pública, várias vertentes estabelecendo um diálogo entre as esferas sociais, econômicas, mais principalmente uma abordagem enumerativa sobre a ação da política, com o uso de aparelhos de controle sobre a sociedade e os comportamentos políticos frente à discussão, em epígrafe. Se me permite urna explanação sobre as experiências adquiridas, nesta pesquisa, qualquer estudo que pretenda enfocar a gestão das políticas no Brasil, hoje, deve considerar, enquanto um aspecto nuclear, a ideologia neoliberal, cujo programa compreende uma ênfase na decomposição do entendimento público e estatal no setor da assistência social - a saúde aí incluída, haja vista meu tema em debate. A situação decorrente dessa desmontagem é bastante problemática afetando, inclusive as nações que desenvolveram um Estado do Bem-Estar Social de forma consistente. Através dessa recolocação é de grande interesse do sistema capitalista que a Saúde Pública estabeleça diretrizes de controles comportamentais sobre a população, a fins de atender diversos setores, sejam eles políticos ou econômicos, fator esse que resulta em uma construção de ''Identidade Social". Na medida em que a saúde pública relaciona-se com a saúde da população. Afeta também, o indivíduo. Essa abordagem mais holística envolve o acompanhamento da frequência de doenças dentro de uma população, a procura daquilo que proporciona uma vida com saúde. Prevenção de doenças é promoção da saúde. Muita saúde é um resultado direto ou indireto do nível socioeconômico e outro da responsabilidade da saúde pública, e trará às esferas políticas, resultados e interesses que historicamente podem ser identificados. Estudos da década de 60 e 70 revelavam que a identidade estaria ligada a estruturas tradicionais de classe, não era algo de individual, mas sim coletivo, intimamente ligada ao fato de um indivíduo pertencer a uma determinada classe social e em que todos os indivíduos pertencentes a essa classe, teriam a mesma identidade, esta era imutável, circunscrita e permanecia no tempo com alguma solidez, tornando o assim o indivíduo dependente da estrutura social e não das suas próprias escolhas. São as relações face-a-face que determinam o processo identitário, as socializações primárias e secundárias tornam-se assim bastante importantes, pois os indivíduos necessitam uns dos outros para formarem a sua própria identidade. As identidades não são inatas, não nascem conosco, precisam de ser construídas e esta construção passa pela interação com o outro, pois só a interação social permite viver em sociedade. É a partir desse ângulo que vou tecendo meu trabalho sobre a construção da Identidade Social através da Saúde Pública, lembrando que a Saúde Pública se estabelece sobre suas esferas: o setor público e o setor privado. Constituem um tipo de dinâmica que nos remetem ao entendimento em comum, ambas não agem isoladamente,- Saúde Pública e Saúde Privada, esta age como tecnologia de ponta e aquela como organizações controladoras, mais também assistenciais para a população, exemplo disso é o SUS (Sistema único de Saúde), criado para atender a população de baixa renda, fixa na constituição de 1988, onde o Slogan "Saúde para Todos", ganhou uma dimensão praticamente idealizada, - sendo você rico ou pobre o direito a utilização do SUS, seria de todos. É nesse contexto que apresento os coeficientes entre o público e o privado, que expressam nitidamente nossos comportamentos dentro de uma esfera considerada pelos ideais como a procura pelo bem-estar social. Viver, com saúde! - a sociedade idealizará isso com grande facilidade deixando sua posição política e crítica um pouco abandonada. Mesmo que as lutas sociais existam nossa identidade nacional também, - vivemos hoje numa sociedade altamente globalizada em que tudo é muito dinâmico, instável e flexível, quer a nível profissional, económico ou político onde as identidades tornam-se também instáveis e suscetíveis às escolhas que cada indivíduo realizam e ao mesmo tempo em que surgem as mudanças sociais, a alteram se valores e padrões que regem a sociedade a qual pertencem.
Keywords: Saúde pública
Construção da identidade
Homem cordial
Jeitinho
Area (s) of CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::HISTORIA
Language: por
Country: Brasil
Publisher: Universidade Federal de Uberlândia
Quote: LIMA, Raquel Fernandes de. Saúde pública no Brasil: do “controle do Estado” ao “jeitinho brasileiro”. Uma abordagem sobre a identidade social. 2012. 59 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em História) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2012.
URI: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/18717
Date of defense: 2012
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