Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/17218
Tipo do documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Título: A queixa escolar nos ambulatórios de saúde mental da rede pública de Uberlândia: práticas e concepões dos psicólogos
Autor(es): Marçal, Viviane Prado Buiatti
Primeiro orientador: Silva, Silvia Maria Cintra da
Primeiro membro da banca: Souza, Marilene Proença Rebello de
Segundo membro da banca: Costa, Lucia Helena Ferreira Mendonça
Resumo: Com o ingresso de psicólogos em ambulatórios dos serviços públicos de Saúde Mental a partir da década de 1980, houve um aumento significativo nos encaminhamentos de problemas escolares, de comportamento e de disciplina, por parte das escolas a estes ambulatórios. Os psicólogos neles alocados buscaram dar respostas a esses casos, por meio de orientações às famílias e atendimentos psicoterapêuticos às crianças, deixando de lado os mecanismos ideológicos da escola que contribuem para a produção do fracasso escolar. O presente estudo refere-se a um levantamento realizado junto aos psicólogos que atuam na rede pública de Saúde Mental de Uberlândia- MG, com a finalidade de verificar o movimento da demanda de queixas escolares, bem como o atendimento e a compreensão desses profissionais a respeito dessa demanda. A pesquisa delineou-se sob a perspectiva histórico-cultural, e a construção dos dados foi organizada a partir de entrevistas semidirigidas, gravadas em áudio e realizada de outubro de 2003 a novembro de 2004, com dezesseis psicólogos alocados em doze ambulatórios. Constatou-se a presença maciça de mulheres, na faixa etária acima de 30 anos, em sua maioria com experiência profissional de no mínimo dois anos. Também procedeu-se a um levantamento dos dados de prontuários de crianças encaminhadas aos ambulatórios desde o ano 2000, para a identificação dos procedimentos efetuados pelos profissionais. O estudo verificou a existência de uma alta demanda de queixas escolares entre crianças de cinco a treze anos de idade, com a maioria dos encaminhamentos advindos de escolas. Quanto à compreensão da queixa, observou-se que prevalece uma concepção de que existem principalmente questões emocionais por trás dela, e que a família está diretamente relacionada às dificuldades de aprendizagem dos filhos. A análise dos procedimentos avaliativos apontou que apenas quatro entrevistados consideram importante contatar a escola, embora tenham relatado que não se sentem aptos para o atendimento desse tipo de queixa, além de acreditar que o ambulatório não deve responsabilizar-se por esses casos. A maioria utiliza técnicas indiferenciadas na avaliação de todas as queixas, guiando-se por um referencial clínico baseado em desenho, observações com a criança, testes, e anamnese com os pais. Essa compreensão, essencialmente clínica e desconectada da escola é respaldada, segundo os entrevistados, por sua formação acadêmica. O presente estudo confirma dados de outras pesquisas na área escolar que compartilham do mesmo referencial teórico aqui utilizado, indicando a urgência da revisão curricular dos cursos de formação de psicólogos, no sentido de melhor instrumentalizar os profissionais egressos.
Abstract: With the advent of psychologists working in public Mental Health ambulatories in the 1980´s, there was a significant increase in referrals from schools regarding problems such as behavior and discipline. Psychologists assigned to these ambulatories sought responses for theses cases by orienting families and psychotherapeutic sessions for the children, therefore leaving out school ideological mechanisms which contribute to school failure. The present study is a survey performed together with psychologists who work in the public Mental Health system in the city of Uberlândia-MG, Brasil. It aims to verify the demand of school complaints as well as the conduct and comprehension of the rofessionals to this demand. The study was based upon a historical-cultural perspective and data was obtained through audio-taped semistructured interviews of 16 psychologists assigned to 12 ambulatories, from October 2003 to November 2004. Professionals were predominately women, aged older than 30 with at least 2 years of professional experience. Files of children referred to the ambulatories since 2000 were also researched to identify procedures performed by the professionals. This study verified the existence of a high demand of school complaints among children from 5 to 13 years old. The majority of the referrals came form the schools. As for the comprehension of the complaint, it was observed that the idea that mainly emotional questions were behind the complaint and that the family was directly related to the learning difficulties of the children remained prevalent. Analysis of evaluation procedures pointed out that only 4 professionals considered it important to contact the school although they too admitted to not feeling apt to see children with this type of complaint and even believed that the ambulatory should not be responsible for these cases. The majority use undifferentiated techniques to assess all complaints, guided by a clinical reference based on drawings, observations of the child, tests and anamneses with parents. This comprehension, essentially clinic and disconnected to the school is supported by their academic training, according to the interviewees. The present study confirms data of other researches in this educational field which share the same theoretical reference here used, indicating the urgency of a curricular revision of the courses which provide academic training for psychologists in the sense of furnishing them better know-how and instruments.
Palavras-chave: Queixa escolar
Ambulatórios
Concepções
Formação e práticas psicológicas
School complaint
Ambulatories
Concepts
Training and psychological practices
Área(s) do CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA
Assunto: Psicologia
Psicologia da aprendizagem
Psicologia educacional
Psicólogos - Formação profissional
Idioma: por
País: BR
Editora: Universidade Federal de Uberlândia
Sigla da instituição: UFU
Departamento: Ciências Humanas
Programa: Programa de Pós-graduação em Psicologia
Referência: MARÇAL, Viviane Prado Buiatti. A queixa escolar nos ambulatórios de saúde mental da rede pública de Uberlândia: práticas e concepões dos psicólogos. 2005. 193 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Humanas) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2005.
URI: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/17218
Data de defesa: 5-Abr-2005
Aparece nas coleções:DISSERTAÇÃO - Psicologia

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
VMarcalDISSPRT.pdf1.44 MBAdobe PDFThumbnail
Visualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.