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Tipo do documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Título: Sentidos da diversidade sexual entre estudantes de Medicina
Autor(es): Silva, Maria Carolina Buiatti Amaral e
Primeiro orientador: Rasera, Emerson Fernando
Primeiro membro da banca: Teixeira, Flavia do Bonsucesso
Segundo membro da banca: Moscheta, Murilo dos Santos
Resumo: O profissional de medicina tem sido cada vez mais desafiado a atender às necessidades e exigências de uma população extremamente múltipla e plural. As Políticas Públicas em Saúde específicas para a população de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT) surgem para que seu acesso seja feito de forma equitativa, além de promover a educação dos profissionais e o enfrentamento de possíveis situações de discriminação. No que diz respeito ao processo saúde-doença dessa população, as suas especificidades devem ser consideradas pelos profissionais para um atendimento efetivo. O objetivo da presente pesquisa é compreender os sentidos da diversidade sexual entre estudantes de Medicina, e suas implicações para o atendimento a essa população. Foram realizados cinco encontros grupais áudio-gravados com oito estudantes de graduação em Medicina, com temas relacionados à formação em saúde e sexualidade. A análise dos dados, fundamentada no construcionismo social, identificou os sentidos produzidos e permitiu uma reflexão sobre sua produção baseada na literatura da área. A partir da referida análise foram selecionados seis trechos de conversas que abordavam questões refentes a: a) A homofobia de uma certa moral sexual; b) Conversando sobre as identidades sexuais e as lesbianidades; c) A suposta estabilidade das identidades sexuais e o lugar da bissexualidade; d) A heteronormatividade na relação com o paciente; e) Quais necessidades em saúde?; f) A aplicação das políticas públicas LGBT e o currículo médico. De forma geral, os resultados reafirmam a urgente necessidade de aprimorar a capacitação de profissionais e futuros profissionais de saúde sobre questões de sexualidade, gênero e identidade sexual, na medida em que nos currículos das graduações, pouco é falado sobre as dimensões da sexualidade na relação médico-paciente. Da mesma forma, foi identificada a reprodução de discursos que legitimam a homofobia e as normas de gênero, condenando o desvio da norma heterossexual e levantando a questão de como isso pode ser levado ao atendimento do paciente LGBT. São inúmeras as mudanças na formação profissional necessárias para que as políticas LGBT sejam efetivadas. Novos trabalhos sobre o tema se fazem necessários para discutir tanto a formação desse profissional que vai atender o paciente LGBT, como sobre os processos necessários à efetivação das políticas em seus objetivos de melhor atendimento de saúde e redução dos processos discriminatórios em saúde.
Abstract: The health professional has been increasingly challenged to comply with needs of an extremely multiple and diverse population. The public policies in health area for the specific population of Lesbians, Gays, Bisexuals, Transgender (GLBT) come to assure that the access is done equitable, besides promoting the education of the professionals and face possible discrimination situations. In what concerns this population health-disease process, their specificity must be considered by the professionals for an effective treatment. This research s objective is to comprehend the meaning of sexual diversity among medicine students and its implications for this population s treatment. Five audio-recorded meetings were realized with eight medicine students, with sexuality and health formation related themes. The data analysis, grounded on social constructionism, identified the produced senses and allowed a thought about its production based on area s literature. From this analysis were selected six patches of conversations that approached questions referring to: a) Homophobia of some sexual morality; b) Talking about sexual identity and lesbianism; c) The presumed stability of the sexual identities and the bisexuality; d) The heteronormativity related to the patient; e) What needs in health?; f) The application of GLBT public policies and the medic curriculum. Overall, the results reaffirm the urgent need to improve the professional capacitation and future health professionals about sexuality, gender and sexual identity, as in graduation curriculums, too few is taught about sexuality dimensions in the doctor-patient relationship. In addition, homophobia and gender standard stimulating speeches were identified, condemning the heterosexual standard deviation and raising the question of how it could be taken to the treatment of a GLBT patient. There are many changes needed in professional formation to actualize the GLBT policies. New research about this theme is necessary to discuss not only the formation of this professional that will attend the LGBT patient, but also the necessary process to actualize policies for a better attending of health and the reduction of discriminatory process.
Palavras-chave: Educação médica
Diversidade sexual
Homofobia
Medical education
Sexual diversity
Homophobia
Comportamento sexual
Área(s) do CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA
Idioma: por
País: BR
Editora: Universidade Federal de Uberlândia
Sigla da instituição: UFU
Departamento: Ciências Humanas
Programa: Programa de Pós-graduação em Psicologia
Referência: SILVA, Maria Carolina Buiatti Amaral e. Sentidos da diversidade sexual entre estudantes de Medicina. 2014. 161 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Humanas) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2014. DOI https://doi.org/10.14393/ufu.di.2014.66
Identificador do documento: https://doi.org/10.14393/ufu.di.2014.66
URI: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/17217
Data de defesa: 19-Fev-2014
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