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https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/17071
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acceso: | Acesso Aberto |
Título: | Maternidades: os repertórios interpretativos utilizados para descrevê-las |
Título (s) alternativo (s): | Motherhoods: the interpretative repertories used to describe them |
Autor: | Moreira, Renata Leite Cândido de Aguiar |
Primer orientador: | Rasera, Emerson Fernando |
Primer miembro de la banca: | Lorenzi, Carla Guanaes |
Segundo miembro de la banca: | Resende, Paula Cristina Medeiros |
Tercer miembro de la banca: | Ferreira, Cíntia Bragheto |
Resumen: | Embora os primeiros anos da experiência da maternidade sejam colocados como um período crítico na vida da mulher, pouca assistência ainda é dirigida a ela nessa fase, sendo o bebê ou as questões biológicas o foco da atenção das ações da saúde pública e de grande parte das produções acadêmicas. Compreendendo a maternidade como uma construção que envolve múltiplos fatores e considerando a influência dos diversos discursos sociais na produção de uma concepção de maternidade e na padronização das formas de vivê-la, o presente estudo, inspirado pela perspectiva construcionista, pretendeu contribuir com a promoção de uma reflexão sobre as descrições socialmente disponíveis sobre o ser mãe e ser mulher. Nesse sentido, foi objetivo deste estudo identificar os repertórios interpretativos sobre a maternidade utilizados em entrevistas com mulheres que vivenciavam esta experiência. Participaram deste estudo 12 mulheres, com idade compreendida entre 18 e 36 anos, mães, usuárias de uma unidade de saúde materno-infantil, com filhos entre 4 meses e 14 anos, tendo o filho caçula entre 4 meses e 2 anos de idade. A construção do corpus foi realizada a partir da utilização das entrevistas individuais semi-estruturadas, que além de permitirem uma maior liberdade à entrevistadora em abordar os assuntos de interesse conforme eles surgissem na conversa, permitiram o resgate da história individual de cada participante em relação à maternidade. A análise foi realizada segundo as propostas de análise do discurso influenciadas pela perspectiva construcionista social, especialmente, pela noção de repertórios interpretativos. Após a transcrição de todas as entrevistas realizadas, houve uma leitura curiosa e reflexiva, possibilitando a identificação e análise dos repertórios interpretativos. A análise dos repertórios nos permitiu identificar algumas funções de seu uso, bem como suas implicações morais. Por meio da análise, identificamos que as participantes descreveram a maternidade utilizando-se de quatro repertórios básicos, que denominamos como: maternidade romântica , que é caracterizado por descrições que colocam a maternidade como um fenômeno natural, pleno e incomunicável; maternidade medicalizada , no qual a maternidade é apresentada por meio de um vocabulário médico e psicológico; maternidade exigente , em que as descrições enfatizam as exigências do exercício de ser mãe e aprendendo com a maternidade , por meio do qual a maternidade é descrita como oportunidade de aprendizado e mudanças. Observamos que ao utilizarem tais repertórios, as participantes procuraram se colocar como boas mães, buscando um lugar confortável e um julgamento favorável na interação. Acreditamos que este estudo, além de nos permitir identificar os repertórios e analisar os elementos relacionados a esses conjuntos, também possibilitou espaço para reflexão sobre os sentidos de maternidade. E, dessa forma, este estudo buscou destacar a importância dos profissionais médicos, enfermeiros, psicólogos, educadores, pesquisadores bem como da sociedade, de forma geral, serem sensíveis aos repertórios interpretativos disponíveis socialmente os quais ampliam ou limitam as possibilidades de sentido sobre a maternidade, assim como, muitas vezes, servem para sustentar discursos e práticas opressivas para as pessoas, homens e mulheres, mães e não mães. |
Abstract: | Although the first years of motherhood is placed as a critical period in the life of the woman, little assistance is directed her in this phase, being the child or biological questions the focus of the attention of the actions of the public health, as well as of great part of the academic productions. In this study, we understand the motherhood as a construction that involves multiples factors and we also consider the influence that the social speeches supported in the production of a concept of motherhood and the standardization of the ways to live it. The present study, inspired by the constructionist perspective, intended to contribute to the promotion of reflection about the socially descriptions available on being a mother and a woman. In this sense, the aim of this study was to describe the interpretative repertoires about the motherhood used by women who lives motherhood experience. We interviewed twelve mothers, among 18 and 36 years old who take part of a maternal and child Care Center, whose children were between 4 months and 14 years old, that the youngest child was between 4 months and 2 years old. The construction of the corpus was performed from the use of semistructured individual interviews, which in addition, allowed us a greater freedom for the interviewer to address the issues of interest as they arise in the conversation, and it helped us to rescue personal ways of developing concepts around motherhood. The analyses were performed according to discursive analysis influenced by social constructionist perspective, emphasizing the notion of interpretative repertoires. After the transcription of all interviews, there was a curious and reflective reading, enabling the identification and analysis of interpretative repertoires. The analysis of the repertoires had enabled us to identify some functions of its use, and its moral implications. Through analysis, we identified that participants described motherhood using four basics repertoires, which we named as (1) romantic motherhood , which is characterized by descriptions that put motherhood as a natural, full and incommunicable phenomenon; (2) medicated motherhood , in which motherhood is presented by a medical and psychological vocabulary; (3) exigent motherhood in which descriptions emphasize the demands in the exercise of being mother and (4) learning with the motherhood , through which motherhood is described as an opportunity for learning and changing. We observed that when such repertoires were used, the participants tried to put themselves as good mothers, seeking a comfortable place and a positive assessment in the interaction. We believe that this study had enabled us to identify the repertoire and to analyze the elements in those sets, also had allowed us to create a moment for reflection about the meanings of motherhood. And thus, this study highlighted the importance of professionals doctors, nurses, psychologists, educators, researchers and the society in general being sensitive to interpretative repertoires socially available which can expand or limit the possibilities of meaning around motherhood, and often serve to maintain oppressive discourses and practices for people men and women, mothers and not mothers. |
Palabras clave: | Repertórios interpretativos Saúde da mulher Motherhood Interpretative repertories Women s health Maternidade |
Área (s) del CNPq: | CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA |
Idioma: | por |
País: | BR |
Editora: | Universidade Federal de Uberlândia |
Sigla de la institución: | UFU |
Departamento: | Ciências Humanas |
Programa: | Programa de Pós-graduação em Psicologia |
Cita: | MOREIRA, Renata Leite Cândido de Aguiar. Motherhoods: the interpretative repertories used to describe them. 2009. 177 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Humanas) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2009. |
URI: | https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/17071 |
Fecha de defensa: | 22-may-2009 |
Aparece en las colecciones: | DISSERTAÇÃO - Psicologia |
Ficheros en este ítem:
Fichero | Descripción | Tamaño | Formato | |
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